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#46 · 11/7/2020 · ver no navegador
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73% dos pais acreditam que castigos são necessários, diz pesquisa

Ivana Moreira

 Por Ivana Moreira*

  GIF animado de Thoka Maer


Bom dia!

Ainda lembro dos detalhes do chinelo azul de couro da minha mãe que, vira e mexe, atingia minhas coxas roliças de menina. Sim, eu apanhei na infância. Não, eu nunca bati nos meus filhos. Os tempos são outros – felizmente. Minha mãe aplicou os recursos que conhecia na época, cheia de boas intenções para me educar. Mas, em pleno século 21, com tanta informação disponível sobre criar filhos com respeito, construindo vínculos, é difícil acreditar que tantos pais ainda sejam a favor de palmadas, castigos e gritos como forma de educar crianças. 

É o que revela a repórter Heloísa Scognamiglio, em matéria com base no estudo “Primeira Infância para Adultos Saudáveis”: 73% dos pais acreditam no castigo, 49%, nas palmadas e 25%, nos gritos. Se você faz parte dessa estatística (ou conhece alguém que faz), a reportagem é uma oportunidade para refletir sobre o tema e entender melhor o que especialistas dizem sobre essas estratégias. 

A propósito: a mãe que meu deu chineladas na infância (e que levou muitas da mãe dela) nunca achou que eu devia dar palmadas, castigar ou gritar com seus netos. O que acontecia corriqueiramente no século 20, quando eu vim ao mundo, tinha um nome: desinformação. E é exatamente isso que nós, da Canguru News, queremos combater. Por isso, às quartas e aos sábados, visitamos sua caixa de entrada. 

Outra informação que queremos compartilhar hoje diz respeito às recomendações específicas para a volta às aulas dos pequeninos, os alunos da educação infantil. Uma das mais respeitadas instituições de defesa da primeira infância no Brasil, a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal aponta o que as famílias devem cobrar das escolas na retomada das aulas presenciais.

Ainda falando sobre volta às aulas, nosso colunista Demétrio Weber, jornalista especializado em educação, fala sobre a “perpetuação” do ensino remoto. As classes vão deixar de ser exclusivamente online com a flexibilização da quarentena. Mas, dificilmente, o estudo online vai sair da rotina do seu filho. E já que, após essa experiência de isolamento social, ele será uma criança muito mais conectada à internet, é bom que você aprenda mais sobre filtros de segurança na web. Outro destaque na edição de hoje é a matéria para ensinar pais e cuidadores a configurar ferramentas de privacidade em redes cada vez mais populares entre a meninada, como a Tik Tok. 
 
Boa leitura! 

 

 

 artigo  

Por que as aulas online não vão sair da rotina do seu filho

Mãe acompanha o filho em aula online
 

À medida que as redes de ensino começam a se preparar para a retomada das aulas presenciais, claro está que o ensino remoto seguirá fazendo parte da rotina de professores e estudantes. É o que diz nosso colunista especializado em educação, Demétrio Weber.

Leia mais »
 



 comportamento 

5 passos para fortalecer a autoconfiança de mães e pais

Mulher com a mão no queixo olhando desconfiada para direita
 

Você acorda na madrugada remoendo o que falou para o filho, mãe ou parceiro (a)? Sente culpa pelo que disse ou fez? Isso pode ser falta de autoconfiança. A psicóloga Andrea Romão propõe um exercício com cinco passos para mudar esse comportamento. 

Confira as dicas »  
 


 educação 

Recomendações para a volta às aulas na educação infantil

Sala de aula
 

A Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, que é referência na defesa da primeira infância no Brasil, lança documento com orientações aos municípios para a volta às aulas na educação infantil. Entre elas, priorizar crianças de 4 e 5 anos (pré-escola) no limite de até 8 alunos para cada educador. 

Veja as orientações »
 


 disciplina 

Pais ainda são a favor de castigos, palmadas e gritos, diz pesquisa

Mãe dando bronca na filha
 

Em pleno século 20, há quem acredite que é necessário colocar crianças de castigo, gritar ou dar palmadas para melhor educá-las. Segundo o estudo "Primeira Infância para Adultos Saudáveis" (Pipas), 73% dos pais acreditam que os castigos são necessários, 49%, as palmadas, e 25%, os gritos.

Entenda a pesquisa »
   

 

 políticas públicas 

Cidades que atendem aos sonhos e desejos das crianças  

Criança brincando de amarelinha em chão de concreto
 

14 cidades do Brasil assumiram nesta semana o compromisso de colocar a primeira infância como centro de criação de políticas públicas. Trata-se de uma rede rara de cidades que quer ser referência para o mundo ao atender à maior riqueza da sociedade: crianças em fase de formação.

   

 

 tecnologia 

Como filtrar a navegação em redes que seu filho adora 

Crianças olhando para seus smartphones
 

Se o seu filho anda gostando muito das redes sociais, é bom conhecer ferramentas que filtram a navegação. Elas podem restringir comentários e mensagens diretas, por exemplo. Veja dicas de como configurar a privacidade e segurança em aplicativos como Tik Tok e Instagram.  

   

 

 entretenimento 

Zeca Baleiro canta para fazer pequenos deixarem a 'birra pra lá'

Zeca Baleiro
 

“Vamos todos começar? Então deixa essa birra pra lá!” É assim que se inicia a marchinha que o maranhense Zeca Baleiro canta no canal "Blockos", do Youtube – uma série de músicas animadas que tratam de temas importantes para o desenvolvimento sócio-emocional nos primeiros anos de vida dos pequenos. 

    
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 uma pergunta para... 

 

Retrato de Luiz Hanns

Luiz Hanns

Psicólogo e terapeuta de casais, autor dos livros "A Equação do Casamento" e "A Arte de Dar Limites"


Como pais e mães podem lidar com os conflitos de casal que ficaram mais frequentes na quarentena?

“Quando você convive entre quatro paredes, a tendência é que coisas que já incomodavam, agora incomodem mais. Como quando o parceiro é barulhento, ronca, fala muito ou fica o tempo todo no celular. Se isso ocorre, é importante ter uma conversa antes ou após o conflito ter passado, num momento calmo. Você pode dizer: ‘Olha, nós sabemos que teremos um período longo e inevitavelmente surgirão mal-entendidos, então, vamos fazer uma etiqueta, um acordo para preservar isso’. Uma opção é tentar engolir o máximo de sapos possíveis e não se importar com coisas que agora não são essenciais. Mas se a irritação é grande e não dá mais para engolir sapo, você pode dizer 'olha, eu sei que não é sua culpa, estou ficando muito irritada e vou falar coisas que posso me arrepender, acho que vou precisar me acalmar durante 5, 10 minutos, vou picar papel, fazer mindfulness, ouvir uma música relaxante e depois volto'. Quando voltar não precisa ter 'DR' nem discutir. Não importa o que aconteceu. O importante é se acalmar, voltar e estar em condições de seguir, sem ter que virar a noite na cama, um de costas para o outro, ou passar o dia emburrado. Isso não dá certo, não é hora nem época de manter esse tipo de padrão.”

*Depoimento ao canal Casa do Saber, no YouTube.  
 

Obrigada por nos ler!
 


*Com Verônica Fraidenraich e Heloísa Scognamiglio.
 


Ivana Moreira

Jornalista com mais de 20 anos de experiência em grandes redações. É colunista de educação do jornal Metro e tem certificação como coach parental pela The Parent Coaching Academy, de Londres. É uma mãe apaixonada por seus dois meninos, Pedro e Gabriel.


 

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