03/07/2015 | 16 Tamuz, 5775


        

Um mês de viagens e estudo, com um debate sobre a herança e o futuro de Jerusalém, expedições de conhecimento a Miami e ao Vale do Silício, e uma parashá para celebrar os laços de continuidade na familia.

Alunos do 3°ano e suas famílias participaram de uma Festa da Torá com muita emoção e significado.

FESTA DA TORÁ
Atravessando gerações: memória e significado

A festa da Torá do 3º ano do Ensino Fundamental, comemorada no dia 3 de junho, foi voltada para a passagem da memória entre gerações e para entender o papel da cultura judaica em nossas vidas. Famílias e alunos do 3º ano realizaram, em conjunto, um estudo da parashá Korach, que versa sobre a responsabilidade dos avós e pais sobre os seus descendentes. Nossos convidados saíram emocionados com o evento feito para fortalecer o vínculo entre gerações a partir do estudo judaico, e com a possibilidade de transmitir de forma direta e significativa as suas memórias para seus descendentes.

Clique aqui para assistir o vídeo com alguns momentos da festa da Torá.

O bate-papo com a psicanalista Simone Wenkert Rothstein inaugurou a série de encontros que serão sempre ligados ao tema do desenvolvi-mento das crianças e jovens, à relação família-escola, e aos desafios da parentalidade nos dias atuais.

EDUCAÇÃO INFANTIL
Os desafios de educar os filhos nos dias de hoje

As famílias dos alunos da Educação Infantil de Laranjeiras e Ipanema foram convidadas para um bate-papo mediado pela psicanalista Simone Wenkert Rothstein, sobre o desenvolvimento do psiquismo da concepção aos primeiros anos de vida. “O objetivo do encontro foi presentear as famílias com conhecimento e recursos para acompanhar o processo de desenvolvimento dos filhos”, comenta a diretora pedagógica Thelma Polon. O evento contou com a presença das coordenadoras da Educação Infantil das duas unidades, Thelma Coslovsky e Marcia Stein.

O debate foi iniciado com a animação “Virando gente: a história do nascimento psíquico”. A partir do filme, Simone iniciou a palestra e abriu espaço para dúvidas, perguntas e comentários. A psicóloga Michelle Gorin, do Eliezer Max, conta que um dos principais pontos discutidos foi a importância de conversar com as crianças, atentar para a qualidade do tempo que os pais passam com elas e observar como elas percebem o que os adultos sentem.“Os pais gostaram do convite, compareceram, participaram, fizeram perguntas e trouxeram suas vivências para debatermos”, avalia Michelle. Segundo Marcia Stein, a escola pretende continuar debatendo a construção social do lugar da infância e as relações familiares.

No primeiro grande evento organizado pelo Grêmio Estudantil do Eliezer Max, os convidados Reda Mansour, Embaixador de Israel no Brasil, Paulo Geiger e Samuel Feldberg, e o coordenador de Cultura Judaica, Michel Gherman, conduziram um instigante debate sobre a cidade de Jerusalém.

DEBATE
Jerusalém: uma cidade indivisível?

O debate “Jerusalém: uma cidade indivisível?”, organizado pelos alunos do Grêmio Estudantil Eliezer Max na Hebraica Rio, foi um grande sucesso. Os alunos convidaram o Embaixador de Israel no Brasil, Reda Mansour, e os intelectuais Paulo Geiger e Samuel Feldberg para debater sobre os aspectos históricos, simbólicos, culturais, religiosos e políticos da cidade de Jerusalém. Os convidados foram escolhidos a dedo pelos alunos para que fosse gerado um clima de diálogo, a partir de opiniões diferentes.
O evento, que teve início com um kabalat shabat, contou com mais de 200 inscritos. O público se envolveu com o debate através da reflexão e da participação direta nas rodadas de perguntas, todas muito construtivas e agregadoras.

“O capital político e cultural que esse debate gerou é muito positivo para os alunos, que colocam em sua experiência a organização de um evento como esse, aprofundam seu conhecimento sobre o tema, e passam a fazer parte de uma elite acadêmica capaz de pensar estrategicamente sobre conceitos e discursos. E também para a escola, que, com a realização do evento pelos alunos, mostra que está no caminho certo, que os alunos sabem e gostam de pensar, e acreditam que podem construir um mundo melhor”, conclui Rodrigo Baumworcel, coordenador de Cultura Judaica do Ensino Fundamental 2 ao Ensino Médio.
VESTIBULAR
Rumo às universidades: 1° exame da UERJ

Os vestibulandos do Eliezer Max encararam o primeiro exame de qualificação da UERJ, no dia 14 de junho, e jogaram pra valer, alcançando um bom resultado. 65% dos alunos conquistaram os conceitos A e B na prova. Lyz Cotrim, Mariana Ferman e Vitor Krauss, que estão entre os alunos que obtiveram A, conversaram conosco sobre a preparação e a prova.

