Curiosidade da semana
Existem limites para os níveis de radiação. Mesmo esses, quando medidos pela Anacom, encontram-se geralmente cerca de 50 vezes abaixo do limite permitido.
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A Anacom garantiu esta quinta-feira que não há evidências científicas de que a exposição às ondas do 5G seja prejudicial para a nossa saúde. Com a retoma do processo em Portugal, o regulador publicou um documento para tranquilizar os receios e explicar as dúvidas mais frequentes.
Foi uma medida positiva (e proativa) do regulador, mas o assunto é um no-brainer: como aponta a Anacom, o 5G não gera "novos" riscos, até porque as frequências que vão ser usadas na quinta geração já foram ou estão a ser atualmente usadas para outros serviços. Já viu alguém a olhar desconfiado para uma antena da TDT?
Há décadas que se fala do alegado risco para a saúde da radiação dos telemóveis. Mas, como se diz em ciência, "a dose faz o veneno". É o que a Anacom vem recordar esta quinta-feira, ao garantir que, à luz do conhecimento científico atual, não há evidências de que as ondas do 5G sejam prejudiciais para a saúde, pelo menos dentro do que é permitido pelas diretrizes em vigor.
Mas é improvável que o documento da Anacom, por si só, seja suficiente para acalmar totalmente os receios da franja mais cética da população. Em causa está um campo que, para além de propício a mitos, tem sido pejado de teorias da conspiração. E daquelas mais perigosas, que começam num canto obscuro do Facebook e terminam com prejuízos e atentados no mundo "real".
Felizmente, é também improvável que estas atitudes irresponsáveis venham a travar as ambições do 5G na Europa. Mesmo com a ideia enraizada de que os telemóveis são cancerígenos, mais de 96% dos portugueses anda com um no bolso. E isso é coisa que não vai mudar.
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