Quem são as pessoas que morrem diariamente no Mediterrâneo todos os dias? E porque é que não queremos saber? O "The Guardian" trabalhou com uma equipa de repórteres de outros cinco jornais Europeus sobre a odisseia do século XXI.
O Observador também tem uma reportagem especial sobre os sonhos pendurados em Melilha e falou com pessoas que continuam a olhar o Mediterrâneo a pensar que “Vão continuar a aparecer corpos a boiar no mediterrâneo, enquanto a Europa não ganhar consciência”.
Ser consumidor significa participar num vasto sistema global de cadeias de distribuição, mercados de trabalho e empresas, quase sempre escondidos do escrutínio de uma pessoa "normal". Pode ser quase impossível identificar os produtos que possam estar ligados a algo nefasto ou destrutivo. Nesta lista, como forma de ilustrar como as teias complexas da globalização podem vincular produtos aparentemente inócuos a danos aparentemente distantes, encontramos cinco produtos de consumo comuns que demonstraram ligações a graves violações dos direitos humanos. A intenção não é necessariamente apontar os dedo a estes produtos ou seus produtores, mas mostrar o quão comuns estas práticas se tornaram na economia global, e como são difíceis de parar.
A água tornou-se uma mercadoria e são os pobres do mundo que estão a pagar o seu preço. Quando se fala de direitos humanos, para nem falar de necessidades humanas, não há muito mais fundamental do que a água. As Nações Unidas até o colocaram por escrito: formalmente "reconhecem o direito à água potável e limpa e ao saneamento como um direito humano que é essencial para o pleno gozo da vida e de todos os direitos humanos."
Análises recentes levantam questões perturbadoras sobre os efeitos na saúde e ambientais do material que reveste a nossa comida.
Hoje em dia é quase impossível imaginar a nossa vida sem embalagens de alimentos flexíveis, transparentes e resistentes à água, sem sacos de sanduíche de plástico, película aderente ou prateleiras cheias de frascos de plástico, banheiras e tubos e sacos duráveis e caixas.
Um estudo publicado em julho passado constatou que 175 produtos químicos utilizados em materiais de contacto com alimentos são reconhecidos por cientistas e agências governamentais como produtos químicos de interesse - produtos químicos conhecidos por terem efeitos nocivos para a saúde O JN revela que não há plástico próprio para ir ao microondas. Sabia que o chumbo, o mercúrio e o cádmio estão presentes na nossa alimentação? E que não é seguro aquecer refeições em embalagens de plástico, nem mesmo nos biberões? Saiba como lidar com a toxicidade na alimentação.
O poder de Silicon Valley sobre Washington parece ser cada vez maior. E capaz de destronar Wall Street. A Google ultrapassou o banco norte-americano e é agora a empresa que mais donativos realizou aos partidos políticos de Washington, durante este ciclo eleitoral.
A Walden Labs fez o levantamento das 21 tecnologias que estão a descentralizar a economia e a devolver o poder às pessoas. Numa altura em que o mundo está cada vez mais centralizado, cada vez mais focado em economias de escala e transferência de riqueza para uma pequena elite no topo do sistema financeiro, ao mesmo tempo, há um outro movimento que trabalha ativamente para o descentralizar. As tecnologias e inovações nesta lista dizem respeito a alimentação, energia, água, habitação e resíduos, integrando famílias, comunidades, sociedades e todos os seres humanos num processo de baixo para cima, em vez de uma estrutura de topo para a base centralizada.
O TTIP é um acordo de grande alcance que está a ser negociado entre a Comissão Europeia (em nome dos Estados-Membros da UE) e o governo dos Estados Unidos da América. Tem pouco a ver com comércio, porquanto as tarifas são já, geralmente, bastante baixas entre a União Europeia e os EUA, e sobretudo a ver com regulamentações, normas, direitos empresariais e garantias de investimento.
O TTIP proposta visa, supostamente, facilitar o investimento direto e eliminar barreiras burocráticas desnecessárias no acesso das grandes empresas de ambos os lados do Atlântico ao mercado.
Há, contudo, indícios, a partir das posições de empresas e da indústria, que revelam que a tónica nas barreiras não-tarifárias e na convergência regulamentar está a ser utilizada para impulsionar uma desregulamentação, garantias de investimento acrescidas, direitos de propriedade intelectual que levam à criação de monopólios e um mergulho para o fundo. Os benefícios económicos proclamados (mas não substanciados) são marginais para a sociedade em geral, mesmo no melhor cenário hipotético. Todos os sinais até à data indicam que estes objetivos ameaçam importantes direitos, adquiridos em longas lutas democráticas, e os interesses sociais do público, na UE, nos Estados Unidos e no resto do mundo.
As negociações decorrem à porta fechada, sem uma consulta pública abrangente e efetiva. Os parlamentos nacionais nem sequer são informados em pormenor sobre os textos de negociação da Comissão — mas os raros fragmentos de informação que se divulgam (ou que se escapam) suscitam inquietações consideráveis.
Mais informação no site da plataforma de cidadãos e organizações, membros da sociedade civil portuguesa, que partilham uma profunda preocupação pelas várias ameaças decorrentes do TTIP-
CINEMA
“A Voz do Vento”, de Jean-Luc Danneyrolles e Carlos Pons
"A Voz Do Vento" é um documentário que nos mergulha para o surgimento de uma nova consciência universal.
Um documentário inspirador sobre as novas formas de viver em comunidades agrícolas, que envolvem o colaborativismo, agricultura orgânica, consumo consciente, soberania alimentar, a economia solidária, preservação dos recursos, aproveitamento de energia, arte, respeito à natureza. Projetos que nasceram após o 15-M e que hoje se espalham pela Espanha, criando redes de belas alternativas ao capitalismo, que colocou o país de joelhos frente ao capitalismo. Filme completo em castelhano AQUI, em francês AQUI e em inglês AQUI.