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#9 | Terça-feira, 24/3/2020
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Por Ivana Moreira*

Bom dia!

As crianças não ficam quietas? Deixam brinquedos espalhados pela casa e fazem uma uma barulheira danada, daquelas de tirar o juízo de qualquer adulto? Não dê bola, releve. Essa não é a hora para querer manter tudo sob controle. Quem garante é a psicóloga e arte-educadora Bianca Solléro, autora do livro “Pare de perguntar o que seu filho vai ser” e colunista da Canguru News. Na edição de hoje, ela dá dicas de como administrar esses dias atípicos com as crianças sem ficar estressada - e, de quebra, trabalhar o protagonismo dos pequenos. Vale a pena tentar. Não querer controlar tudo também é uma forma de manter a saúde mental de todos (dos pais e dos filhos) aí na sua casa, como explicamos em outra nota desta terça-feira. Medo, insegurança e apreensão são sentimentos esperados durante essa quarentena. Mas dá para aprender a lidar com isso.

Boa leitura!
 literatura 

Uma rede de contadores de história à disposição

Quarentena em domicílio não é fácil para ninguém. Mas é muito legal ver o tanto de opções gratuitas – e de qualidade! – que vão surgindo nas redes sociais para distrair as crianças durante esse isolamento social. Que tal ouvir uma história pela internet? Não faltam opções incríveis, em todos os estilos, para todos os gostos.

Muitos contadores de histórias estão lendo contos todos os dias em horários fixos, por meio de seus perfis no Instagram ou Youtube. Confira alguns dos perfis mais bacanas.

Fafá Conta – A atriz e contadora de histórias faz leituras ao vivo pelo Instagram e Youtube. Ela trata de temas como “Esse tal de coronavírus” e “Lei Maria da Penha em Cordel”. Segundas, quartas e sextas, às 10h30, e terças e quintas, às 16:30h.

Mãe que lê – A escritora Emília Nunez lê contos que falam de animais como hipopótamos e jacarés, e temas do universo feminino, como “A Minifashionista” e “A Banda das Meninas”, entre outros. Todos os dias, às 11h.

Carol Levy – Cantora e contadora de histórias, Carol traz relatos como o da menina que via tudo cinza, no livro “Marilu”, de Eva Furnari. Todos os dias, às 11h30.

Marina Bastos – Entre as histórias que a contadora lê, estão obras como “Porque você é você!”, que fala sobre nos aceitarmos como somos. Todos os dias, às 12h30.

Camila Genaro – Oficineira e contadora de histórias, Camila dá duas opções de livros ao público, que tem de escolher a história que deseja ouvir. “A História da Pipa", uma adaptação livre da “Onu Educação para a paz”, foi a escolhida do domingo. Diariamente às 15h.
 saúde 

7 dicas para manter a saúde mental – sua e da sua família

Medo, insegurança, apreensão. Você sentiu algo parecido com isso nos últimos dias? Esse sentimentos podem ser comuns durante o período de isolamento social. Afinal, é uma situação inusitada - e ninguém sabe ao certo o que vai acontecer. Mas justamente por isso é importante tomar cuidado com a sua saúde mental, para que você possa viver estes dias em casa com as crianças da melhor maneira possível. Evite ler notícias demais sobre o coronavírus, procure dormir bem e seguir uma alimentação saudável. Essas são algumas das dicas que os especialistas dão para este momento de pandemia. Confira abaixo as ações que podem ajudar mães e pais a manter o equilíbrio emocional pelo tempo que a quarentena durar. 

1. Organize a rotina. Se você está trabalhando de casa, defina um ambiente para o home office e outro para as brincadeiras e estudos com as crianças. E organize os horários em que elas irão fazer as tarefas escolares. 

2. Não leia demais. Evite olhar as notícias a cada segundo e tome cuidado com as fake news. Acompanhe as recomendações do Ministério da Saúde e do governo de sua cidade. 

3. Obedeça as recomendações. Fique em casa se puder, saia somente quando necessário, faça a higienização apropriada das mãos e dos ambientes. Se alguém em sua casa tiver os sintomas, é preciso isolar a pessoa e procurar orientações da unidade de saúde ou de um médico de confiança.

4. Cuide do sono e da alimentação. Dormir e comer bem fortalecem o sistema imunológico, equipando o organismo para enfrentar possíveis doenças. Procure, portanto, manter a qualidade do sono e não descuide da alimentação da família toda.

5. Converse com os amigos. O isolamento social é apenas físico. Você e as crianças podem (e devem) falar com os amigos e familiares por telefone e outras formas virtuais. 

