Copy
#32
23/05/2020

ver no navegador
Apoio:

Bom dia!


Mark Rutte, o primeiro-ministro da Holanda, surpreendeu sua audiência na última terça-feira (19), em mais um dos seus frequentes discursos desde que a pandemia do coronavírus teve início. Dessa vez, o historiador de 53 anos escolheu se dirigir às crianças. Explicou que ninguém sabe como a vida será daqui para frente e pediu as sugestões delas para que as pessoas possam voltar a se encontrar, a conviver. Segundo ele, “a criatividade e as ideias” dos pequenos são muito necessárias.  

Rutte pediu a mães, pais e professores que estimulem as crianças a falar de planos para o futuro no país onde, até ontem, a covid-19 já tinha provocado 5.788 mortes. Na Holanda, as escolas de ensino infantil e fundamental começaram a ser reabertas no último dia 11 – antes de restaurantes e cafés. Felizmente, o primeiro-ministro holandês não é único político a dispensar atenção especial aos pequenos nessa crise. Reportagem da editora Verônica Fraidenraich mostra como vários líderes ao redor do mundo estão tentando envolver as crianças na discussão sobre a pandemia e o “novo normal”.

É pena que por aqui as lideranças políticas ainda não pareçam tão sensíveis à causa. Sem uma estratégia clara por parte do governo em relação à reabertura das escolas, pais de alunos da educação infantil já começaram a trancar matrículas. Inseguros, estão achando que o melhor para seus filhos é permanecer em casa até o fim deste ano, independentemente da liberação para o funcionamento – o que já começa a colocar em risco instituições de ensino que atuam exclusivamente nesse segmento. Ex-secretária executiva do Ministério da Educação, a pedagoga Iolene Lima alerta os pais sobre o engano da análise. Em entrevista à Canguru News, ela lembra que a escola potencializa o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para outras etapas do aprendizado. E diz que, além de perder a “intencionalidade pedagógica” que existe na educação infantil, crianças que abandonarem as escolas vão perder também a oportunidade da socialização com colegas da mesma idade.

E a gente sabe a falta que faz socializar, não? Ontem (22), foi o “Dia do Abraço” e nunca se falou tanto sobre a importância, digamos, biológica desse gesto de afeto. Controverso (mas brilhante), o psicólogo americano Harry Harlow já fazia experimentos, nos anos 1950, para provar que gestos de afeto são vitais para o desenvolvimento da espécie. Não foi por acaso que o médico paulista José Campos Neto fabricou uma “cortina do abraço” para se encontrar com os netos que não via havia 60 dias, como conta a matéria da repórter Heloísa Sconamiglio. Por que o cérebro (de crianças e adultos) sente tanta falta dos abraços? Não sei se você sabe a resposta, mas tenho certeza que tem aí, na sua cabeça, uma listinha pronta de pessoas para abraçar muito quando tudo isso passar.

Boa leitura!



 alimentação 

 

Pode deixar seu filho chupar limão (ainda que pareça estranho, isso faz bem)

Menino fazendo cara feia chupando limão
 

O sabor doce eles conhecem quando nascem, ao sugar o leite materno. Já os alimentos de sabor azedo e amargo devem ser introduzidos na dieta das crianças desde muito cedo, segundo especialista em nutrição

 

Leia a matéria »

 


 

 apoio emocional 

 

3 dicas de Harvard para o desenvolvimento das crianças durante a quarentena

Mãe sorridente abraçada à filha
 

Especialistas do centro de estudos do desenvolvimento infantil da Universidade de Harvard (EUA) sugerem aos pais três ações simples para garantir o desenvolvimento saudável das crianças mesmo sem sair de casa


Confira as dicas »
 

Lembrou de uma amiga que pode se interessar por esse conteúdo?
Compartilhe nossa news pelo WhatsApp! 
ou envie por e-mail ✉
 


 coronavírus 

 

‘Criatividade das crianças é necessária para inventar um mundo pós-pandemia’, alerta primeiro-ministro da Holanda

Mark Rutte, primeiro-ministro dos Países Baixos
 

Mark Rutte não é o único líder político a envolver as crianças nas discussões e pedir que pais e educadores as estimulem a falar sobre a pandemia e soluções para a retomada do convívio social


Leia a matéria »
  


 bem-estar 

 

Por que o cérebro (de crianças e adultos) sente falta dos abraços?