Mariana conta que, durante o semestre, os alunos fizeram vários simulados no modelo UERJ e, na reta final, as aulas foram direcionadas para a resolução de questões de provas anteriores. “A escola ainda ajudou muito com a apostila reproduzindo provas antigas da UERJ. Refazer provas foi uma das coisas que mais me ajudou”, reforça Lyz.

Além de todo o preparo no campo acadêmico, o aluno Vitor Krauss, que também conquistou o conceito A, acrescenta que um fator decisivo na hora da prova é conseguir ficar calmo. Ela diz que, nesse quesito, o ambiente escolar e o apoio psicológico o ajudaram muito, passando tranquilidade e segurança.

Como dica para os futuros vestibulandos, Lyz, Mariana e Vitor comentaram que a prova da UERJ aborda muitos temas atuais. E, por isso, é fundamental se manter antenado ao que acontece no mundo.
Acima, Pedro Coqueiro e a turma de cineastas do Laboratório Multimidia preparam filmetes de um minuto. Ao lado, André Sarmento e sua turma de makers constroem robôs e protótipos que envolvem trabalhos manuais, eletrônica e programação básica.
LABORATÓRIOS CRIATIVOS
Tardes de produção e inovação no Eliezer Max

O primeiro semestre do projeto Laboratórios Criativos foi de muita atividade e, às vésperas do recesso, já é possível perceber o saldo positivo dessa iniciativa.

No Laboratório de Multimídia, ministrado pelo professor Pedro Coqueiro, os alunos têm a oportunidade de não só aprender a usar equipamentos de fotografia, filmagem e edição, mas também de desenvolver a criatividade e um olhar diferenciado para diversos formatos audiovisuais. As aulas misturam teoria e prática, com exibição de filmes ou trechos de ‘making of’, seguida de discussão de técnicas e conceitos para preparação das atividades práticas.

Os alunos estão empenhados em dois projetos, criando filmetes para inscrição no
Festival do Minuto e também para o concurso promovido pelo portal TelaBR, sobre o tema da escassez de água. “Trabalhamos os projetos desde a pesquisa sobre o tema, passando pela conceituação, roteiro, chegando até a filmagem e, em breve, a edição”, comenta Pedro. “Muitos alunos filmam e editam vídeos por conta própria e trazem para a aula para mostrar,” conta Pedro. “Essa troca é incrível e ver a empolgação deles é maravilhoso.”

No Laboratório Maker também não falta entusiasmo e empenho. Ora construindo um robô que é capaz de lutar ou desviar de obstáculos, ora uma máquina de jogo de pinball ou até um foguete de água com paraquedas, os alunos têm produzido bastante. Os projetos envolvem marcenaria, bricolagem, circuitos eletrônicos e até o uso de linguagem de programação, em uma maneira inovadora de aprender, exercitando técnicas colaborativas de criatividade em um trabalho prático e multidisciplinar. “Além de ser divertido dar vida a um projeto, no laboratório eles aprendem princípios de fabricação e do uso correto de ferramentas, e também aplicam conceitos de matemática (medidas), física (força, peso, etc.) e noções básicas de código”, diz o professor André Sarmento.

Michel Gherman na conferência da Latin American Jewish Studies Association, em Miami. À direita, Mariana Ochs em workshop na sede do Google, durante seminário de mulheres em jornalismo e tecnologia.

ESTUDO E CONHECIMENTO
Cordenadores do Eliezer Max marcam presença em eventos internacionais

Em junho, nosso coordenador de Cultura Judaica Michel Gherman esteve em Miami para a XVII Conferência da LAJSA - Latin American Jewish Studies Association. Michel, um dos três brasileiros presentes, representou, junto com a professora Monica Grin, o NIEJ – Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos, da UFRJ. O evento reuniu representantes de universidades e centros de estudo do Brasil, Argentina, Peru, Colombia, Chile , Curaçao, Cuba, Canadá, Israel e Alemanha, entre outros. “No momento complexo de polarização que vivemos, entendemos a importância de juntar esforços, na America Latina, para produzir estudos acadêmicos de qualidade sobre temas judaicos, que atraiam estudantes e investimento para as instituições”, diz Michel.

Enquanto isso, Mariana Ochs, coordenadora de Tecnologia e Comunicação, esteve no Vale do Silício a convite do projeto Chicas Poderosas, do qual é uma das embaixadoras no Brasil. Esse projeto, que tem apoio da Faculdade de Jornalismo de Stanford, do International Center for Journalism e da Knight Foundation, tem por objetivo capacitar mulheres nas redações latino-americanas para a produção de narrativas visuais interativas, jornalismo de dados e outras modalidades inovadoras de jornalismo digital.

