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Boletim do blog Algumas Observações.

Processos

Parei para escrever o tradicional post de retrospectiva que vai ao ar no meu blog todo santo 31 de dezembro. Peguei o meu planner, abri o Instagram e rolei as minhas publicações até janeiro passado. Comecei a escrever. E escrevi. E escrevi. Parei no meio. Almocei. Tirei uma soneca. Tomei um banho. Jantei. Coloquei um show do U2 para tocar e voltei a escrever. E escrevi. Escrevi muito. O show acabou. Coloquei outro e continuei escrevendo.
 
O papel e a caneta funcionam como uma rota para dentro de mim. Eles conectam cérebro e coração, coração e universo, universo e subconsciente. Do micro ao macro. Do macro ao micro, meus instrumentos de trabalho são os responsáveis por desfazerem muitos dos nós internos dando sentido a algo que, muitas vezes, aparenta sem explicação.

Aparenta, apenas. Porque a escrita faz o trabalho de arqueologia, escavando mais a fundo. 2019 foi um ano complexo, cheio de altos e baixos, de encontros e despedidas. A recorrência da exaustão me fez parecer um rádio quebrado na terapia. Quantos encontros falando do meu cansaço? Quantos dias vividos no piloto automático da sobrevivência? Por que a exaustão não permitia mais que isso?
 
O processo de rever o ano todo me fez perceber a minha vida numa linha do tempo que exigiu muito de mim. Se em 2017 eu destaquei 17 fatos importantes e em 2018, 30 deles; em 2019 foram 44 momentos marcantes — sendo que eu ainda deixei uns 2 ou 3 de fora, porque o texto já estava imenso. 2019, um rio caudaloso, que atravessei sem saber nadar.

O mais irônico desta história toda é que, mesmo sem saber respirar embaixo da água, sobrevivi. Eu venci 2019. É claro, que tive ajuda, no processo — mas do que serve a ajuda se a gente não quiser se ajudar, não é mesmo? 2019 foi o ano em que eu consegui me perdoar e me entender comigo mesma. Em tempos caóticos, isso é uma vitória que quero levar para 2020.
Fim de década (ou não), a véspera do Ano-Novo é sempre boa para agradecer e para dar uma recarregada na bateria da esperança. Sendo assim, deixo o meu aconchego a todos que estiveram comigo, que me apoiaram ao longo do caminho (literário, profissional, de vida). A torcida e o amor de cada um são fundamentais. Peço desculpas por qualquer coisa (nem sempre consigo corresponder às expectativas, acontece!) e desejo que todo mundo consiga respirar melhor em 2020. Que essa oxigenada (literal e metaforicamente) traga sabedoria a todos nós.
 
Pés no chão, objetivo em mente, muita criatividade e amor!
Que o próximo ciclo seja incrível!
 
Beijos, queijos e feliz 2020,
Fernanda Rodrigues
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