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Nesta edição: sistemas de magia, vários links legais e um presente!
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Para quem é novo, seja bem vindo à newsletter mensal do Sonhos, Imaginação & Fantasia! Espero que goste dos links, das dicas de leitura e dos textos exclusivos sobre escrita criativa. E aproveite para acessar também as edições anteriores. Aos demais, espero que esta edição seja tão proveitosa quanto as anteriores.

4 TIPOS DE LIMITAÇÃO PARA UM SISTEMA DE MAGIA


Um sistema de magia, quando bem construído, pode ser uma das partes mais interessantes de um livro — quem leu alguma coisa do Brandon Sanderson deve ter percebido que os sistemas de magia que ele cria na maioria das vezes são bem interessantes, por exemplo. Tanto que ele escreveu a primeira, a segunda e a terceira leis de Sanderson (todas em inglês — no Perplexidade e Silêncio há um resumo das três leis), com dicas bastante valiosas para quem tem interesse em criar um sistema de magia para seus livros.
 
Mas este texto não tem a intenção de ser um guia completo para a construção de um sistema de magia (talvez, no futuro, eu escreva outros textos complementando o assunto). Em vez disso, vou focar em um dos aspectos que talvez seja o mais interessante (e o mais importante) dentro de um sistema de magia: as limitações.
 
Não vou dizer que todos os sistemas de magia devam necessariamente ter regras e limitações bem específicas, porque isso depende do que a história pede e do próprio sistema em si. Entretanto, eu sou da opinião de que um sistema de magia deve ter regras bem definidas (e que o leitor tenha no mínimo um conhecimento básico dessas regras) caso os personagens o usem frequentemente na resolução de conflitos e problemas, evitando, dessa forma, um deus ex machina.
 
Assim, decidi listar quatro limitações diferentes que você pode incorporar ao seu sistema de magia, a depender das peculiaridades dele e de sua história.
 

AS LEIS DO SISTEMA

 
Essas são as leis que definem o funcionamento do próprio sistema, aquilo que ele pode ou não fazer. Exemplo: a magia não pode trazer os mortos de volta, o gasto de energia mágica com determinada tarefa é equivalente ao tanto de força que a pessoa empregaria se fosse fazê-la manualmente, etc. É interessante, antes de começar a escrever uma história, ter as regras do sistema bem definidas, a fim de evitar inconsistências e contradições.
 
As possibilidades para criá-las são várias, e creio que este tópico poderia render um texto inteiro. Mas acredito que, de início, é interessante pensar, além das possibilidades e limitações, na fonte de magia (se ela vem do próprio usuário ou de uma fonte externa) e nas formas de canalizá-la (varinhas? palavras?). No caso de ser necessária uma ferramenta, seria possível até adicionar mais limitações inerentes à própria ferramenta. Por exemplo: varinhas de metal são mais eficientes que as de madeira, mas também mais caras.
 

AS LEIS IMPOSTAS POR AUTORIDADES

 
Certamente a magia trará certas possibilidades que não são bem vistas em sociedade, como matar. Assim, é bem provável (especialmente em um mundo em que a magia é de conhecimento público) que o governo imponha leis sobre seu uso, o que pode implicar em punições para os usuários e até maneiras de descobrir quem realizou algum feitiço, ritual, poção ou etc. Só não se esqueça de que, dependendo de como seu sistema de magia funcione, pode não ser possível descobrir o autor de alguma magia proibida.
 
E também vale pensar na possibilidade de um governo que proíba algum tipo de magia não por ela ser antiética, mas sim porque ela dá às pessoas comuns algum poder que não querem que elas tenham — o que já abre diversas possibilidades de conflitos para sua história.
 
E não só um governo pode impor normas ao uso da magia. A própria cultura pode fazê-lo, quem sabe definindo que determinados tipos de magia são mais adequados a um grupo que a outro. Guerras podem começar entre dois reinos distintos porque seu modo de interpretar a magia é diferente. Talvez alguém passe uma vida toda usando a magia de uma forma sem saber que aquele não era o único jeito de fazê-lo. As possibilidades de conflito são muitas.
 

O CONHECIMENTO DA SOCIEDADE SOBRE O SISTEMA

 
Talvez uma determinada sociedade não tenha descoberto todos os possíveis usos para um sistema de magia. Eu acredito que é um ponto interessante a se explorar, especialmente em histórias em que a magia é tratada de forma mais acadêmica (como nos livros de Patrick Rothfuss, por exemplo, em que há uma universidade inteira dedicada a ensinar magia). Empresta um toque de verossimilhança, pois, assim como acontece no nosso mundo, não é possível saber tudo sobre o universo.
 

