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#43 · 1/7/2020 · ver no navegador
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‘Controlar o tempo de uso das telas é inútil’, diz educadora

 

Ivana Moreira

   Por Ivana Moreira*

Trocando o canal da TV


Bom dia!

Talvez você nunca tenha ouvido ou lido sobre educação parental. Talvez o termo ainda não faça muito sentido para você. Mas, se costuma ler a Canguru News, vai aprender muito sobre isso. Na Europa e nos Estados Unidos, os programas de treinamento de pais são muito populares há cerca de duas décadas. Lá, muitos já entenderam que dá para ser uma mãe ou um pai melhor se não ficar limitado à própria experiência, na base da tentativa e do erro. Ou seguir o modelo como foi criado pelos próprios pais porque é o único que conhece. Dá para aprender (muito) com a experiência de outros pais, outras mães. Criar “filhos melhores para o mundo” (nosso slogan) fica muito mais fácil com a ajuda de educadores parentais.

Desde 2015, tenho acompanhado com entusiasmo – mais, com emoção – o crescimento dessa profissão no Brasil. Vi médicos, psicólogos e professores dando uma guinada na carreira para virarem educadores parentais. Todos com o mesmo propósito: o de desenvolver os pais para fortalecer os filhos. Sou suspeita para falar de educação parental – porque também virou o meu propósito. Ao longo desses anos, conheci profissionais admiráveis, que, com seus atendimentos, reconstruíram famílias. Um exemplo é Jacqueline Vilela, que estreia nesta semana como nosso colunista. Fundadora da Parenting Coaching Brasil, ela vem se dedicando à formação de educadores parentais nos quatro cantos do país.

Autora do livro “Meu Filho Cresceu E Agora?”, Jacqueline chega provocando. “Controlar o tempo de uso das telas é inútil”, diz ela. Enquanto a maior parte dos pais está angustiada tentando limitar o acesso das crianças às telas, Jacqueline propõe um caminho diferente em seu artigo inaugural. Ela não quer lutar contra as telas, quer ensinar pais a estimular o uso das telas de um jeito muito mais positivo pelos filhos. Vale a pena refletir sobre o que ela propõe. Até porque, segundo pesquisa realizada pela Unifesp, o uso só cresceu durante a quarentena: 55% dos pequenos não estão deixando as telas de lado nem para fazer as refeições, conforme mostra matéria da editora Verônica Fraidenraich.

Mesmo sem se apresentar como educadora parental, a psicóloga Rosely Sayão é provavelmente uma das mais famosas profissionais deste ofício no país. O “Seus Filhos”, programa que mantém há anos na rádio BandNews FM, é um dos grandes sucessos da emissora. E é dela a reflexão proposta em outra matéria da edição de hoje. Segundo Rosely, a pandemia criou uma oportunidade real (e até aqui inédita) para que famílias e escolas trabalhem de fato em parceria. Segundo ela, é o único caminho para a volta às aulas segura – e eficiente.

E se a pandemia está provocando mudanças de comportamento com reflexos tão profundos na educação, efeito parecido podemos ver na saúde. Como relata a repórter Heloísa Scognamiglio, estudos já mostram uma relação entre novos comportamentos provocados pela Covid-19 e a redução da incidência de crises respiratórias nas crianças. Também é dela outra matéria curiosa sobre a saúde dos pequenos: se estão confinados em casa, sem contato com pessoas de fora, por que as crianças continuam contraindo doenças contagiosas? Os especialistas explicam.
 
Boa leitura! 

 

 

 educação 

 

‘Parceria escola-família é fundamental na volta às aulas’, alerta Rosely Sayão

Parceria escola-família
 

Esse é o momento de pôr em prática de fato a parceria entre escola e família – que até o início da pandemia, pouco existia. Quem diz isso é a psicóloga Rosely Sayão, uma das principais referências do país quando o tema é educação dos filhos. Segundo ela, representantes de pais, alunos, professores, funcionários e da direção da escola precisam discutir juntos sobre como garantir que o retorno às aulas seja seguro e eficiente.