6. Faça uso do tempo livre. A falta de cuidado próprio pode afetar a saúde mental na quarentena, por isso, se possível, reserve alguns momentos do dia para fazer o que gosta – ler um livro, assistir a um filme, testar uma nova receita de comida. 

7. Não se cobre demais. Lembre que a pandemia é algo em escala global, que não podemos controlar. O que você pode fazer é se prevenir, seguindo as recomendações sempre. Se as crianças perguntam algo que não saiba, explique o que souber e tente tranquilizá-los dizendo que vocês já estão fazendo a sua parte ficando em casa.

Se você ainda tem dúvidas sobre a pandemia, não deixe de acessar nossa página “Tudo sobre Coronavírus para a família”, com informações dos especialistas do Grupo Leforte.
 comportamento 

Seu filho é desobediente? Saiba como ajudá-lo

Seu filho faz birras e desobedece com frequência? Se isso acontece – e pode ser que até se intensifique neste período de maior convivência dentro de casa – , é bem capaz que você fique estressada e com a sensação de incapacidade de criá-lo. Tenha calma! Esse sentimento não é uma exclusividade sua. 

O que acontece é que as crianças e os adolescentes de hoje estão aprendendo na escola a lidar com suas emoções. Mas eles também repetem o que aprendem em casa – e nós, que somos de outra geração, não tivemos essa oportunidade. 

Então, imagine o turbilhão dentro da cabeça dessa criança: ela identifica os sentimentos, mas não sabe dar vazão a eles, e não pode contar com a ajuda dos pais nesse sentido, porque eles não estão preparados para tanto. 

“Não precisamos identificar o que o nosso filho está sentindo, mas precisamos compreender que ele sente algo e que este 'algo' o está consumindo e, como defesa, ele (até inconscientemente) acaba atacando alguém, os pais, por exemplo”, explica a colunista Andrea Romão em artigo para a Canguru News. 

Segundo Andrea, a inteligência emocional não é um traço, é uma habilidade que pode ser aprimorada se seguidas algumas estratégias:

> Não julgue o seu filho nem o recrimine pelo seu comportamento; não o compare a nenhuma outra criança.  

> Mantenha sempre abertura ao diálogo. Para falar de algum conflito, procure um momento em que seu filho esteja bem para conversar. Dê a ele confiança e compreensão, faça com que ele perceba que está sendo visto e respeitado

> Ensine a ele que cada emoção pode se transformar em uma palavra, que a raiva tem forma, que a tristeza pode ser compartilhada para aliviá-la, que chorar não é ruim, que o mundo nem sempre é como gostaríamos que fosse. 
 birra 

6 segundos
de abraço
Esse é o tempo que o corpo precisa para ordenar ao cérebro que produza a ocitocina, conhecida como “hormônio do abraço”, que ajuda na produção do bem-estar, diminui o estresse e favorece a comunicação. 

Esse é tempo do abraço que seu filho precisa para se acalmar logo depois daquele comportamento inadequado. Que saber mais sobre isso? Leia o livro “Crianças Felizes”, da educadora portuguesa Magda Gomes Dias. Segundo ela, o contato físico é sempre positivo e o abraço é a melhor forma para conter a explosão de sentimentos dos nossos filhos. “Se ele estiver fazendo 'birras do andar de baixo', ou seja, emocionais, abrace-o”, diz Magda, que é colunista da Canguru News. 
 história de mãe 

A casa está uma bagunça? Relaxe e deixe o seu filho se divertir 

Nessa época de quarentena, a psicóloga e arte-educadora Bianca Solléro sugere que os pais não se estressem com a sujeira, a bagunça e o barulho na casa – o que, com crianças em casa é inevitável, né? “Deixem as crianças brincarem bastante, pulando no sofá, na cama, com almofada, sem almofada”, afirma Bianca, que é colunista da Canguru News. Ela diz que também é importante envolver os pequenos nas tarefas da casa, o que lhes dará a sensação de protagonismo – e que mais tarde será necessário para um “agir criativo” na vida adulta. Isso pode incluir preparar a comida, varrer a casa e lavar o banheiro, por exemplo. Confira no vídeo as dicas da nossa colunista para envolver os pequenos na nova rotina da casa.
Ivana Moreira

Jornalista com mais de 20 anos de experiência em grandes redações. É colunista de educação do jornal Metro e tem certificação como coach parental pela The Parent Coach Academy, de Londres. É uma mãe apaixonada por seus dois meninos, Pedro e Gabriel.
*Com Verônica Fraidenraich e Heloísa Scognamiglio
 
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