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Geografia e espacialidade carcerária é tema de mesa-redonda hoje, na Unicamp. Compareça!


Convidamos todos para a mesa-redonda Geografia e Espacialidade Carcerária, na segunda-feira, dia 02/09, no Instituto de Geociências da Unicamp, sala IG216, a partir das 19 horas.

INCREVA-SE AQUI (INSCRIÇÃO GRATUITA)

Vamos receber o geógrafo André de Morais, doutorando da Universidade Estadual de Ponta Grossa, que debaterá as políticas sobre drogas no Brasil (Lei 11.343/2006), terceiro país no mundo com a maior população carcerária absoluta, atrás dos Estados Unidos e da China.

Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, atualizado em 2017, aponta que “somados, pessoas presas de cor/etnia pretas e pardas totalizam 63,6% da população carcerária nacional” e que “em relação à faixa etária das pessoas privadas de liberdade no Brasil, é possível inferir que a maior parte é composta por jovens. Entre estes, 29,9% possuem entre 18 a 24 anos, seguido de 24,1% entre 25 a 29 anos e 19,4% entre 35 a 45 anos. Somados o total de presos até 29 anos de idade totalizam 54% da população carcerária”. Além disso, “no que concerne ao grau de escolaridade das pessoas privadas de liberdade no Brasil, é possível afirmar que 51,3% destas possuem o Ensino Fundamental Incompleto, seguido de 14,9% com Ensino Médio 35 Incompleto e 13,1% com Ensino Fundamental Completo. O percentual de presos que possuem Ensino Superior Completo é de 0,5%”.

Para André, “marcadores como raça, faixa etária, gênero, grau de instrução escolar, dentre outros quais nos traz o relatório do INFOPEN servem como pontos de partida para compreendermos a vivência dos sujeitos segundo suas identidades e, por sua vez, a constituição da espacialidade carcerária brasileira”.

O relatório pontua, em suas conclusões, que “é possível observar que a maior parte dos custodiados é composta por: jovens, pretos, pardos e com baixa escolaridade. O crime de roubo e de tráfico de drogas foram os responsáveis pela maior parte das prisões”. Além disso, em todas as unidades da federação, o número total de pessoas privadas de liberdade excede a quantidade de vagas existentes no sistema prisional.

“Até que ponto a política sobre drogas corrobora (ou não) para a superlotação dos presídios e para a realidade carcerária no tocante à constituição da população carcerária enquanto negra, jovem, masculina, com baixo grau de instrução escolar e pobre?”, questiona André. Este será o ponto de partida de sua apresentação.


Também participando da mesa, os geógrafos Hugo Guilherme Cantanhêde de Abreu e Lucinei da Silva Cordeiro (Unicamp) discutirão o processo de privatização dos sistemas carcerários estadunidense e brasileiro. “Vamos discutir o encarceramento em massa da população jovem e negra e abordar propostas e medidas que intencionam o enrijecimento da legislação penal”, diz Hugo. “Também procuraremos estabelecer relações entre a empresa CCA/CoreCivic e o Poder Legislativo nos EUA, por meio da organização ALEC, bem como da empresa Umannizzare e o Poder Legislativo brasileiro, compreendendo as estruturas de funcionamento organizacionais destas e de outras empresas envolvidas”, aponta Lucinei.

INTEGRANTES DA MESA

André de Morais – Pesquisador membro do Grupo de Estudos Territoriais (GETE/UEPG) e da Rede de Estudos de Geografia, Gênero e Sexualidade Ibero Latino-Americana (REGGSILA). Bacharel e Mestre em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa – PR, atualmente Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Geografia da mesma instituição

Hugo Guilherme Cantanhede de Abreu – Professor de Geografia, militante em Cursinhos Populares em Campinas, bolsista CNPq no Grupo de Monitoramento Territorial Estratégico (GMTE – Embrapa) e membro do Grupo de Estudos Africanos em Geografia (IG – Unicamp)

Lucinei da Silva Cordeiro – Professor de Geografia e cicloativista, militante em Cursinhos Populares em Campinas membro do Projeto Maloca Arte e Cultura







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