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Olá, 

depois do Carnaval estamos iniciando a segunda turma, do curso Campo, Comida & Cidadania para iniciar já neste sábado, 17 de fevereiro. Esse curso é para você, que quer aprofundar seus conhecimentos na agroecologia e desenvolver um projeto de transição para reconquistar a soberania alimentar. Em seis semanas vamos acompanhar você no seu processo de transformação pessoal, e mostrar oportunidades para se juntar a esse movimento.
Para atender aos que procuram algo mais específico estamos elaborando novos cursos e pedimos sua indicação, qual tema é do seu interesse (veja o link).
Desejamos um ano maravilhoso, com muitos avanços na transição agroecológica!
O informativo sobre transição agroecologia, 
soberania alimentar e movimentos sociais 
Mais informações www.agroecoculturas.org 

Nº 12 - 15 de fevereiro 2018

 
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Se não recebeu todas as edições pode acessar os números passados na página http://agroecoculturas.org/noticias-da-terra/
A agroindústria está com os dias contados
10 anos desde o relatório da agricultura na cruzilhada
 
Em 2018 faz 10 anos que o IAASTD publicou seu relatório sobre a situação da agricultura no mundo, e chegou a conclusão que “seguir da mesma forma não é uma opção.” O grupo de 400 cientistas internacionais de renome deixaram claro, que a agroindústria petroquímica não tem futuro, e que são os pequenos agricultores familiares que alimentam o mundo. A Avaliação Internacional do Papel do Conhecimento, da Ciência e da Tecnologia no Desenvolvimento Agrícola (IAASTD pela sua sigla em inglês), é uma iniciativa do Banco Mundial e das organizações das Nações Unidas, que agrupou a 110 governos e convocou os cientistas para uma avaliação. O relatório “Agricultura na cruzilhada”  exige uma mudança orientada no novo paradigma na agricultura como inevitável, imperativo e urgente, com uma profunda transformação do sistema agroalimentar a partir das bases. A mensagem central do informe da IAASTD foi o reconhecimento da agricultura campesina e do seu potencial de produção ecológica de alimentos, para o qual demanda o apoio dos governos para a transição agroecológica como algo essencial para garantir a segurança e a soberania alimentar das pessoas. O relatório registra a grande riqueza de experiências agroecológicas e seu enorme potencial para aumentar a produção, preservar a resiliência dos agroecossistemas, encorajar a economia local, melhorar a saúde e garantir o bem-estar das pessoas.

Está na hora de refletir, o que passou nesses 10 anos, quais foram as mudanças e quais são os avanços na transição agroecológica.
De um lado parece, que o agronegócio está mais forte que nunca. No Brasil, a bancada ruralista saiu mais fortalecida ainda das eleições em 2015, são atualmente 270 assentos, um aumento de 30%, assim que alcançaram a maioria de 51%.
O sistema político ruralista é formado por prefeitos, deputados, senadores e governadores, donos de 2 a 4,4 milhões de hectares de terra, como relata o jornalista Alceu Castilho em “O Partido da Terra”. Já no governo de Dilma Roussef, os representantes do agronegócio assumiram com Kátia Abreu o MAPA – Ministério de Agricultura, Pecuaria e Abastecimento. No governo Michael Temer, o maior produtor – o “rei da soja” – ficou com o cargo, enquanto o MDA – Ministério de Desenvolvimento Agrário - foi submetido ao MDS – Ministério de Desenvolvimento Social, degradando as políticas para a agricultura familiar ao status de assistência social. Nessa conjuntura as fronteiras agrícolas avançaram sobre os últimos territórios, na chamada MAPITOBA, o triangulo entre os estados do Maranhao, Piaui, Tocantins e Bahia, que foi liberado para as monoculturas de soja e milho.
Internacionalmente a situação não parece nada melhor. Com a compra da Monsanto pelo gigante alemão Bayer em andamento, a concentração de poder está aumentando. Mesmo contra muita resistência, o parlamento europeu admitiu o uso do Glyfosato por mais 5 anos e a cada dia aumentam as fábricas de produção animal, alimentados com a soja do Brasil.

Entretanto, todo esse sistema agroindustrial petroquímico está construído sobre fundamentos, que está destruindo a cada dia. Com a degradação dos solos, da água e das florestas está ameaçando as bases da produção agrícola, gerando insegurança alimentar. E com a expulsão dos campesinos das suas terras aumenta o número de famintos e refugiados.
 
Pelo outro lado vemos florescer as agriculturas diversificadas, baseadas nos princípios da agroecologia. Não só no campo como também nas cidades, cada vez mais pessoas procuram por possibilidades de produzir seus alimentos e optam por comprar produtos mais saudáveis. As áreas de produção orgânica não param de crescer, e muitas multinacionais atuam também nesse mercado. Mas ainda são os milhões de pequenos agricultores – e sobretudo as agricultoras – que produzem 70% dos alimentos, com uma enorme diversidade. São elas que guardam as sementes, que mantem uma agricultura mais resiliente às mudanças climáticas e que resistem contra o avanço do agronegócio sobre suas terras.
Estamos diante de um cenário, em qual nas monoculturas os produtores lutam contra “pragas” cada vez mais resistentes, aplicando venenos cada vez mais tóxicos, e precisam abrir cada vez mais novas terras pela degradação dos solos, numa luta contra a natureza na qual acabam perdendo.
Enquanto isso em muitos territorios florecem os agroecossistemas diversificados, cada vez mais resilientes e fortalecidos. Nessa cruzilhada, na qual a agricultura se encontra, não existe outra opção, e cada vez mais pessoas estão tomando o caminho na direção de uma agricultura mais sustentável, mas justa, conquistando sua soberania alimentar.

