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Notas semanais sobre vida académica, inovação nos media e indústrias criativas, inspiradas nas "listas de coisas" que Sei Shonagon partilhou no The Pillow Book (Séc. XI).
Things that are distant thought near
The last day of the Twelfth Month and the first of the First.
Relations between brothers, sisters, and other members of a family who do not love each other.
 
(Sei Shonagon’s Lists, The Pillow Book)

COISAS DA ACADEMIA

#1 Na semana passada, enquanto preparava a primeira conversa com os alunos do seminário de Questões Contemporâneas do Jornalismo, do mestrado em Jornalismo, pensei em várias formas de os convencer sobre a importância do jornalismo na sociedade, mas acabei por regressar àquela em que realmente acredito. Um jornalista não vende nada, como um talhante vende carne ou um peixeiro vende peixe. Nós não precisamos de carne para viver, mas necessitamos do serviço do jornalismo, tal como precisamos do serviço do médico ou de um professor. Para quê? Para tomarmos as melhores decisões sobre as nossas vidas, os nossos governos e as nossas sociedades (citando Kovach e Rosenstiel). Para sermos livres. No final da aula, nesta quarta-feira, pensei que afinal não tinha de convencer os alunos, mas sim os próprios jornalistas de que o seu serviço é essencial e que, por isso, também têm de tomar - todos os dias - as melhores decisões sobre as suas escolhas editoriais. Já estive numa redação e não é nada fácil decidir a cada minuto, mas acredito que, para isso, a investigação que se faz na academia sobre os desafios do jornalismo hoje também poderá ajudar. Portanto, que tal começarmos a pensar juntos nisto?

#2 A vida académica é repleta de mitos e o maior de todos será talvez o de que os professores universitários só trabalham quando há aulas. Até os meus pais - que dizem sempre que deveria trabalhar menos – soltam um “agora podes descansar” quando um semestre termina. Só que não. Para a semana, volto a esta conversa.

COISAS DOS MEDIA

#1 O mapeamento e a visualização interativa de dados sobre pandemias tem este poder de nos dar conta de uma situação sem precisar de grandes argumentos. Para acompanharem a evolução do COVAD-19, sigam o mapa interativo criado pela Johns Hopkins University (EUA). Se quiserem rastrear as 144 epidemias ativas em todo o mundo, consultem o Epidemic Tracker

# 2 O áudio binaural não é nada mais nada menos do que um áudio tridimensional, que recria a forma como ouvimos (quer do ouvido esquerdo quer do direito). Há alguns exemplos interessantes para ouvir no Youtube (com auscultadores para o efeito), como este, mas também podem ler o ebook "Rádio Aumentada - Uma proposta de reportagem com som binaural e realidade aumentada", da Ana Sofia Paiva. 

# 3 A cobertura jornalística dos Óscares 2020 ficou aquém das expetativas, mas surpreendi-me com a estratégia da SAPO Mag (principalmente na forma visual como apresenta os vencedores).

#4 Por falar em Óscares, o episódio 389 do podcast The Stack (da Monocle) aborda a evolução da cobertura jornalística dos Óscares nos suplementos impressos.Muito bom.

COISAS DE CIDADES

#1 O Museu de Arte Moderna (Odunpazarı Modern Museum), na cidade de Eskisehir, na Turquia. O projeto foi desenvolvido em total sintonia com a cidade e o seu espaço público. 

#2 A secção Cities do The Guardian terminou, mas o editor Chris Michael explica o que aprenderam nos últimos seis anos sobre as histórias das cidades neste vídeo e neste texto

#3 O Museu da Marioneta, em Lisboa, apresenta até Abril uma exposição dedicada às marionetas de animação de Tim Burton. Delicioso. 

COISAS DE CRIADORES: NUNO NOIVO

Foi produtor executivo da série "Os Filhos do Rock", exibida na RTP1 (2014), dos reinventados Leão da Estrela (2015) e A Canção de Lisboa (2016), mas o desafio começou quando saiu da Stopline Films para criar a sua produtora - Grumpy Panda - juntamente com o amigo e realizador Salomão Figueiredo. 

"Foi repentino, no verão de 2017", afirma Nuno Noivo. "As pessoas que eu queria como sócias para termos as áreas de publicidade e ficção estavam interessadas em criar um projecto. Era inevitável avançarmos naquele momento." É precisamente a combinação de qualidades criativas, técnicas e artísticas da publicidade e da ficção que diferencia a Grumpy Panda no mercado, explica.

O processo criativo é reforçado porque desde o início, afirma, se apostou em "encarar a Realização e a Produção como um só departamento", até porque um produtor executivo tem de ser obrigatoriamente criativo: "normalmente o budget não acompanha o processo de criação, por isso a criatividade nunca se limita apenas aos autores e à restante equipa artística de um filme".

 

Até para a semana,
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