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#47 · 15/7/2020 · ver no navegador
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Mães pretendem manter filhos pequenos em casa mesmo após a reabertura das escolas

Ivana Moreira

 Por Ivana Moreira*

  GIF animado de INTO ACTION


Bom dia!

Foi como jornalista (e não como mãe) que conheci o “Padecendo no Paraíso”. O nome do grupo de apoio materno no Facebook surgiu na boca de um repórter, como uma sugestão de pauta para a revista Veja BH, que eu editava. Por causa da denúncia feita no “Padê”, uma das mais tradicionais escolas particulares da capital mineira estava enfrentando raios e trovões num episódio de bullying. Foi a primeira de muitas vezes que me vi, como jornalista, tendo de ouvir a líder e fundadora do poderoso grupo, a arquiteta Bebel Soares. Isso foi em 2012, pouco mais de um ano após a criação do grupo.

Quase uma década de histórias de “empoderamento materno” foram reunidas no livro “Sem paraíso e sem maçã”, que a arquiteta (hoje colunista de jornais e sites, entre eles, o Canguru News) acaba de lançar. A discussão sobre a chamada maternidade real, longe dos ideais estereotipados que vêm rotulando as mulheres com filhos por tantos anos, causa tanto interesse que fez a obra figurar, poucos dias após o lançamento, na lista dos livros mais vendidos da plataforma Amazon. Na entrevista que destacamos hoje, Bebel fala sobre o que mudou nesses anos, no discurso das mães, em todos os temas – da educação dos filhos ao sexo no casamento.

E também foi entre as “mães da internet” que surgiu a principal matéria da edição de hoje. Abrimos uma enquete nas nossas redes sociais para ouvi-las sobre a volta às aulas. Elas estão seguras para mandar seus filhos às escolas quando os portões forem reabertos? Não, é o que mostra o resultado da nossa pesquisa: 65% delas pretendem manter as crianças em casa (sobretudo as menores) mesmo depois que o funcionamento das instituições de ensino for autorizado.

Não podemos dizer que elas estão totalmente equivocadas no sentimento de insegurança. Mesmo entre os especialistas, existem muitas dúvidas sobre o risco. Como relata a editora Verônica Fraidenraich, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que alguns países onde escolas foram reabertas enfrentaram surtos de Covid-19 entre alunos e professores. Não será simples retomar a rotina escolar. Como escreve em seu artigo a colunista Iolene Lima, trata-se de uma “readaptação nunca vivida”. Ex-secretária executiva do MEC, a pedagoga lembra que embora os colegas e os professores sejam os mesmos, a pandemia distanciou todos. E mudou tudo.

Na edição de hoje, você vai ler ainda sobre os 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente; sobre a dermatite atópica, que atinge 25% dos pequenos; sobre as 7 dicas de ouro para não perder a paciência com os filhos; entre outros assuntos
 
Boa leitura! 

 

 

 literatura 

Fundadora do ‘Padecendo no Paraíso’ lança livro com relatos da maternidade real 

Ilustração de capa do livro ‘Sem paraíso e sem maçã’
 

Criado há quase dez anos no Facebook, o "Padecendo no Paraíso" foi um dos primeiros grandes grupos de apoio materno na plataforma. E acabou revolucionando a vida da fundadora, Bebel Soares. As histórias que ela viveu e testemunhou ao longo da década recheiam o recém-lançado "Sem paraíso e sem maçã".

Conheça o livro »
 



 legislação 

30 anos depois do ECA, desigualdades ainda afetam o desenvolvimento da infância

Criança erguendo dois pirulitos em frente aos olhos
 

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completou 30 anos na última segunda (13). Não há dúvida de que houve avanços significativos nestas duas décadas, mas, de acordo com o Unicef, as desigualdades sociais no Brasil ainda afetam o desenvolvimento de crianças e jovens – e precisam ser combatidas.

