Quem decide o que se come –
a perda da soberania alimentar do Brasil
A soberania alimentar do Brasil está ameaçada, e isso já faz tempo não é de hoje, que a produção de alimentos depende de poucas empresas e de governos de outros países. Desde a época da colonização portuguesa são os países europeus, e cada vez mais os estados unidos, que definem o que se planta e como no território nacional.
A industrialização da agricultura no meio do século passado foi o resultado de uma aliança entre as corporações americanas e a elite agroindustrial brasileira, que se identificou com a ideologia capitalista e o modelo de vida europeu-americano (CANUTO, 1998). A chamada "revolução verde" teve o apoio de corporações norte-americanas e alemãs, lideradas pela Fundação Rockefeller, que abriu caminho para a instalação de empresas multinacionais como a Monsanto, que chegou a São Paulo em 1963; a Bayer chegou dez anos depois.
A concentração aumentou significativamente em 2012, quando empresas estrangeiras adquiriram 167 empresas de capital nacional na maior liquidação de empresas privadas brasileiras da história do país. Hoje a produção e a comercialização estão nas mãos de apenas dez grandes corporações transnacionais. Esse grupo atingiu 59,9% do valor bruto da produção agrícola na safra 2009/2010, determinando o que é plantado e o que é consumido em terras brasileiras.
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Dia da sobrecarga da Terra – cada ano mais cedo
No 29 de Julho foi o dia mundial da sobrecarga da Terra. A partir desse dia estamos consumindo mais do que a Terra oferece e estamos gastando a água, solos e recursos naturais em geral das futuras gerações.
A Global Footprint Network calcula anualmente o dia da sobrecarga da Terra. No ano passado, caiu a 1 de Agosto. Isto significa que a humanidade de 1. e janeiro a 29 de julho terá consumido tanto da natureza quanto os ecossistemas da Terra terão consumido no planeta.
Em termos puramente aritméticos, a população mundial reivindica agora 1,75 Terras. Uma aliança que as organizações da sociedade civil estão chamando os governos para mudar decisivamente o curso pelas graves consequências da sobre exploração e da crise climática, que já são sentidas em todo o mundo.
"Não podemos perder mais tempo e temos de começar a ser consistentes. A nossa economia e modo de vida e a consequente destruição do ambiente à custa das gerações futuras", diz Jan Göldner, do Conselho Executivo Federal da NAJU.
Myriam Rapior, da Comissão Executiva Federal do BUNDjugend, acrescenta: "Minha geração não quer ver o roubo do nosso sustento por mais tempo. A política deve agora tomar decisões para acabar com a destruição sistemática do nosso planeta! Caso contrário viveremos numa terra quebrada e cheia de conflitos sociais em 2050."
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Novo relatório do conselho mundial do clima alerta sobre agricultura e o aquecimento climático
Os especialistas do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) alertam sobre a necessidade de mudanças nos hábitos alimentares e a transição para uma agricultura mais sustentável.
Os cientistas do IPCC acreditam, que as consequências do aquecimento da terra e do mar podem comprometer o abastecimento global de alimentos. Por isso o IPCC alertou a comunidade internacional a mudar radicalmente os hábitos alimentares e o uso da terra. Em um relatório especial, publicado dia 8 de agosto, pediram uma ação imediata para fornecer alimentos sustentáveis à crescente população mundial e, ao mesmo tempo, proteger o clima.
Para eles é evidente, que o aumento da população mundial e a alteração dos padrões de consumo levaram a um consumo sem precedentes de terra e água. Sem dúvida, a segurança alimentar, a saúde e a biodiversidade estão em jogo. Especialmente por causa de um modelo de agricultura, que ocupa a terra com plantações para alimentar animais, o que aumentou também o consumo de água.
São 150 bilhões de animais sacrificados a cada ano, isso são 4756 animais por segundo. A criação de animais pela indústria levou a um aumento assustador do consumo de carne. A carne é barata, mas custa cara a sociedade e coloca a civilização humana em perigo.
