Bom dia!
Meu filho mais velho, já adolescente, não fala sobre sexo comigo. Na verdade, ele sequer fica sem roupa na minha frente mais (não me lembro quando foi a última vez que o vi como veio ao mundo). Fico me perguntando quando (e como) esse canal de comunicação se fechou entre nós. Juro que tentei responder com naturalidade, quando as primeiras perguntas sobre o assunto surgiram, exatamente como orientam os especialistas. Mas será que eu consegui? Será que é possível falar com naturalidade sobre um tema que era cercado por tantos tabus quando eu era criança? O que eu considerei natural era assim tão natural? Ou deixei transparecer meu desconforto até o ponto que o menino preferiu deixar de me constranger com perguntas difíceis? Segundo Cida Lopes, psicóloga, terapeuta e educadora sexual, boa parte dos pais não se sente inseguro para ter conversas sobre sexualidade com os filhos. Simplesmente porque quase não tiveram essas conversas com seus próprios pais – não têm referência. Mas não há dúvida de que é preciso aprender. Segundo ela, a forma como você fala sobre sexo com seu filho hoje pode influenciar (e muito) em como ele vai lidar com sua sexualidade quando for adulto. É sobre isso que fala uma das matérias da edição de hoje – e você não pode deixar de clicar se quer estar preparado para as perguntas que certamente virão.
Boa leitura!
educação
A volta às aulas está na pauta do dia dos educadores, embora ainda não se saiba ao certo quando (e como) será. É preciso se preparar para o retorno às salas de aula e à rotina escolar, que não será mais a mesma. Por ora, o que sabemos – e me perdoem pelo clichê – é que nada será como antes. A começar pelo fato de que, possivelmente, os alunos farão um revezamento: nem todos irão à escola no mesmo dia. “O retorno presencial será escalonado e seguirá inúmeras regras e condições de segurança sanitária, para que o vírus não retorne numa segunda onda, como vários cientistas apontam”, explica a pedagoga Iolene Lima, ex-secretária executiva do Ministério de Educação (MEC). Segundo ela, há inúmeros aspectos que precisam ser considerados na educação infantil neste planejamento da volta às aulas que começa a ser feito. “O acolhimento é um deles”, diz Iolene.
Leia a reportagem »
especial coronavírus
Enquanto por aqui ainda estamos discutindo quando e como será a volta às aulas, a China já incorporou um novo acessório ao uniforme dos estudantes: o chapéu de distanciamento. As fotos do primeiro dia de aula após a quarentena, na província de Hangzhou, correram o mundo. O chapéu tem uma espécie de régua suspensa que ajuda as crianças a manterem a distância de um metro entre elas. Estranho, bem estranho. Mas, segundo os chineses, providencial num momento em que os cuidados para evitar o contágio ainda são muito importantes.
Leia a reportagem »
comportamento
Seu filho já fez “aquelas” perguntas? Por que menina tem corpo diferente de menino, de onde vêm os bebês e por aí afora. Questões relacionadas à sexualidade costumam surgir bem cedo nas crianças. Por volta dos 3 anos algumas já fazem perguntas sobre o assunto que, muitas vezes, deixam os pais desconcertados. O importante, garantem os especialistas, é tratar o tema com naturalidade. Psicóloga e autora do livro “Soltando os Grilos”, Cida Lopes diz que pais e educadores precisam estar preparados para responder as dúvidas na medida em que elas forem surgindo. Nem antes, nem depois. Sem os tabus que, possivelmente, marcaram a infância desses adultos. E é bom estar preparado para as dúvidas mais comuns em cada faixa etária. A forma como você fala sobre sexo com os pequenos pode influir (e muito) na forma como ele vai lidar com a sexualidade na vida adulta. Se você não anda sentindo muita segurança para abordar o tema com os pequenos, vale a pena prestar atenção no que a psicóloga especialista em educação sexual tem a dizer.
Confira a reportagem »
saúde
Cartilha elaborada pelo Instituto Vidas Raras orienta pais de crianças com doenças raras, consideradas como grupo de risco da Covid-19
Crianças com doenças raras têm, em geral, baixa imunidade. Só por isso já são mais suscetíveis a contrair a Covid-19 e precisam de atenção redobrada nesse momento de pandemia. O Instituto Vidas Raras preparou uma cartilha com recomendações específicas para familiares, pacientes e seus cuidadores, além de detalhes sobre a doença provocada pelo novo coronavírus e seus sintomas.
Veja a cartilha »
uma pergunta para...
Christian Dunker
Psicanalista e professor da Universidade de São Paulo (USP), colunista do Uol e idealizador do canal no Youtube “Falando nisso”
Como você está vendo o ensino a distância para as crianças?
“O ensino à distância, homeschooling... vocês estão vendo quão precário é isso. Não caiam nessa marmelada de achar que é bom, que vai ser tudo muito melhor e mais barato porque não vai ser. É outra linguagem, outra experiência cognitiva, outro modelo de aprendizagem. E nós precisamos partir da realização do fato de que estamos no novo. Isso não é um transporte do velho, é o novo, e envolve repactuação de todos os assuntos concernentes à escola, inclusive, fazer lição….Nessa briga entre escola e família, não façam com que os professores paguem a conta. Eles estão se desdobrando, estão diante de uma tarefa nova, que vai demorar e redundar em outro tipo de ensino. Então, se a gente não puder repactuar isso para esta nova situação, afinal, o que vamos aprender com ela? Nada. Se você quer contar uma boa história, pense no que vamos criar juntos nesta relação entre pais, professores, funcionários, fornecedores, escola e crianças.”
Depoimento ao canal “Falando Nisso”, no Youtube.
|