Leia a reportagem »  
 


 coronavírus 

Mães dizem que filhos seguirão em casa quando as escolas reabrirem

Bianca e a filha Manuela
 

Enquete realizada pela Canguru News mostra que a maioria das mães não pretende retomar a rotina escolar tão cedo. Essa é a opinião de 65% das mães ouvidas. Já 32% delas planejam levar os filhos às aulas assim que as escolas forem reabertas.

Saiba mais »
 


 coronavírus 

OMS diz que alguns países onde escolas foram reabertas tiveram novos surtos de Covid-19

Pequena aluna de mochila e máscara na entrada da escola
 

Líder da Organização Mundial de Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove relata que algumas nações que reabriram as escolas registraram novos surtos da doença "sobretudo em crianças mais velhas". 

Leia a matéria »
   

 

 educação 

Uma readaptação nunca vivida

Material escolar e máscara higiênica sobre a carteira
 

No início do ano letivo, todos os alunos são novos em todas as séries, mesmo aqueles que já estavam na escola. Agora, os desafios são outros. “O ano e a turma são os mesmos, mas o tempo nos distanciou", diz a pedagoga Iolene Lima.

   

 

 comportamento 

7 dicas para ter mais paciência com as crianças  

Mãe impaciente ao lado do filho na mesa
 

Perder a paciência com as crianças é normal. Mas há maneiras de trabalhar o equilíbrio e lidar melhor com essas situações. Coordenadora de desenvolvimento educacional da plataforma PlayKids, Nathalia Pontes explica o que fazer.

   

 

 saúde 

Dermatite atópica, uma manifestação alérgica, atinge 25% das crianças

Ilustração de menina com dermatite atópica
 

A dermatite atópica pode causar perda da qualidade de vida. O pediatra Fábio Ancona explica melhor o que é essa doença e quais as opções de tratamento mais recomendadas para os pequenos.

 

 

 saúde 

Como gestantes (e seus bebês) podem evitar doenças respiratórias

Gestante segura par de meias para bebê
 

O tempo frio e seco nesta época do ano pode agravar doenças respiratórias como asma, bronquite e pneumonia. Ginecologista e obstetra, Renato de Oliveira dá orientações para que grávidas, bebês e crianças pequenas possam se prevenir.

    
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 uma pergunta para... 

 

Retrato de Ricardo Coimbra

Alexandre Coimbra Amaral

Psicólogo e terapeuta familiar, colunista do programa “Encontro com Fátima Bernardes”


Como o pai pode se mostrar presente e próximo da mãe no puerpério?

“Uma das maiores satisfações de uma mulher nessa fase de pós-parto é sentir que o seu companheiro está conseguindo se conectar com as necessidades dela. É uma fase em que a mulher fica muito invisível, todo mundo olha muito para o bebê.
Então, o pai deve olhar para a esposa, prestar atenção nas necessidades mais profundas dela, que às vezes ela mesma não consegue pedir. O pai pode fazer uma pequena surpresa para ela, dar um agrado, um mimo, um carinho que possa devolvê-la à sensação de cuidado que é muito necessária para que não sinta que é só a cuidadora. Além disso, o pai também tem o direito de se conectar com o seu filho e a mãe deve abrir esse espaço. É útil para o casal que um veja o outro se adaptando a essa chegada do bebê. O bebê tolera que sejamos inábeis. Ele constrói junto com a gente, ele vai dando sinais de como quer ser tratado e nem a mãe nem o pai vão saber disso de antemão, agora se o pai não tiver o direito de fazer os testes dele para ir se adaptando, ele também não vai criar intimidade.”

*Depoimento ao canal do Instituto Araripe no Youtube  
 

Obrigada por nos ler!
 


*Com Verônica Fraidenraich e Heloísa Scognamiglio.
 


Ivana Moreira

Jornalista com mais de 20 anos de experiência em grandes redações. É colunista de educação do jornal Metro e tem certificação como coach parental pela The Parent Coaching Academy, de Londres. É uma mãe apaixonada por seus dois meninos, Pedro e Gabriel.


 

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