Os especialistas do IPCC divulgam junto a outros cientistas, o fato, que uma mudança da alimentação para uma dieta mais vegetal e a volta da criação de animais de forma sustentável resolveria muitos dos problemas ambientais e sociais, que estamos enfrentando. Vários milhões de quilômetros quadrados de terra poderiam ser renaturalizados até 2050, diz o relatório. Isto poderia reduzir as emissões anuais de dióxido de carbono em 0,7 a 8 gigatoneladas.
A urgência da questão foi destacada no início da semana, principalmente pelo anúncio do Serviço de Mudanças Climáticas Copérnico de que julho de 2019 foi o mês mais quente em termos globais desde que os registros começaram em 1880. O Copernicus é um programa da União Europeia com a sua própria frota de satélites que fornece uma vasta gama de dados de observação da Terra.
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No seu primeiro relatório especial do ano passado, o IPCC já tinha apelado a mudanças rápidas: o aquecimento global deve ser limitado a 1,5 graus Celsius, e não apenas a dois graus, como estabelece o Acordo Mundial sobre o Clima de Paris.
Se calcula, que a agricultura e a silvicultura contribuem com cerca de 23% na emissão dos gases de efeito estufa, e por isso existe um enorme potencial nesse setor para alcançar os objetivos. Em geral, o relatório deixa claro que os recursos da terra são limitados, e que está na hora de reagir agora, antes que seja tarde. Está claro, que não podemos continuar como antes.
Fontes: https://www.faz.net/aktuell/politik/inland/ipcc-fordert-essen-und-landwirtschaft-umzustellen-16323639.html
https://www.ipcc.ch/report/srccl/
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15 anos Agricultura Familiar, Agroecologia e Mercado
A publicação da Fundacao Konrad Adenauer e do Serviço Alemão de Cooperação Técnica e Social - DED, foi lançada em Setembro 2004 na ocasião da feira internacional BioFach America Latina no Rio de Janeiro.
A coletânea traz artigos de especialistas de comercialização, financiamentos e créditos para a agricultura familiar e a certificação de produtos orgânicos. Ainda hoje atual, mostra os desafios para melhorar o acesso da agricultura familiar aos mercados diferenciados para produtos agroecológicos/orgânicos e naturais. Está disponível para download aqui.
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Atenção:
A sua contribuição é importante. Envie artigos, fotos ou vídeos dos seus projetos e experiências para serem publicados na plataforma www.agroecoculturas.org.
Observe as línhas temáticas e os princípios e a legislação de proteção de dados e propriedades intelectuais.
Envie para contato@agroecoculturas.org
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10 anos IAASTD – relatório mundial da agricultura
André Luiz Rodrigues Gonçalves foi um dos autores globais da Avaliação Internacional da Ciência Agrícola e Tecnologia para o Desenvolvimento (The International Assessment of Agricultural Science and Technology for Development - IAASTD). O relatório foi publicado há 10 anos, em 2009 e fizemos uma avaliação dos resultados até agora.
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XI Congresso Brasileiro de Agroecologia
mos expandidos e relatos de experiências populares relacionadas aos 16 eixos temáticos do congresso, a ser realizado entre os dias 4 e 7 de novembro de 2019, na Universidade Federal de Sergipe (UFS). O parecer será enviado até dia 31 de agosto, avisando se foi aprovado ou não.A Comissão Técnico-Científica do XI Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) recebeu 2.800 trabalhos, entre resu
Inscrições para participar do XI CBA podem ser realizadas aqui
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É só acessar http://bit.ly/2VWbhY7 e adicionar seus dados! :)
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Ceará Organic Food Festival - Ceará orgânico
do 25 a 28 de setembro de 2019 será realizado o festival internacional, que pretende contribuir para construção de um mundo mais saudável e sustentável, potencializando a utilização de alimentos orgânicos e toda a sua cadeia de produção e comercialização.
Palestras, mesas-redondas, workshops e um festival de gastronomia fazem parte da programação, para discutir questões relacionadas à cadeia produtiva dos alimentos orgânicos.
Inscrição e informaçoes: http://www.cearaorganicfoodfestival.com/index.html
Trabalhos pode ser inscritos ainda até 31 de agosto 2019.
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