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Olá <<First Name>>
Na 8ª edição da newsletter do projecto COVID19PT-Ciência analisamos um surpreendente estudo do New England Journal of Medicine sobre o Remdesivir, um fármaco promissor para o tratamento da covid-19; uma análise de 1591 casos de doentes em cuidados intensivos - relevante a caracterização dos doentes e dos tempos até resultados; uma meta-análise que faz um ponto de situação do que sabemos da doença até à data; de novo o assunto da utilização das máscaras na comunidade que começa a ganhar um consenso mais alargado.
Sobre este tema a Raquel fez um excelente resumo de um documento do European Center for Disease Prevention and Control e temos ainda um editorial no BMJ.
Pediatria: interessados em transmissão vertical da covid-19 mãe-filho? Temos dois artigos sobre o assunto e ainda uma análise de severidade de casos covid-19 em crianças de Madrid.
Por fim, encontram ainda dos artigos sobre a saúde mental em profissionais de saúde.
Temos estes e outros artigos analisados na nossa página. Já são mais de 100 artigos!
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Evidentia Médica
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Compassionate Use of Remdesivir for Patients with Severe Covid-19
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Tratamento |
NEJM
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Utilização compassiva de Remdesivir em 59 casos de covid-19
Este ensaio surpreende pelo facto de conseguir ser publicado numa das mais importantes revistas científicas da comunidade médica. É um estudo que pretende obter informação sobre eficácia de uma intervenção médica (fármaco remdesivir) pelo que o desenho óptimo seria um ensaio clínico com dupla ocultação com uma amostra adequada para detectar diferenças entre grupos. Este estudo está longe disso. Alguns dirão que em tempos excepcionais qualquer informação positiva serve ao que respondemos que justamente por serem tempos excepcionais não podemos deixar que a Medicina passe de baseada em evidência para baseada na esperança ou fé. Este estudo não passa de relato de uma pequena coorte de doentes e nada garante que os resultados que vemos reportados não possam ser devidos ao acaso ou a qualquer variável de confundimento não controlada.
David Rodrigues (Evidentia Médica) | 10/04/2020
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Baseline Characteristics and Outcomes of 1591 Patients Infected With SARS-CoV-2 Admitted to ICUs of the Lombardy Region, Italy
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Epidemiologia |
JAMA
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Características e resultados de 1591 doentes infectados com SARS-CoV-2 admitidos em UCI na Lombardia, Itália
Em (P) doentes COVID-19 confirmados com internamento nas UCI (Unidades de Cuidados Intensivos) qual a (O) mortalidade; dias de permanência nas UCI; cuidados prestados; falência respiratória. A maioria dos doentes eram homens idosos e hipertensos.
Grande parte necessitou de entubação com ventilação mecânica e níveis altos de PEEP.
Apenas 11% foram geridos com ventilação não invasiva. A mortalidade nas UCI até à data foi de 26%, podendo este número aumentar pelos dados serem ainda recentes.
Nota: veja as caracteristicas dos doentes e detalhe dos outcomes na análise do artigo.
Paulo Faria De Sousa (Evidentia Médica) | 06/04/2020
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Novel Coronavirus Infection (COVID-19) in Humans: A Scoping Review and Meta-Analysis
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Epidemiologia, apresentação e tratamento |
Journal of Clinical Medicine
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COVID 19: O que já se sabe quanto à epidemiologia, características clínicas, laboratoriais, radiológicas e tratamento? Meta-análise
Primeira análise sistemática da evidência disponível até 24/02/2020, metodologicamente bem feita mas baseada em estudos de baixo grau de evidência (relatos de caso e séries de casos). Relembra os sintomas mais comuns, achados radiológicos característicos e o quanto ainda não se conhece da doença, alertando que a maioria das mortes ocorreu em pessoas com mais de 60 anos, nas quais o diagnóstico precoce pode fazer a diferença.
Mariana Prudente (Evidentia Médica) | 30/03/2020
A suspeita clínica deve ser acompanhada de uma história epidemiológica relevante, seguida por exames virológicos e de imagem precoces. A maioria dos sintomas clínicos e achados imagiológicos são inespecíficos, sendo os mais comuns febre e tosse, opacidades em vidro fosco e consolidações. A mortalidade foi maior em doentes de sexo masculino e mais idosos.
Patrícia Horta e Cortes (Evidentia Médica) | 30/03/2020
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Using face masks in the community
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Máscaras | ECDC
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Impacto da utilização de máscaras faciais na comunidade para redução da transmissão de COVID-19
O uso de máscaras na comunidade tem prós e contras, contudo, quando utilizadas correctamente podem ajudar a controlar a origem da infecção também em indivíduos assintomáticos. Há evidência limitada sobre a magnitude desta medida e sabe-se que deve ser considerada apenas como medida complementar a outras medidas preventivas (distanciamento físico, etiqueta respiratória, higiene das mãos, evitar tocar na face).