Mãe e filha se abraçam de olhos fechados
 

O neurocientista Fernando Gomes explica como o abraço bem apertado estimula funções cerebrais e ativa os sentidos. E a biomédica Marina Campos conta como a “cortina do abraço” permitiu seu pai reviver a sensação de abraçar os dois netos


Confira a reportagem »
  


 educação 

  

Tirar seu filho da educação infantil é uma opção?

Menina deitada no chão desenhando em uma folha de papel
 

Inseguros por causa da pandemia, alguns pais já pensam em tirar crianças pequenas das escolas e mantê-las em casa. Especialistas, porém, alertam sobre o que os pequenos (mesmo os menores de 4 anos) podem perder sem a ‘intencionalidade pedagógica’ das atividades promovidas nas instituições de ensino

Leia a notícia »
   


 

 números para refletir 

 


 

300 mil
crianças entre 4 e 5 anos estão fora da pré-escola, que é obrigatória no Brasil.


41,4%
delas estão fora da escola por opção da família.

 

Fonte: Fundação Maria Cecília Souto Vidigal
 



 literatura 

 

As histórias em que as princesas brilham

Um sapo com coroa chorando na ilustração da capa do livro 'Princesas em greve!'
 

Nosso colunista, o escritor infanto-juvenil Leo Cunha comenta dois livros recentes da literatura infantil que, cada um a seu modo, falam sobre a importância de estimular o protagonismo feminino


Leia a coluna »
   


 uma pergunta para... 

 

Retrato de Vera Iaconelli

Vera Iaconelli

Psicanalista e doutora em psicologia


Como as mães devem lidar com o sentimento de culpa neste momento em que é preciso equilibrar tudo ao mesmo tempo, os filhos, a casa e o trabalho?

“A gente não é a mãe que a gente escolhe ser, a gente é a mãe que a gente pode ser. A gente vai se entendendo com a possibilidade de pedir desculpas. É menos romântico, mas é lindo. O processo de perdoar e ser perdoada é essencial nesta situação. A pessoa fica se denunciando o tempo todo, ela está ali mais preocupada em ficar se vilipendiando do que, de fato, assumir aquilo e partir para frente. A gente costuma pensar: 'eu fiz aquilo, o que eu tenho que pagar? A quem devo pedir desculpas?' É uma atitude ética. Na nossa cultura, mãe e culpa viraram sinônimos. É difícil, é até um exercício de humildade. Mas é legal quando você assume que não foi tudo aquilo que você imaginava. Você também ensina para os seus filhos que eles não precisam ser tão duros com eles, porque a tua dureza passa para eles também. O principal é refletir: o que eu posso melhorar daqui para frente?.” 

*Depoimento ao programa “O Mundo Pós-Pandemia”, da CNN Brasil.
 


Por Ivana Moreira, com Verônica Fraidenraich e Heloísa Scognamiglio
 


Ivana Moreira

Jornalista com mais de 20 anos de experiência em grandes redações. É colunista de educação do jornal Metro e tem certificação como coach parental pela The Parent Coach Academy, de Londres. É uma mãe apaixonada por seus dois meninos, Pedro e Gabriel.


 

Gostou da nossa news e ainda não é assinante?

Assine agora. É grátis!
Receba, às quartas e aos sábados, informação e inspiração para criar filhos melhores para o mundo.

Assinar a Canguru News

 

Quer sugerir uma pauta?

Responda esse e-mail com a sua sugestão ou escreva para redacao@cangurunews.com.br

Instagram
Facebook
YouTube
Website
Copyright © 2020 Canguru News, Todos os direitos reservados.



Coloque nosso e-mail na sua agenda de contatos