Leia a matéria »
 



 tecnologia 

 

55% das crianças estão fazendo refeições em frente à TV nesta quarentena

Refeições em frente à TV
 

O excesso de tempo nas telas pode prejudicar a capacidade motora, o sono e a habilidade para praticar atividade física das crianças. E o que já era uma preocupação antes da pandemia tornou-se um desafio ainda maior com as medidas de isolamento social. Estudo da Unifesp revelou que, durante quarentena, mais da metade dos pequenos estão fazendo as refeições em frente à TV.
 

Entenda a pesquisa »  
 


 artigo 

 

‘Controlar o tempo de uso das telas é inútil’, diz Jacqueline Vilela

Irmão assistindo programa no tablet
 

Seu filho não sai das telas? Relaxe. Agora não é hora de se preocupar com isso. "Em vez de focar no tempo gasto online, concentre-se no objetivo da conexão", sugere Jacqueline Vilela. Fundadora da Parent Coaching Brasil, instituição que forma educadores parentais, Jacqueline estreia como colunista da Canguru News. Em seu primeiro artigo, ela dá dicas para usar a web de forma positiva.
 

Veja as dicas »
 


 saúde 

 

Por que, mesmo confinadas, as crianças continuando contraindo doenças contagiosas 

Mãe medindo a febre de seu filho no sofá
 

Muitos pais esperavam que, por estarem confinadas em casa, as crianças estivessem livres de contrair doenças contagiosas, transmitidas pelo contato com outras pessoas. Mas os pequenos continuam ficando doentes, ainda que com menor frequência. Especialistas explicam as possíveis razões para isso ocorrer. 


Confira a reportagem »
   

 

 saúde 

 

Mudanças comportamentais da pandemia podem reduzir crises de asma 

Menina usando bombinha de asma
 

Já no caso das doenças de origem respiratória, elas parecem ter diminuído no confinamento. Dados mostram que o atendimento de emergência de crianças com asma caiu durante a quarentena. As causas são incertas, mas podem estar relacionadas às mudanças de comportamento trazidas pela pandemia, segundo artigo da revista científica The Lancet. 
 

   

 

 entretenimento 

 

4 brincadeiras para estimular o aprendizado em casa

Brincadeiras em casa
 

Que tal aproveitar os materiais escolares das crianças e objetos da própria casa – como uma escova de dente e uma chave de fenda – para criar novas brincadeiras? Selecionamos quatro sugestões que estimulam a imaginação, trabalham a coordenação motora e favorecem o aprendizado. 
 

 

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 uma pergunta para... 

 

Retrato de Bianca Solléro

Bianca Sollero

Psicóloga, arteterapeuta e autora do livro “Pare de Perguntar O Que Seu Filho Vai Ser”. 


O que fazer para que o clima familiar fique mais leve neste momento de pandemia?

“A gente pode gastar esse tempo de quarentena para nos abraçar mais, sentir o cheirinho um do outro e se demorar nesse abraço e no cafuné. Estou falando de adultos e crianças que estão no mesmo teto, confinados na mesma casa. Que a gente possa usar esse nosso tempo para se nutrir de carinho e afeto. Pode ser um exercício de micromeditação, porque quando a gente dá um abraço apertado na criança e sente aquele cheirinho de uma forma um pouco mais demorada, a gente deixa a nossa cabeça viajar, criar imagens positivas, e se tranquiliza. E mais: se assegura de que a nossa única certeza é aquilo que está no aqui e agora, no nosso momento presente. Então, que possamos curtir isso.”

*Depoimento ao  informativo da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.   
 

Obrigada por nos ler!
 


*Com Verônica Fraidenraich e Heloísa Scognamiglio.
GIF animado de Jared D. Weiss

 


Ivana Moreira

Jornalista com mais de 20 anos de experiência em grandes redações. É colunista de educação do jornal Metro e tem certificação como coach parental pela The Parent Coach Academy, de Londres. É uma mãe apaixonada por seus dois meninos, Pedro e Gabriel.


 

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