Bom dia!
Se pergunto ao Gabriel “como foi a escola?”, a resposta é quase sempre a mesma: “Legal”. O que ele aprendeu de novo? “Não lembro.” E de qual professora ele gosta mais? “Todas”. Você também costuma ter a impressão de que a conversa com seu filho vai a lugar nenhum? Talvez não seja seu pequeno que seja ruim de papo. Talvez você é que, como eu, não esteja fazendo as perguntas certas. E é bom caprichar mais. Porque conversar com seu filho não é só um ato de amor – é um dos hábitos mais importantes na construção de vínculos duradouros entre pais e filhos. Não por acaso, a ONG Todos pela Educação lançou a campanha #ConversarFazBem, tema de uma das matérias da edição de hoje. O objetivo é pedir aos pais que aproveitem a oportunidade da quarentena para conversar mais com as crianças. Para dar uma ajudinha, preparamos uma seleção com 20 perguntas (beeeem melhores do que as que costumo fazer para o meu Gabriel) para soltar a língua dos pequenos.
Amanhã será Domingo de Páscoa – e uma Páscoa muito diferente para o mundo inteiro. Aproveite para bater papo com eles sobre isso. Conte como está se sentindo, pergunte como ele está se sentindo. “Jogar conversa fora” com os filhos é tudo menos jogar conversa fora.
Uma Feliz Páscoa para você! Que seja, verdadeiramente, um tempo de ressurreição aí na sua casa.
Boa leitura!
tecnologia
Seus filhos não saem da frente das telas?

Pesquisador da Universidade Oxford mostra por que isso pode não ser tão ruim assim
Tempo de telas. Já ouviu falar dessa expressão? Se você tem crianças ou adolescentes em casa, provavelmente sim. As telas são um dilema para os pais. E uma polêmica entre os especialistas. Há quem diga que o excesso do uso de smartphones e videogames pode atrapalhar a capacidade de atenção e o desenvolvimento de habilidades sociais nas crianças. Mas, num ponto de vista contrário, há quem defenda que essa exposição excessiva às telas não seja tão ruim assim. É caso de Andrew Przybylski, renomado pesquisador da Universidade de Oxford e diretor de pesquisa do Oxford Internet Institute, no Reino Unido. Ele e o psicólogo Pete Etchells, autor do livro “Lost in a Good Game – Why we play video games and what they can do for us” (“Perdido num bom jogo - Por que jogamos videogames e o que eles podem fazer por nós”, em português), escreveram um artigo para o jornal The New York Times afirmando que as evidências que vinculam diretamente o tempo de exibição das crianças ao dano social e cognitivo parecem, na realidade, ser muito pequenas.
Saiba aqui em que se baseiam seus argumentos. Talvez você fique mais tranquila ao ouvir seus pequenos pedindo para assistir a “só mais um desenho”.
Ah! Aproveite para mandar esta newsletter para o WhatsApp daquela sua amiga que também anda preocupada com “o tempo de telas” de seus filhos.

educação
Conversar faz bem (sobretudo agora)