Como você pode tomar esse rumo e fazer sua parte vai aprender no curso Campo, Comida & Cidadania,
Veja mais aqui
 
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Protestos na Alemanha acompanham feira internacional da agroindústria
33.000 pessoas exigem mudanças nas políticas agrárias e um sistema agroalimentar com futuro

No dia 20 de janeiro de 2018 foram mais de 33 mil pessoas para as ruas em Berlim, Alemanha, protestando contra as políticas agrárias, exigindo reformas políticas para a criação animal, a proibição do glyfosato e comida saudável para todos.
A manifestação teve na frente 160 agricultores com seus tratores e uma multidão de pessoas vestidas de abelhas, vacas ou coelhos, fazendo uso da liberdade democrática do protesto. A maioria se direcionava com apelos aos políticos nacionais, à União Européia, e também mostrando solidariedade com os campesinos, que são expulsos das suas terras em vários países, presos, torturados e assassinados.
O evento foi organizado por 55 organizações de diversas áreas, como da agricultura, da proteção do clima, do meio ambiente, de animais e de consumidores, como também dos movimentos para um comércio justo global. Declararam sua solidariedade com seus colegas na luta pela soberania alimentar e um comércio justo, pelo direito do acesso à terra, água, sementes e educação.
Com a manifestação, que se realiza anualmente desde 2011, em protesto a oitava edição da maior feira internacional de agroindústrias chamada de “semana verde”, o objetivo do protesto é mostrar, que os jovens são importantes na agricultura para o desenvolvimento e a estabilidade nas regiões rurais, que os agricultores estão dispostos a enfrentar os novos desafios para uma agricultura mais sustentável e que precisam de políticas claras para viabilizar as mudanças.
Eles não têm dúvidas, que os responsáveis políticos enfrentam grandes desafios num mundo com guerras, fome, pobreza e mudanças climáticas, que provocam a migração de milhões de pessoas, que fogem por desespero e ameaças à vida. Para tanto precisam enfrentar o poder das empresas e construir um mundo para todas as pessoas e não somente para poucas.
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Eventos nacionais
 
Inicia a preparacao do IV ENA
Nas próximas semanas vão acontecer encontros regionais em preparação do IV ENA, que será realizado de 31 de maio a 3 de junho de 2018 em Belo Horizonte, Minas Gerais com o lema: Agroecologia e Democracia Unindo Campo e Cidade.
As informações estão disponíveis aqui.

Veja datas e locais:
Amazônia: Belém/PA, 3 a 6 de abril de 2018
Nordeste: Recife/PE, 27 e 28 de fevereiro de 2018.
Sul: Chapecó/SC, 13 e 14 de março de 2018
Centro Oeste: Brasília/DF, 4 a 6 de abril de 2018
Contatos no informe
Publicações

Lançamento: 

Volver a la tierra - agroecologia y soberanía alimentaria

A partir de uma análise profunda do processo histórico da constituição dos sistemas agroalimentares até agora, o livro demonstra conflitos e desafios, buscando soluções na construção democrática dos sistemas agroalimentares dos territórios, com a gestão ecológica dos agroecossistemas, para garantir a soberania alimentar com base em uma mudança paradigmática e uma nova relação com a terra.

Angela Küster é cientista política, com doutorado da Universidade de Berlim, na Alemanha, e doutora em desenvolvimento local e territorial pela Universidade de Valência, na Espanha. Foi coordenadora de projetos para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar no Nordeste do Brasil. Disponível no Brasil em breve.

Vídeos
Sementes “Bem comum ou propriedade corporativa?
O Coletivo de Sementes da América Latina apresenta o documentário "Sementes bens comuns ou propriedade corporativa?" com  experiências e lutas dos movimentos de defesa de sementes nativas e nativas na América Latina do Equador, Brasil, Costa Rica, México, Honduras, Argentina, Colômbia e Guatemala. O Coletivo de Sementes da América Latina é composto pela Associação Nacional para a Promoção da Agricultura Ecológica (ANAFAE) de Honduras, a Rede Nacional de Defesa da Soberania Alimentar na Guatemala (REDSAG), a Rede de Biodiversidade da Costa Rica Grupo de Sementes da Colômbia, Ação Ecológica do Equador, Articulação Nacional de Agroecologia do Brasil, Ação para a Biodiversidade da Argentina e GRAIN.

Os protagonistas são as sementes nativas, nossas, nas mãos das comunidades camponesas e dos povos indígenas. O documentário trata da defesa das sementes nativas como parte integrante da defesa do território, da vida e da autonomia como povos, a relação entre as mulheres indígenas e as sementes nativas, a semente flui nas comunidades, a história da origem da milho, cerimônias maias sobre a importância das sementes, gratidão e bênção de sementes, feiras e trocas de sementes e experiências locais de recuperação e manejo de sementes crioulas.
Também estão presentes as lutas contra as leis das sementes e contra a UPOV 91, contra a imposição de sementes transgênicas, a denúncia da devastação implicada por transgênicos e a resistência às fumigações e o avanço do agronegócio.

Assista  documentário e compartilhe para defender as sementes como patrimônio dos povos a serviço da humanidade no caminho da soberania alimentar.
 
Cursos


Curso Campo, Comida & Cidadania

 

Abrimos para novas inscrições no curso online. Com seis módulos durante seis semanas onde você passará por um processo de aprendizagem, que contribuirá para seu desenvolvimento pessoal enquanto pratica os princípios da agroecologia. 

Também estamos desenvolvendo outros cursos e gostaríamos saber, quais seriam do seu interesse e como podemos ajudar você atualmente, colocando nos ao seu serviço. 
Por favor dê seus votos aqui
                        

Agradecemos sua participação!
 
 
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