Presença belga nos holofotes
Em 09 de novembro de 1984 faleceu Lucien Alphonse Joseph Lison. Lucien nasceu em 13 de março de 1908 em Trazegnies, Bélgica, e cursou medicina na Universidade Livre de Bruxelas, graduando-se em 1931. Optou pela pesquisa biológica experimental, onde desenvolveu inúmeras novas técnicas para a identificação/marcação de substâncias específicas presentes em um tecido biológico. Entre os seus feitos, o trabalho que definiu critérios cientificamente aceitáveis para o desenvolvimento de evidências morfológicas em processos citoquímicos (1936) pode ser evidenciado. Além disso, desenvolveu um novo histofotômetro (1950), desenvolveu uma técnica de quantificação de DNA em diversos tipos de células (1950), contribuiu para a compreensão da metacromasia (1951), publicou um livro-texto sobre histoquímica animal (1952), contribuiu para a unificação de diversos conceitos e, posteriormente, atualizou e expandiu esses conceitos em outro livro chamado Histoquímica Animal e Citoquímica – Princípios e Métodos (1960).
Em 1953, foi convidado pelo Professor Zeferino Vaz, fundador e então diretor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), para lecionar no Departamento de Histologia dessa Faculdade. Como a Europa vivia o período difícil do pós-guerra, as propostas motivantes e "revolucionárias" de docência na universidade brasileira motivaram Lison, bem como vários outros pesquisadores europeus. Após um ano, o Departamento de Anatomia da Unidade foi unificado ao Departamento de Histologia, originando assim o Departamento de Morfologia, chefiado pelo próprio Lison, tornando-se em seguida, professor titular. No final da década de 50, iniciou a criação da Faculdade de Filosofia de Ciências e Letras (FFCLRP), onde foi diretor entre 1963 e 1968.
Foi honrado com o Prêmio Lucien Lison de Iniciação Científica e a Rua Lucien Lison, na Vila Virginia em Ribeirão Preto.
Mais informações: http://www.belgianclub.com.br/pt-br/creator/lison-lucien-alphonse-joseph-1908-1984
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