A ONG Todos pela Educação lança campanha para estimular o diálogo entre pais e filhos durante a quarentena
As conversas andam um tanto monótonas aí na sua casa? Você pergunta e seu filho responde automaticamente, quase sem pensar, e a conversa morre em poucos minutos. É o tipo de situação mais frequente do que os pais gostariam. Na correria do dia a dia, acabamos tendo pouco tempo (e disposição) para dialogar com os filhos. Pelo menos era assim antes de o mundo ser obrigado a desacelerar e as famílias entrarem em confinamento por causa do coronavírus. A quarentena não é um exercício fácil para ninguém, são muitos os desafios. Mas ela também trouxe oportunidades, como essa de ter muito mais tempo para conversar com as crianças. Não por acaso a ONG Todos Pela Educação lançou a campanha #ConversarFazBem. A ideia é que os adultos aproveitem este período de isolamento social para dialogar mais com as crianças e os adolescentes em casa.
Segundo a organização, esses são tempos para cultivar, ainda mais a empatia e aprender a conviver melhor. “É hora de cuidar e se conectar com quem está conosco em casa. De reforçar e aprofundar os vínculos entre nós”. Como? Estimulando o papo com os filhos. A Canguru ouviu uma séria de educadores e montou uma lista com 20 perguntas que têm o poder de soltar a língua da meninada. Quer exemplos:
- Qual foi a coisa mais legal que já aconteceu na sua vida?
- Como seria o dia perfeito para você?
- Qual super-herói você seria e por quê?
Nossa lista de 20 perguntas está aqui – o que não vai faltar é assunto. Mas se você esgotar a nossa seleção, você pode encontrar mais uma porção na lista da Todos pela Educação. São “100 perguntas que vão dar o que falar”. Depois de aplicá-las em casa você pode registrar a resposta nas redes sociais usando a hashtag #ConversarFazBem e convidar três amigos a entrar no desafio. Assim, você incentiva mais gente a conversar com as crianças.
saúde
Xô, coriza!

Especialistas explicam como prevenir problemas respiratórios das crianças
Diante da pandemia do novo coronavírus, crianças que têm problemas respiratórios deixam os pais ainda mais preocupados pela possibilidade de contágio da doença. Embora os pequenos não façam parte do grupo de risco da Covid-19, é importante não baixar a guarda e seguir as medidas de prevenção indicadas para infecções respiratórias. Manter a vacinação em dia e reforçar as rotinas de higienização da casa e das pessoas ajuda a evitar a contaminação com outros germes, alerta nossa colunista, a pediatra Talita Rizzini, do Hospital Leforte, de São Paulo. Já a pediatra Patrícia Rezende, do grupo Prontobaby, reforça a necessidade de seguir o uso das medicações habituais nas crianças com doenças respiratórias e manter a casa sempre arejada. Veja aqui outras recomendações e cuidados que os pais devem ter para garantir a saúde dos pequenos em casa.
literatura
Livro também é brinquedo

O escritor Tino Freitas comenta duas obras para ler e brincar
Livros que divertem durante a leitura e propõem algo mais: construir brincadeiras em casa, a partir de coisas simples e que estão ao alcance da mão. Nosso colunista de literatura, o escritor Tino Freitas, selecionou duas obras que permitem ler e se divertir com as crianças ao mesmo tempo. Fabriqueta de ideias, de Katia Canton, reúne brincadeiras que podem ser feitas por meio de papel, tesoura, lápis e um tanto de imaginação. E o melhor é que a autora complementa a diversão com informações de vários campos da arte, ciência e história. Por exemplo, ao propor desenhar autorretratos, conhecemos um pouco sobre Rembrandt, artista plástico holandês; ou ao ensinar a fazer gravuras em isopor, aprendemos mais sobre essa arte. Veja aqui qual o outro livro que Tino Freitas recomenda para ler e brincar com as crianças.
linguagem
3.650 palavras
é o tamanho do repertório de uma criança de 6 anos que, ao longo de sua vida, teve os momentos de interação cotidianos (na família e na escola) bem aproveitados.
Fonte: labedu.org.br
filmes
Para assistir e se emocionar

Uma lista de filmes e documentários inspiradores sobre a infância estão disponíveis na plataforma online Videocamp
Que tal aproveitar o fim de semana (ou a semana mesmo) para assistir a filmes e documentários emocionantes que falam sobre infância e educação? O Videocamp, plataforma online que disponibiliza filmes de impacto social para exibições gratuitas em grupos, agora liberou a exibição de forma individual. Isso quer dizer que qualquer pessoa pode ter acesso, de casa, ao menu de filmes que eles oferecem. Há títulos como "O Começo da Vida", que fala da importância dos primeiros 1000 dias na formação de uma pessoa. Veja aqui a lista completa de títulos que você pode assistir em casa. Eles permanecerão gratuitos até o dia 25 de abril.
Gostou da dica e quer passar para outros pais? Encaminhe essa newsletter para eles.

|