Em fase de produção de artigos científicos, os investigadores já conseguem avançar, com base na análise preliminar dos dados, que «o treino de reforço muscular dos ombros, considerando treinos em regimes semelhantes aos utilizados no nosso estudo, pode ser realizado após o treino aquático, uma vez que não existe uma fadiga evidente.
Nuno Batalha sublinha a originalidade desta investigação, uma vez que «nenhum trabalho anterior analisou o efeito agudo de uma sessão de treino na força dos rotadores dos ombros em nadadores de competição». «Depois, temos ainda a questão dos métodos utilizados, nomeadamente o instrumento de avaliação e a posição utilizada, os quais foram alvo também de um teste-reteste. Neste momento, temos um artigo submetido só sobre este aspecto», acrescenta.
O investigador José Parraça destaca, ainda, o impacto que este estudo do CIDESD tem tido junto de nadadores e treinadores. «Temos notado que cada vez mais mostram felicidade e agradecem que alguém se preocupe em melhorar as suas performances desportivas recorrendo à Ciência. Considero que isso para nós, enquanto investigadores, é bastante gratificante.»
Num futuro próximo e na sequência desta linha de investigação, os investigadores gostariam de avaliar o que ocorre à força e equilíbrio musculares dos ombros com a ausência de treino. «Por exemplo, poderíamos avaliar os nadadores no final da época desportiva e no início da seguinte, tentando perceber qual o efeito da ausência do treino e quais as medidas a tomar», adianta Nuno Batalha.
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