Herança belga nos holofotes
Na última sexta-feira, 15 de setembro de 2018, o autor belga Marc Storms, em presença do Embaixador da Bélgica, Patrick Herman, do Cônsul Geral, Charles Delogne, dos descendentes do artista van Emelen e de vários convidados, fez o lançamento oficial de seu livro “Ad. H. van Emelen: A trajetória de um artista belga em São Paulo”, na residência oficial da Bélgica em São Paulo.
(Patrick Herman, Charles Delogne e Marc Storms)
Essa publicação que passa em revista a trajetória do artista belga radicado no Brasil nos anos 1920. No livro, o coordenador do Patrimônio Belga no Brasil revela a biografia do artista e divulga suas obras mais significativas, produzidas tanto em seu país de origem quanto no Brasil.
O livro é resultado de um projeto da Lei Rouanet e foi realizado graça ao patrocínio das empresas belgas ou belgo-brasileiras Impextraco, Katoen Natie, Parafix, Peróxidos do Brasil e Rhodia Solvay Group, o apoio do Consulado Geral da Bélgica, e a parceria com o Museu Paulista.
Na sua palestra de agradecimento, Marc Storms revelou que um novo projeto para divulgar a presença belga no Brasil foi recentemente aprovado pela mesma Lei de Incentivo à Cultura. O seu segundo livro será sobre um tema totalmente diferente: a contribuição belga para a culinária brasileira. O Consulado da Bélgica já confirmou seu apoio e o autor espera contar, novamente, com o interesse de empresas belgas-brasileiras para o patrocínio.
No dia 20 de setembro, quinta-feira, às 19h30 horas, no restaurante Chez Vous, em São Paulo o livro será apresentado ao público e todos os interessados estão convidados.
Bastante popular no fim do século XIX e início do XX, Adrien Henri Vital van Emelen (1868 – 1943) é autor de obras que podem ser admiradas em diversas instituições de São Paulo. São de autoria do artista as estátuas que esculpiu para a então nova igreja do mosteiro beneditino no largo de São Bento, da Abadia de Santa Maria e do Hospital Santa Catarina, todos em São Paulo, além dos guardiões na torre da Bolsa Oficial de Café, o Museu do Café, em Santos.
Na pesquisa para a publicação, Marc conseguiu detectar nada menos que 25 esculturas desse artista em prédios públicos e igrejas no Brasil e na Bélgica, dezenas de terracotas e cerca de 160 pinturas. Possuem obras do artista em São Paulo o Museu Paulista, Museu Afro Brasil, Museu de Arte São Paulo, Pinacoteca do Estado São Paulo, além do Museu Republicano de Itu. Apesar da importância e da visibilidade de suas criações, Emelen nunca teve sua própria história narrada, tampouco sua produção devidamente reunida em uma publicação.
O trabalho tem a contribuição da professora Heloísa Barbuy (USP) sobre Adrien como pintor das Arcadas da Faculdade de Direito do Largo São Francisco.
Adrien van Emelen nasceu em 1868, em Lovaina, na Bélgica, e estudou com famosos mestres europeus como Auguste Rodin. Em sua terra natal, fez inúmeros trabalhos de encomenda para governos e universidades, além de ter atuado como professor de artes. Em 1920, aos 52 anos, emigrou com a família para São Paulo. Eram os anos do auge do café quando artistas eram requisitados para dar forma a uma São Paulo “moderna”.
Criou estátuas de apóstolos, santos, bandeirantes, políticos e trabalhadores em materiais diversos, como terracota, bronze, gesso, mármore e cimento. Algumas destas foram produzidas em dimensões apenas na casa dos centímetros, ao passo que outras chegavam a quatro metros e meio de altura. Como pintor, van Emelen foi autor de pinturas históricas por encomenda e prolífico na produção de retratos de tipos populares e paisagens.
Título: “Ad. H. van Emelen: A trajetória de um artista belga em São Paulo”
Autor: Marc Anna Camille Jozef Maria Storms
Colaboração: Heloisa Barbuy
Texto em português com resumo em francês, inglês e neerlandês
São Paulo - Edição do autor – 2018
Páginas: 144
Formato: 23,5 x 30 cm
ISBN 978-85-455243-0-4
Preço: R$ 90,00
Loja virtual https://patrimoniobelga.lojavirtualnuvem.com.br/
Lei de Incentivo à Cultura
Patrocínios: Impextraco, Katoen Natie, Parafix, Solvay Peróxidos Brasil e Rhodia
Parceria: Museu Paulista
Apoio: Consulado Geral da Bélgica no Brasil
Mais informações: http://www.patrimoniobelga.com.br/livro
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