me lembrei desta frase acima, que havia lido algumas semanas antes, quando estava assistindo o filme "Nostalgia", que fala de perdas e o que colecionamos ao longo da vida para nos apegarmos às lembranças — especialmente na cena abaixo:
"Eu sabia que precisava entrar e fazer aquilo que as pessoas pensam a vida toda: decidir o que pegar num edifício em chamas.
É mais fácil quando é uma pergunta hipotética. Mas é muito difícil quando você vê a árvore que toca na sua casa e na casa ao lado pegando fogo."
a analogia do nosso momento de vida atual com um edifício em chamas, embora óbvia, não deixa de ser significativa.
nesses últimos quase três meses, tenho pensado muito sobre o que é claramente tão certo quando tudo ao redor não é.
quando reconhecemos a transitoriedade e a impermanência do que nos cerca, o que de fato fica de sólido para nos apoiarmos?
diante de medirmos o que é essencial para direcionarmos nossos recursos, energia e afetos para usarmos o que temos de forma mais consciente quando nos deparamos com a sombra da escassez; você tem conseguido refletir sobre o que se tornou supérfluo?
se nos restassem apenas cinzas, por qual base reconstruiríamos um novo futuro?
reflexões para tentar salvar o minuto: não é sempre sobre trazer respostas. muitas vezes, precisamos apenas fazer algumas perguntas.
um forte abraço,
com amor
♡
(as imagens para ilustrar cada drops são sempre escolhidas com muito carinho e cuidado, algumas de minha própria autoria e outras que encontrei por aí. todas estão sempre linkadas na própria imagem - caso queira saber mais, é só clicar ;)
