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#31 | Quarta-feira, 20/5/2020


 
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Bom dia!


A avó levou um susto quando o neto apareceu na tela do celular: “Que bochechas são essas, meu Deus”. É fato. Meu caçula Gabriel ganhou uns quilinhos desde que as aulas foram suspensas. Numa noite dessa semana, não queria vestir o pijama para dormir. Está incomodando de tão apertado – até o pijama! Não é para menos. O menino vive com um lanchinho na mão. Outro dia, desativou a câmera do computador e os colegas acharam que ele tinha abandonado a aula online pelo Google Meet, mas não… só não queria que a turma o visse atacando um saco de pipoca no meio dos estudos.

O que estou testemunhando na minha casa não é um caso isolado (infelizmente). Coordenadora da Pediatria no Hospital Leforte, em São Paulo, a médica Talita Rizzini diz que a queixa sobre ganho de peso das crianças nessa quarentena anda cada vez mais frequente entre os pais. E não faltam motivos para justificar esse repentino excesso de fofura dos pequenos: a redução da atividade física, a mudança na rotina com reflexo no sono e a ansiedade, só para citar alguns. Preocupada com o tema, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) elaborou o documento “Obesidade em crianças e adolescentes e Covid-19”, no qual destaca os impactos negativos que o ganho de peso exagerado durante o isolamento social pode provocar. É disso que trata a reportagem da editora Verônica Fraidenraich.

Também é dela a matéria sobre as estilosas festas de aniversário online que estão rolando nessa quarentena. Esqueça aquele bolinho com parabéns virtual transmitido em videoconferência com parentes e amigos. Dá para fazer bem mais do que isso – e deixar os pequenos tão felizes quanto se a celebração fosse presencial. A festa do Felipe, filho da arquiteta Bebel Soares, teve show ao vivo, apresentação de mágica e uns 160 convidados! Só não teve docinhos – o que, considerando o alerta da Sociedade Brasileira de Pediatria, talvez seja uma vantagem desse tipo de festejo digital em tempo de isolamento social.

Afinal, comes e bebes (embora deliciosos e tentadores) não são o mais importante para os pequenos. Os aniversariantes costumam passar longe das mesas de salgadinhos. O que eles curtem mesmo é se sentirem especiais e muito amados pelos pais, familiares e amigos. Não faltam pesquisas científicas para comprovar a relação do afeto, dos pequenos gestos de carinho, com o desenvolvimento infantil.  E é sobre um desses estudos que trata a matéria da repórter Heloísa Scognamiglio: o psiquiatra Bruce Perry comparou os cérebros de duas crianças: uma que teve infância negligenciada e outra que cresceu num lar amoroso. O registro dos dois cérebros lado a lado é o tipo de imagem que diz mais que mil palavras.

Impossível ler o trabalho do especialista americano e não ter vontade de caprichar no afeto que entregamos aos filhos. Então, aproveite essa parada obrigatória que a vida nos impôs. Ninguém sabe quando será a volta às aulas, mas há muito o que as crianças podem (e devem) aprender nesse momento, como explica o artigo da educadora Luciana E. Correa. Uma voz crítica ao que foi chamado de “loucura conteudista”, a especialista em aprendizagem digital propõe que você se preocupe menos com as videoaulas e mais em ensinar seu filho a “ser” – a entrar em contato com as emoções, as vontades, os sonhos. Topa o desafio?

E tem mais na edição de hoje.

Boa leitura!
 



 tecnologia 

 

Vai ter festa sim, senhor!

Meninas na sala de casa olhando para a TV enquanto participam de uma festa de aniversário virtual
 

O parabéns é virtual, mas em grande estilo. Com participação de mágicos e contadores de história, as celebrações online estão garantindo a alegria da garotada

 

Veja dicas para festas virtuais »
 

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 desenvolvimento 

 

O que o afeto faz no cérebro de uma criança

Imagem de tomografia comparando a atividade cerebral de crianças que recebem afeto com crianças que não recebem
 

O psiquiatra americano Bruce Perry comparou o cérebro de duas crianças, aos 3 anos de idade, para comprovar a relação entre os gestos de afeto e o desenvolvimento infantil


Confira a matéria »
 



 alimentação 

 

Socorro, meu filho não para de comer!

Menino sorrindo para a foto após comer bolo de chocolate
 

Ganho de peso das crianças durante a quarentena preocupa pais e especialistas, que alertam sobre os prejuízos à saúde que isso pode causar e a necessidade de mais vigilância na alimentação dos pequenos


Veja como ajudar as crianças »
  


 saúde 

 

A verdade sobre a síndrome infantil associada ao coronavírus

Foto de criança com máscara cirúrgica
 

Pesquisadores seguem nos estudos, mas ainda têm poucas respostas sobre a possível relação entre o coronavírus e a Síndrome Multiinflamatória Multisistêmica, diagnosticada em crianças na Europa e nos Estados Unidos


Acesse a reportagem »
  


 educação 

  

Preparando a volta às aulas (ufa!)

Crianças com máscaras e mochilas se cumprimentando com os cotovelos
 

Embora ainda não se saiba quando as aulas vão voltar, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) já divulgou orientações aos pediatras, pais e educadores para garantir uma rotina educacional com segurança para as crianças

Leia a notícia »
   



 coluna 

 

O que seus filhos precisam saber agora?

Mão de criança desenhando sua família em folha de papel
 

Nossa colunista, a educadora Luciana Correa fala do que chama de “loucura conteudista” que tomou conta do país (e do mundo) traduzida em videoaulas


Leia o artigo »
   

 

 números para refletir 

 


 

3 em cada 10
crianças brasileiras, com idades entre 5 e 9 anos, estão acima do peso ideal, um total de...


4,4 milhões
de brasileirinhos dessa faixa etária, dos quais...


16%
estão com sobrepeso e...


8%
com obesidade.

 

Fonte: Ministério da Saúde
 



 uma pergunta para... 

 

Retrato de Fernando Gomes

Fernando Gomes

Neurocirurgião e professor da Faculdade de Medicina da USP


Como lidar melhor com os filhos para evitar conflitos durante a quarentena?

"Vamos olhar como os índios lidam com as crianças na aldeia? Índio não apanha, não leva bronca, não leva grito. Os pais e as mães, principalmente, que ficam o dia inteiro na aldeia, têm paciência. Por quê? Porque elas têm a natureza a sua volta. Se a criança quer ir ali fazer alguma coisa e voltar, obviamente coisas que não sejam perigosas, você dá o tempo para a criança e ela volta. É natural a criança ficar estressada, ela não vai te obedecer 100% do tempo e isso é normal. Se você lidar de uma forma um pouco mais primitiva com os filhos, fica mais fácil. Já com os adolescentes, encare como um adulto jovem, que é o que ele deseja ser. Estabeleça rotina e algumas regras, mas dê privacidade, dê o direito da pessoa ficar chateada, emburrada, de não querer fazer alguma coisa. Isso faz parte."

*Entrevista ao especial “O Mundo Pós-Pandemia: Equilíbrio Emocional”, da CNN Brasil.
 


Por Ivana Moreira, com Verônica Fraidenraich e Heloísa Scognamiglio
 


Ivana Moreira

Jornalista com mais de 20 anos de experiência em grandes redações. É colunista de educação do jornal Metro e tem certificação como coach parental pela The Parent Coach Academy, de Londres. É uma mãe apaixonada por seus dois meninos, Pedro e Gabriel.


 

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