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Tensão
Superficial
Uma compilação de sinais aleatórios que permeiam
os interstícios da informação digital.
T.04   Edição 09
2 fevereiro 2020
Manipulação Emocional

Hoje foi o domingo do Super Bowl, e isso é completamente indiferente para 99,7% de nós. No entanto, este evento irrelevante para a malta desta margem do Atlântico, incorpora naturalmente um fenómeno comercial que se repete anualmente: o intervalo do jogo. 

São alguns dos segundos mais dispendiosos de tempo publicitário e só as marcas mais sonantes e abastadas têm a possibilidade de comunicar neste horário nobre.

Vou-vos deixar com dois filmes que se destacam dos restantes, ambos de gigantes tecnológicos que navegam temáticas análogas mas com abordagens diametralmente opostas. Este primeiro filme tenta mitigar questões recentes por intermédio do humor e da Ellen...

...este segundo filme executa um golpe baixo de manipulação emocional por intermédio de uma abordagem visual e moral totalmente minimalista. Apreciem, é o futuro.

Como complemento, sugiro que observem as semelhanças de abordagem emocional nostálgica entre este segundo filme e o pitch de Don Draper nesta cena clássica de Mad Men.
 

Viva pessoal! Espero que tenham aproveitado por mim este dia fantástico de sol, porque eu estive em casa a pensar em vocês e a tratar desta vossa modesta newsletter. Sem ressentimentos nem invejas, vocês merecem o melhor.

A propósito de “melhor”, no passado dia 25 o Adam Driver foi anfitrião do Saturday Night Live pela 3ª vez e, a provar que este puto é um ator à séria e que não é por acaso que está farto de ganhar prémios — para além de ser giro para caraças — fez um dos melhores monólogos de abertura dos últimos tempos e participou neste excelente video musical, bem ao estilo de Lonely Island.

Chaves do sucesso?

Nos idos de 2008 iniciei o consumo de um comic book editado mensalmente pela IDW Publishing que misturava terror e fantasia com personagens cativantes. À primeira vista, o principal trunfo deste título era o nome sonante do seu argumentistas, Joe Hill — filho de "vocês sabe quem" — mas o traço de Gabriel Rodríguez depressa se tornou a estrela da série. Ao logo de 5 anos sofri mensalmente com as desventuras dos vários membros da família de protagonistas e hoje, à distância de 12 anos, posso afirmar com convicção que Locke & Key foi uma das melhores séries de banda desenhada da década passada.

Os meus 5 paperbacks desta série já foram emprestados a um vasto número de amigos/as e, apesar de nem todas estas pessoas terem experiência com o formato comic book nem serem particularmente atreitas a histórias de terror, toda a malta ficou unanimemente rendida ao percurso conturbado desta família. Para alguns foi mesmo a porta de entrada para o universo dos comics.

É por tudo isto que temo pela sua adaptação ao pequeno ecrã. Das duas uma, o resultado pode ser excepcional ou pode calhar cocó.

Desaconselhamento jurídico

Está para breve o regresso da nova época do herdeiro direto de Breaking Bad. Jimmy McGill, o pior melhor advogado preferido da malta regressa já no final deste mês.

Até à vista Mr. Jones


Parece que estamos naquela altura do ano em que todas as semanas morre alguém famoso que de alguma forma foi importante para nós. Esta semana não quero deixar de prestar homenagem a Terry Jones, o mais físico Pythons, o realizador d'A Vida de Brian, o Sr. Creosonte, Mandy Cohen ou simplesmente o Bispo... Fica em paz Terry.

Na TV Cá de Casa

› Fosse Verdon, temporada 1 — uma série de luxo da FX com um dos meus atores favoritos, Sam Rockwell, sobre o autor do meu filme musical preferido, All That Jazz e a mulher que contra todas as adversidades o mantinha suportável e funcional;
› Avenue 5, temporada 1— uma comédia espacial, da HBO que é a filha ilegítima do romance tórrido de Barco do Amor com o Star Trek (a série original, não os filmes). Com o Dr. House ao leme de um cruzeiro em apuros.
› The Good Place, temporada 4 — um último episódio desta série completamente devastador deixou-nos emocionalmente esgotados. Até sempre pessoal foram 4 temporadas excelentes.

Na sala de cinema

1917, Sam Mendes — Um filme excelente, pleno de virtuosismo visual e técnico, mas que perde o brilho quando visto à luz de The Revenant — que tirou partido de técnicas cinematográficas semelhantes — e da obra prima dos filmes de guerra do ano passado — Dunkirk.

Pronto, já passou… o sol. Já se pôs.
Pareceu mesmo ter sido um dia espetacular, espero mesmo que tenham aproveitado. Eu não me importava nada de ter saído… 

Mas o prémio para o filme publicitário mais manipulador dos últimos meses vai para este filme de Natal da marca da maçã.

Conto convosco daqui a 15 dias, se precisarem desabafar já sabem que estou sempre disponível no mail superficial com uma palavra amiga, mesmo que às vezes demore algum tempo a responder.

Fiquem bem e não se deixem manipular com artifícios nostálgicos com fins comerciais.

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