Raquel Rosado e Silva (Evidentia Médica) | 08/04/2020
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Editorial: Face masks for the public during the covid-19 crisis.
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Máscaras |
BMJ
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Máscaras para a população durante a crise covid-19. Editorial.
A eficácia das máscaras na redução da transmissão da covid-19 no público em geral é incerto e alvo de discussão científica. O princípio da precaução pode ser usado para fundamentar recomendações num contexto de ausência de evidência definitiva. Mesmo uma proteção limitada pode impedir a transmissão de covid-19 e eventualmente salvar vidas. Sendo a covid-19 uma ameaça, usar máscaras em público deve ser recomendado.
David Rodrigues (Evidentia Médica) | 09/04/2020
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Neonatal Early-Onset Infection With SARS-CoV-2 in 33 Neonates Born to Mothers With COVID-19 in Wuhan, China
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Pediatria |
JAMA Pediatrics
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Quais os outcomes em recém nascidos (RN) com SARS-CoV-2 nascidos de mães com COVID-19?
Tal como fora previamente reportado, os sintomas dos 33 RNs com COVID-19 ou risco de infecção foram leves e os outcomes favoráveis. 3 RNs tinham COVID-19, sendo que, o que tinha sintomas mais graves se deveu provavelmente ao facto de ser prematuro, ter tido asfixia e sepsis e não devido à infecção por SARS-CoV-2.
Apesar de outros estudos sugerirem não haver evidência para transmissão materno-fetal, essa transmissão não pode ser excluída neste estudo uma vez que as medidas de controlo de infecção foram muito estritas. É crucial continuar a fazer screening e monitorizar grávidas e a utilizar medidas de proteção estritas.
Joana Vaz (Evidentia Médica) | 26/03/2020
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Screening and Severity of Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) in Children in Spain, Madrid
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Pediatria | CJAMA Pediatrics
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Proporção de casos confirmados e severidade da doença em crianças em Madrid, Espanha
Os dados são concordantes com estudos anteriores - sugerindo ~2% dos afetados têm menos de 19 anos. A proporção de doentes pediátricos confirmados com COVID19 de entre os sintomáticos foi de 11%. A alta percentagem de crianças com COVID19 internadas pode dever-se ao facto dos critérios locais para internamento serem sobreponíveis à definição de "doença severa" adoptada na China.
Maria de Freitas Domingues (Evidentia Médica) | 08/04/2020
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Possible Vertical Transmission of SARS-CoV-2 From an Infected Mother to Her Newborn
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Pediatria | JAMA
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Será a transmissão vertical de SARS-COV-2 de mãe infectada para o recém nascido possível?
O conhecimento que temos à data é que a IgM não passa para o feto através da placenta. Há, portanto, a possibilidade de que o feto tenha sido exposto à infecção durante 23 dias antes do parto. A infeção durante o parto não pode, no entanto, ser excluída, apesar de que a IgM apareça normalmente cerca de 3 a 7 dias pós exposição (e não 2 horas após o parto como se verificou neste caso). Os resultados do exsudado nasofaringico negativos são difíceis de explicar, apesar de que poderá haver falsos negativos. IgGs por seu lado passam na placenta e podem significar, tanto infeção materno-fetal, como do recém nascido após o parto. Nem o líquido amniótico, nem a placenta foram testados.
Joana Vaz (Evidentia Médica) | 26/03/2020
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Prevalence and predictors of PTSS during COVID-19 Outbreak in China Hardest-hit Areas: Gender differences matter
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Saúde Mental |
Psychiatry Research
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Prevalência e preditores de sintomas de stress pós-traumático durante o surto de COVID-19 nas áreas mais afectadas da China - as diferenças de género importam
Os autores pretenderam saber a prevalência de sintomas de stress pós-traumático, bem como preditores demográficos e clínicos associados as estes sintomas. Havendo dúvidas sobre a representatividade da amostra e consequente generalização dos resultados, é um estudo que tem o mérito de retratar a presença de sintomas de stress pós-traumático (e não perturbação) naquele contexto específico de Hubei, tendo encontrado prevalência de 7% naquela amostra, afectando significativamente as mulheres e aqueles com má qualidade de sono. Porém, uma vez que os dados foram colhidos com uma distância temporal curta desde o início do surto (cerca de 1 mês) não é claro se são uma expressão de psicopatologia.
Joao Graça (Evidentia Médica) | 15/03/2020
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