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Tensão
Superficial
Uma compilação de sinais aleatórios que permeiam
os interstícios da informação digital.
T.04   Edição 12
15 março 2020
Home Work


Estar em casa até é fixe.
Trabalhar em casa é menos fixe. É preciso alguma disciplina. Eu tenho pouca, distraio-me com facilidade.

Estou a olhar para estes discos portáteis que tenho para aqui espalhados. Devia arranjar um esquema para os organizar. Deixa cá ver no Dr. Google se há algum hack para organizar isto tudo.

Ena, tenho que vos falar de uma coisa nova. 
Cá por casa a nossa série do momento está definitivamente a ser Dispatches From Elsewhere, uma série da AMC desenvolvida por Jason Siegel — o Marshal, de How I Met Your Mother — inspirada no documentário The Institute,  que fez sensação no Festival Sundance em 2013.

É definitivamente a série que estávamos a precisar, com a dose certa de magia inocente e maneirismos caricatos.
De uma forma muito simplista, Dispateches From Elsewhere é o que aconteceria se o The Game , do Fincher, tivesse tido uma noite de tórrida de paixão com o Le Fabuloux Destin de Amélie Poulain e a criança se tornasse numa hipster.

É sobre um jogo que é antítese completa de Westworld — cuja nova temporada, por sinal, estreia amanhã 16 de março. A temática base gira em torno do conceito de conexão com pessoas, não de ligações digitais em redes sociais, mas sobre contacto humano real. O que acaba por ser estranhamente irónico nos dias que correm.

Olha para nós a trabalhar sozinhos em casa…

Viva pessoal, esta edição da vossa TS está a ir para o ar numa altura em que vivemos um cenário pré-apocalíptico que normalmente só associamos a livros, filmes ou jogos de ficção científica — o meu tipo de entretenimento, portanto. Exceto que isto não é entretenimento e eu escrevi PRÉ de propósito. As coisas vão piorar antes de melhorarem. Lamento o pessimismo, mas tenho a convicção que temos que nos ir ambientando a este tipo de cenários complicados, muito possivelmente, este é apenas uma espécie de ensaio geral para outras catástrofes bem mais dramáticas que decerto nos aguardam num futuro não muito longínquo. Lembrem-se que estamos a viver a linha temporal mais negra

A propósito, se nunca viram a série Community e tiverem oportunidade para o fazer, não hesitem. É uma das sitcoms alternativas mais divertidas da última década e é, ao mesmo tempo, um tratado sobre a cultura pop contemporânea.

Bem, vou-me deixar de converseta e deixar-vos com montes de sugestões e combustível de procrastinação. Vocês estão a precisar.

Vamos lá então ao que interessa, ponham-se à vontade.

SÉRIES E AFINS

Jazz & Skate

Duas coisas que tinham ficado de fora na última edição: da Netflix — The Eddy, um trailer minimalista da nova mini-série sobre Jazz da responsabilidade de Damien Chazelle, o tal de LaLaLand e Whiplash, estreia a 8 de maio. Da HBO — uma série produzida e protagonizada pela mesma equipa do filme Skate Kitchen de 2018 acerca de um grupo feminino de skaters em Nova York, estreia a 1 de maio.

O VHS está vivo... e arquivado

Para celebrar o regresso de Better Call Saul, e para todas/os fãs de Bob Odenkirk, deixo aqui uma viagem nos arquivos do Internet Archive: The VHS Vault. Diretamente de 1997, umas rábulas de Stand Up do tempo em que o jovem Saul tinha cabelo, uma altura em que a série COPS era uma referência no panorama televisivo.

Viajar sem sair do lugar

O par perfeito para acompanhar numa jorna na Ásia — Richard Ayoade, o mítico Maurice Moss de The IT Crowd e autor do best seller Ayoade On Top, e o inimitável e sempre janota Jon Hamm, o Don Draper de Mad Men.
Travel Man é um programa de viagens do Channel 4 apresentado por Ayoade que já conta com 11 épocas.

Na TV Cá de Casa

Outlander, temporada 5 — o escocês ruivo mais sexy da TV está de volta para mais uma temporada da adaptação da obra de Diana Gabaldon. E podemos já contar com a temporada 6, que antecipo que seja ultima...
› Grand Designs, temporada 11 — esta é mais uma série do Channel 4 que nos foi dada a conhecer graças a Netflix. Conta já com umas astronómicas 19 épocas e é porventura o programa de arquitectura/design de habitação mais épico de todos. 

Pronto, ficamos por aqui. Espero que esta vos tenha encontrado de boa saúde — e assim se mantenham. Não sejam como certos milionários palermas e deixem-se estar sossegadas/os, concentrem-se no que têm para fazer e pensem no bem-estar de quem mais gostam. Vamos tranquilamente minimizar a escalada dos efeitos do bicho. Vai ser canja.

Para contrariar isto do isolamento, vamos variar dos grupos do WhatsApp, dos memes sobre papel higiénico do Facebook ou das “espontâneas” manifestações conjuntas de apreço de proporções épicas — que alguém vai filmar e que vão ter imensos hits nas redes sociais — e vamos utilizar o telemóvel para fazer chamadas e, sei lá, falar realmente com pessoas. Elas vão apreciar.

Boa quinzena pessoal. Vai correr tudo, tenham coragem e mantenham-se firmes.
 

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