AS LIMITAÇÕES DO USUÁRIO

 
Esta parte é, creio, a mais interessante. Em meio às limitações do próprio sistema, às leis que regem o uso de magia e o que se conhece dela, o próprio usuário pode ter suas aptidões e limitações particulares. Pode ser que ele não goste de estudar, ou que não tenha acesso a um bom curso/professor de magia. Pode ser que tenha sofrido um acidente que afete sua forma de usar a magia. Pode ser que seja bom com certos tipos de magia e ruim em outros. Talvez tenha um código de conduta próprio: um vilão ou mesmo um anti-herói teria menos limitações que um herói. Ou quem sabe o grupo de heróis tenha diferentes crenças do que é certo e errado, o que é outra forma de adicionar conflito.
 

***

 
Como você pode ver, são diversas as limitações que você pode adicionar a um sistema de magia. Assim, a minha dica é que você, depois de definir isso tudo, não deixe de organizar em um documento separado, que possa consultar sempre que precisar (especialmente durante a revisão do seu livro).
 
Talvez, mais para a frente, eu escreva mais sobre o assunto, já que todos os tópicos acima têm material para render discussões mais detalhadas.

PRESENTE!


Nessa edição, resolvi presentear os assinantes da newsletter! Você pode baixar, de graça, o e-book Viagem na maionese (exclusivo para você, que faz um esforço a mais para acompanhar o SI&F!)
 
Recentemente, resolvi reunir em um único e-book vários microcontos que tinha escrito no ano passado, muitos deles para o I Prêmio Escambau de Microcontos, alguns para datas especiais no blog e alguns poucos inéditos.
 
Estou postando-os aos poucos no Wattpad (você pode conferir aqui), mas decidi privilegiar os assinantes da newsletter, que poderão ter acesso ao e-book completo, nos formatos .mobi e .epub, para ler sem depender da conexão da internet e com conforto no tablet/smartphone/e-reader.
 
Então é só clicar nos botões abaixo e aproveitar!

 
EPUB
MOBI
Mas, se você gostar e quiser indicar a um amigo, peço para que não o compartilhe diretamente. Em vez disso, você pode passar o link para o formulário da newsletter — cada pessoa que assinar a newsletter depois dessa edição receberá o e-book diretamente no e-mail — ou do e-book no Wattpad.

O QUE EU VI PELA INTERNET


Vi muitas coisas legais em janeiro!
 

NOVIDADES PARA LEITORES

 
Saiu no Ficções Humanas uma lista com 10 livros de fantasia pouco conhecidos.
 
A editora Leya anunciou a publicação de Mulheres Perigosas, antologia organizada por George R. R. Martin e Gardner Dozois. Ela tem 21 contos de diversos autores, alguns deles já publicados no Brasil, como Brandon Sanderson, Joe Abercrombie, Megan Lindholm (Robin Hobb), dentre outros. O livro já está em pré-venda (infelizmente, por um preço bem salgado).
 
Saiu na Revista Polen um manifesto pelo fim do guilty plesure. Uma leitura importante para esses tempos em que há uma exigência silenciosa de como devemos gastar nosso tempo, mesmo aquele destinado ao lazer.
 
E saiu mais uma edição da Trasgo! Como sempre, totalmente gratuita, então não deixe de baixar a sua!

 

NOVIDADES PARA ESCRITORES

 
Saiu no blog Oxford Comma (um blog bem legal, por sinal) um texto sobre o uso de verbos de pensamento (uma dica de Chuck Palahniuk). Não sei até onde isso é válido na língua portuguesa, mas não usar verbos de pensamento por 6 meses parece uma boa promessa de ano novo (ainda dá tempo, vai!).
 
No Momentum Saga, saíram dois textos legais. Um deles sobre mais um estereótipo que você deve evitar; o outro listando 5 sinais de que você nasceu para ser escritor.
 
Esse link com 99 dicas de escrita, do Viver da Escrita, é para você guardar para sempre.
 
Lucas Ferraz falou sobre pagar para publicar; vale a leitura e a reflexão!
 
Você sempre fica em dúvida sobre quando deve contar e quando deve mostrar? Esse texto do Oficina Fantástica pode te ajudar (e vale a pena dar uma lida nos demais textos do blog).
 
No Portal da Escrita há duas fichas simples para te ajudar a organizar as ideias.
 
Meio que por acaso, descobri o Trendr/Medium de Laura Pires. São conselhos para a vida, mas que também podem ser muito úteis para escritores, porque ela fala sobre casamento, sexualidade e ainda tem um guia (incompleto) de sexualidades. Ótimo material para quem acredita que escreve romances ruins e/ou quer escrever histórias representativas. Ela também falou sobre o que aprendeu depois de escrever para o Medium por um ano.
 