Mariana aproveitou a viagem para conhecer também o que há de novo na área de educação, visitando escolas, startups e a Faculdade de Educação em Stanford. “Foi muito bom conhecer os princípios e as práticas que estão norteando a integração de tecnlogia educacional nas escolas, além de aprender sobre processos de inovação,” diz Mariana. “Esse conhecimento é importante para que o nosso próprio processo de adoção de tecnologia seja sólido e bem fundamentado.”
AULA ABERTA
Um Shabat festivo!

As turmas do Berçário II, Maternal I e Maternal II do Infantil de Laranjeiras receberam convidados especiais para o Shabat no dia 19 de junho. Os pais participaram dos vários shabatot festivos com muita música, dança e alegria, verdadeiras aulas abertas.

A coordenadora de Cultura Judaica do infantil Bilba Gristein comenta que essa é uma ótima oportunidade de interação entre as famílias e as crianças, além de ser uma chance dos pais vivenciarem um pouco da rotina dos filhos. “As crianças adoram mostrar o ambiente deles e os pais ficam felizes de ver como eles estão na escola”, conta Bilba.

Para estender esse momento até em casa, as crianças presentearam os pais com um mapit le shabat (pano especial), que pintaram no ateliê de arte, para colocar sobre suas chalot (pães trançados).



A cara do Eliezer Max


Todo mês, buscamos retratar a diversidade da nossa comunidade.
Conhece alguém que é a cara do Eliezer Max? Sugestões para 
comunicacao@eliezermax.com.br

Lucca Sukman de Mello
O que faz na escola: 9º ano EFII
Desde quando está no Eliezer Max: 2004
Lucca começou a criar software com o incentivo de seu colega e mentor Natan Gorin, que o intrigou com o conselho:“Tem que ter sangue nos olhos! É um bicho de sete cabeças que é bem divertido de domar.” Desde então vem adquirindo experiência fazendo jogos e aplicativos, até chegar ao programa que desenvolveu para desenhar gráficos matemáticos, criado especialmente para ajudar nos conteúdos de álgebra e física da escola. Seus colegas adoraram, e os professores também. “É uma grande ajuda quando a educação e a tecnologia são integradas”, diz Lucca. Ele pretende seguir na programação de software para várias plataformas, como telefones, desktops e consoles de videogames. “Vou me aprofundar nessa área; quero viver disso. Ainda tenho bastante pra aprender”, diz ele. Desejamos sucesso!

Ana Maria Cerqueira da Silva
O que faz: Professora de Berçário I em Ipanema
No Eliezer Max desde: 2014
A professora Ana Maria busca na sua própria infância as referências emocionais para trabalhar com os nossos menores aluninhos. “A música, por exemplo. Meus pais cantavam muito e hoje eu trabalho com música pra tudo: tem música para o banho de sol, para a hora de comer, nas brincadeiras. Incentiva a linguagem e as habilidades cognitivas. Música faz bem!” Ana Maria busca aguçar sua sensibilidade para entender o que os pequenos dizem, mesmo sem usar palavras. Cursando pedagogia na UERJ, ela reconhece e estimula o desejo de independência dos pequenos: “É engraçado que as crianças, antes mesmo de saberem andar, já querem correr. Seguram na nossa perna e já dispensam nossa ajuda.” Ela conta que quer estudar cada vez mais, e justifica sua escolha profissional: “a educação infantil é a base de tudo. O começo de uma educação com valores pra vida inteira.”

Vanete dos Anjos Costa
Denize Henes de Oliveira

O que fazem na escola: Trabalham no CPD
Desde quando: Denise, 1963; Vanete, 1992
Denise e Vanete tocam uma mini-gráfica na escola: é no CPD que são feitas todas as cópias, apostilas e encadernações utilizadas desde o Infantil até o Ensino Médio. A experiência as ajuda a manter o bom-humor em meio à avalanche de pedidos, sobretudo nos períodos de início e fim de ano, quando a demanda aperta, e nos períodos de provas e simulados. Denise começou como acompanhante de ônibus em 1963, e passou por vários cargos até assumir a montagem dos impressos; Vanete veio do Max Nordau e cuida da editoração e formatação dos materiais didáticos, trabalhando muito com a Educação Infantil. Aposentada desde 1992, Denise não pensa em parar, pois gosta do trabalho e da escola. Vanete também se diz feliz com o que faz, mesmo nos momentos em que os prazos somem e os problemas aparecem: “É tudo um aprendizado. Só tenho a agradecer.”


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