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#18 | Segunda-feira, 6/4/2020

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Por Ivana Moreira*
 

Bom dia!

Sou conhecida por manter a calma mesmo em situações de muito estresse. Só pessoas muito íntimas me veem, uma vez ou outra, explodir. Mas na sexta passada, eu explodi. Depois de muitos dias tentando ser otimista por mim e por todos que me cercam, desabei. Me deu medo, vontade de sentar no chão e chorar feito criança. E, principalmente, de não falar com ninguém. Sem perceber, dei umas “patadas” no marido (sempre ele!) e em outras pessoas que tentaram puxar papo comigo. Isso se chama perder o autodomínio. Se controlar as próprias emoções – e as reações que elas provocam – não anda fácil para os adultos, imagine para as crianças! É sobre isso que nos fala hoje a psicopedagoga Marisa Bianco: a importância de ensinar autodomínio para os pequenos. Ainda mais agora, nesses tempos que estão mexendo com os nervos de gente grande e de gente pequena.

Boa leitura!

PS: Nós, aqui na redação, também estamos exercitando o “autodomínio”. Estamos tentando calcular o tamanho da “reação” que teremos às notícias sobre a Covid-19. Nas últimas duas semanas, tentamos responder às muitas perguntas que surgiram na cabeça de mães e pais por causa da pandemia. Foram 15 dias de edições diárias dessa newsletter (que é bissemanal), além da produção de conteúdo sobre a doença para o site. A gente espera ter conseguido ajudar com nossa ferramenta mais poderosa: a informação. Vamos continuar de plantão, alertas a qualquer novidade sobre o vírus que afete diretamente os pequenos. Mas não queremos falar unicamente de coronavírus – e imagino que você também não. Porque a vida, apesar desse gigantesco susto, continua. A partir de hoje, a Canguru News voltará à sua frequência habitual. Continue nos acompanhando diariamente no site e nas redes sociais. 

#TudoVaiFicarBem

Boa leitura! 
 

 


 

 educação 

Cuidado com a forma como você fala do seu passado para eles

Ilustração de mãe contanto história para família na mesa de jantar


Você já reparou como as crianças adoram ouvir relatos sobre o passado dos pais? De como eles eram, o que faziam quando pequenos ou de que brincadeiras gostavam. Contar histórias da própria infância aos filhos é muito importante. Não tem problema se você não tem memórias precisas de quando era pequeno. O que importa mesmo é a forma como você fala sobre essas experiências às crianças. "O fato de haver sentimentos envolvidos – uma situação engraçada, por exemplo – facilita o registro pelo subconsciente, dando significado à história, que será arquivada como uma referência na mente da criança", explica a psicóloga Andrea Romão, que trabalha com reeducação emocional de adultos e crianças.

Segundo Andrea, é importante narrar as histórias de forma otimista pois isso demonstra a maneira como você enxerga as coisas – e serve de exemplo para que os filhos sigam comportamento semelhante. Andrea vai mais além: isso pode influenciar o sucesso da criança na vida adulta e mesmo o modo como ela irá se relacionar com os outros.

Não significa, claro, que você tem de inventar ou fingir fatos da sua história. Pelo contrário, significa enxergar e transmitir oportunidades, mesmo em situações difíceis – e resistir ao impulso de destacar fatos negativos. "Olhar o potencial de crescimento e, não, o fracasso", ressalta Andrea. Quer um exemplo?

Se você vai contar uma história sobre o bullying que sofreu na escola, não deve tentar amenizar o relato. "Diga que realmente passou por momentos difíceis, ficou triste e com vergonha, mas que tudo isso fez você entender que nem todo mundo é como você, que tem compaixão e respeito pelo outro", sugere a psicóloga. “Conte também que teve forças para superar, mudar e ser quem você é hoje.”

E isso serve também para o modo como você percebe as coisas que o seu filho faz. Aponte quando ele agir corretamente. "Diga, por exemplo: 'Eu vi você ajudando aquela criança pequena quando ela caiu, isso foi um ato muito bondoso'.” Oferecer apoio e mostrar que acredita no sucesso dele pode fazer toda a diferença na vida do seu filho.

Experiências da infância, nossas e dos nossos pais, influenciam nosso DNA

Que tipo de relação você está construindo com o seu filho?

Não deixe de dar atenção também ao bom comportamento dos filhos

 



 especial coronavírus 

Para quem ainda tem dúvidas sobre a Covid-19 – sintomas, formas de contágio e de prevenção

Imagem ilustrativa mostrando o coronavírus (covid-19)


Tudo sobre coronavírus para a família, nossa página sobre a pandemia com informações dos especialistas do Hospital Leforte, de São Paulo.

Gestantes e lactantes podem transmitir a doença ao bebê?

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7 dicas para manter a mente sã em tempo de isolamento social
 


 

 comportamento 

Como (e por que) ensinar seu filho a ter autodomínio

Foto de menina no balanço com olhar calmo e confiante com sua mãe ao fundo


A qualquer desconforto, você anda reagindo sem pensar muito no que está fazendo ou dizendo? É bem capaz que sim – e isso é esperado até. Não é fácil manter o equilíbrio e regular as emoções em situações inusitadas como a que estamos vivendo por causa da pandemia do coronavírus. Se para os adultos anda difícil ter controle do comportamento, para as crianças pode ser ainda mais desafiador. Sobretudo agora é muito importante exercitar o autodomínio e ajudar seu filho a fazer o mesmo. 