Também descobri o Medium de Aline Valek e encontrei algumas coisas interessantes, entre elas, um texto sobre as vantagens de ter uma newsletter e outro em que ela listou todas as newsletters que costuma seguir. Outro texto bem legal é esse aqui, com sete conceitos sobre o mundo das histórias. Ela mesma tem uma newsletter, que sofreu reformulação recentemente (a antiga virou um zine), e eu acabei gostando tanto do conteúdo dela que comprei seu livro, As águas vivas não sabem de si. Agora é esperar a Saraiva entregar!
 
Você já pensou em deixar algum e-book seu gratuito? Então não deixe de conferir esse texto (foi por causa dele que tive a ideia de presentear vocês nessa edição <3).
 
Por fim, vale a pena conferir essas duas listas de Tales Gubes: uma com 24 livros para escritores, e outra com 23 sites para escritores.

 

NOVIDADES PARA BLOGUEIROS

 
Saiu no Da Imaginação à Escrita um post com algumas dicas para criar um bom layout para o blog.
 
Por fim, vou deixar aqui um convite que não vale somente para blogueiros, mas também para leitores e escritores: apoie o The Bookworm Scientist! Existem várias opções de valores, e você tem a possibilidade de receber as mais diversas recompensas. E se mesmo assim você não puder ajudar, compartilhe! Talvez algum amigo seu goste do blog e decida apoiar.

NOVIDADES NO SI&F


Como andei meio ocupada esse mês, tive pouco tempo para me dedicar ao SI&F. Postei lá apenas três resenhas (A Biblioteca Invisível, Réquiem para a liberdade e Coração de Aço) e a retrospectiva de 2016.
 
Em fevereiro, pretendo trazer alguns posts interessantes (ideias não faltam!) e algumas resenhas que tenho que colocar em dia, como a de O Desejo do Sol, de Daniel Monteiro (parceiro do blog) e de O Herói das Eras, o livro que ganhou o troféu de melhor de 2016. Também estou trabalhando em organizar o SI&F e o meu processo de blogagem, então ele deve voltar à sua atividade normal em breve.
 
Além disso, esse ano decidi fazer as parcerias com escritores de forma diferente: via formulário, escolhendo já nesse início de ano os livros que serão divulgados e resenhados ao longo de todo o ano. Se você tem interesse em ser parceiro pode preencher o formulário até dia 28 de fevereiro. Também pode ficar à vontade para divulgar o formulário entre amigos e colegas.

LEITURAS DO MÊS


Às voltas com a escrita, a organização do SI&F e com o processo de transferência na faculdade, acabei praticamente não lendo ficção em janeiro, exceto por alguns capítulos de um livro e um conto ou outro. Mas acabei gostando de dois dos livros recomendados como bibliografia para a prova de transferência: A Construção do Livro, de Emanuel Araújo, e Elementos do estilo tipográfico, de Robert Bringhurst.
 
O primeiro está um pouco desatualizado, uma vez que foi publicado em 1986, mas acredito que seja uma leitura bastante válida para escritores, já que explica todo o processo que transforma o original de um autor em um livro que pode ser comprado e apreciado pelo leitor.
 
O outro é mais recente (se não me engano, de 2004) e fala especificamente da parte tipográfica de um original, comentando desde a invenção da prensa até os dias atuais. Eu o achei bem interessante, embora talvez o material seja mais útil a um diagramador que a um escritor.

O QUE EU ANDEI ESCREVENDO


Escrevi pouquíssimo em janeiro. Um ou dois capítulos de Divindade Artificial e o comecinho de Momento Angular (título provisório de uma novela sobre viagem no tempo). Mas acredito ter finalmente identificado o motivo de estar enrolando tanto (além, é claro, de estar desorganizada), então espero retomar a escrita a todo vapor esse mês.
 
Mas tive duas novidades bem legais em relação à escrita: a Fernanda Castro (ela mesma, do The Bookworm Scientist) resenhou dois contos meus: Não-heroína e O que eu faria se tivesse uma máquina do tempo? Para conferir as resenhas, basta clicar nos links para o Skoob. E saiu no Literatividade uma resenha de Trópicos Fantásticos, que eu particularmente adorei! Então fica aqui meu agradecimento às duas!
 
Para comprar os e-books citados acima e outros, basta acessar essa página do SI&F, onde listei tudo o que tenho publicado até agora.

O LIVRO DO MÊS


Nada melhor que recomendar aquele que foi o meu livro favorito em 2016: O Herói das Eras. Ou melhor já recomendar toda a trilogia Mistborn, de Brandon Sanderson (aproveite para ler as resenhas de O Império Final e O Poço da Ascensão). Ao longo de toda a trilogia é surpresa atrás de surpresa, não só em relação ao enredo em si como também ao próprio universo e ao sistema de magia. A cada livro, você vira mais fã do Sanderson. Só tome cuidado com o momento em que vai começar a ler, porque depois não vai mais querer parar.
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