“Quando eu tenho autodomínio, eu consigo não entrar em desespero diante de circunstâncias desfavoráveis que possam vir a surgir e organizar meus pensamentos para resolver essas dificuldades", explica a psicopedagoga Maria Bianco. Segundo ela, exercícios simples como a meditação diária, por meio da respiração, podem ajudar os pais a adquirir o autodomínio. Mesmo quem não está habituado à prática pode experimentar:

  • Por 3 minutos: apenas sinta a sua respiração.
  • Nos 3 minutos seguintes: observe os pensamentos que surgem. 
  • Por mais 3 minutos: analise como os pensamentos influenciaram as suas emoções. 

Para ajudar as crianças a ter maior controle de seus comportamentos, Marisa propõe aos pais as seguintes práticas:

Tenha paciência com os comportamentos inadequados. Crianças não têm o sistema de regulação das emoções totalmente desenvolvido, por isso é mais difícil para elas ter um autocontrole. Se a criança faz birra, é preciso tolerar esse comportamento, dar um tempo para que ela se acalme e só depois conversar com ela e dizer que entende a sua emoção, ainda que não concorde com ela.

Observe a sua atitude. A postura do adulto deve ser interessada e empenhada ao fazer uma atividade com a criança, como as tarefas escolares. “A motivação e o interesse que eu mostro ao acompanhar os estudos dos meus filhos garantem que ele vai ser capturado por esse interesse também”, diz Marisa.
 
Seja parceira das crianças. Mostre-se presente, estudando, brincando e conversando com seu filho. E dê a oportunidade a ele de se mostrar parceiro também, ajudando, por exemplo, nas tarefas domésticas.

Veja outras dicas para pais e filhos exercerem o autodomínio

5 ferramentas que podem ajudar na educação emocional

Seu filho é emocionalmente inteligente?

 


 

 tecnologia 

 

14% 

dos pais brasileiros criam contas de e-mail para seus bebês com menos de de 2 anos, segundo a série de estudos Digital Diaries, realizada pela AVG Technologies.
 

38% 

de crianças com mais de 2 anos já têm alguma tela própria (celular, tablet, computador, game ou TV).
 

47% 

das crianças entre 0 e 8 anos passam mais de três horas por dia em frente uma tela.
 

60%

dos pais acreditam que os dispositivos eletrônicos preparam melhor as crianças para o futuro.
 



 diversão 

Os clássicos de antigamente que fazem sucesso com as crianças

Mãe e filho brincando de Twister


Responda rápido: Imagem & Ação, Genius ou Uno, qual desses você mais gostava? Tinha também o Pula Pirata e o Twister, aquele tapete com bolas coloridas que a gente precisava colocar as mãos e os pés nas bolas sem sair do chão. Para quem já chegou aos 40, esses jogos trazem boas lembranças da infância. Mas saiba que, ainda hoje, divertem muitas crianças. Que tal escolher um deles para brincar junto com os pequenos na quarentena?

Twister –  os participantes precisam atender aos comandos da roleta e posicionar sua mão ou pé em um dos círculos do tabuleiro gigante colocado no chão. Vence o último jogador que ficar em pé. Para as crianças menores, é uma boa maneira de trabalhar a coordenação motora. Compre a partir de R$ 103,99.

Imagem & Ação – Jogo de tabuleiro em que é preciso ler as cartas e fazer mímica do que está escrito (objeto, nome de filme etc.) para que os jogadores adivinhem o que é. Se ninguém conseguir, ponto para você e sua equipe. Compre a partir de R$ 97,43.

Pula Pirata – O objetivo é colocar o maior número de faquinhas nos buraquinhos do barril sem fazer o piratinha pular. Ele sempre pula e assusta quem colocou o punhal da vez. Divertido e nostálgico. Compre a partir de R$ 88,99.

Uno - Adultos e crianças acima de três anos podem se divertir muito com este jogo de cartas. A ideia é jogar uma carta sempre da mesma cor ou no mesmo número da anterior. Ganha quem eliminar todas as cartas primeiro. Só não esquece de gritar “Uno” quando estiver com apenas uma carta para jogar! Compre a partir de R$ 19,90.

Genius – Tem que ter concentração e boa memória para apertar as teclas exatamente na mesma ordem e quantidade de vezes que o jogo apresenta. No nível mais fácil são apenas oito sequências, mas elas vão ficando mais difíceis e chegam até 32 sequências. Você consegue? Compre a partir de R$ 54,99.

6 brincadeiras de antigamente para fazer em casa

7 brincadeiras com palavras para exercitar o raciocínio

 


 

 uma pergunta para... 

Retrato do professor Severino Antônio

Severino Antônio

Professor, doutor em educação, autor de livros como “Constelações – Uma escuta poética da infância” e “Infância”
 

Qual a importância da escuta no desenvolvimento da criança?

“A escuta é primordial para a condição humana. Especialmente, singularmente, para a criança. A criança precisa da nossa escuta, como precisa do nosso afeto, do nosso olhar. A criança pequena pensa por imagens, por sentimentos, por narrativas, por histórias. Ela pensa brincando, brinca pensando e contando história. Ela precisa fazer perguntas pra nós, aquelas perguntas vitais que a criança faz, aquelas perguntas para as quais a gente nunca tem resposta. Precisamos levar em conta essas características para poder fazer uma escuta genuína, verdadeira da criança.”

Depoimento ao projeto “Ciclo Educar Hoje”, promovido pelo Sesc São Paulo.
 


Foto da fundadora da Canguru News, Ivana Moreira

Ivana Moreira

Jornalista com mais de 20 anos de experiência em grandes redações. É colunista de educação do jornal Metro e tem certificação como coach parental pela The Parent Coach Academy, de Londres. É uma mãe apaixonada por seus dois meninos, Pedro e Gabriel.


 

*Com Verônica Fraidenraich e Heloísa Scognamiglio

 

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