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Newsletter | LVI Portugal #1

A Lista Vermelha de Grupos de Invertebrados Terrestres e Dulçaquícolas de Portugal Continental é um projeto coordenado por investigadores do cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, financiado pelo PO SEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no uso de Recursos com cofinanciamento do Fundo Ambiental, e tem a FCiências.ID - Associação para a Investigação e Desenvolvimento de Ciências como beneficiário e o ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas como entidade parceira. O projeto tem como parceiros de execução o TAGIS - Centro de Conservação das Borboletas de Portugal, a Biota - Estudos e Divulgação em Ambiente, a BioDiversity4all - Associação Biodiversidade para todos e conta com a participação de inúmeras instituições e entidades nacionais e internacionais nomeadamente a SPEN - Sociedade Portuguesa de Entomologia, o IPM - Instituto Português de Malacologia, o MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, o CIBIO/InBio, Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, Laboratório Associado da Universidade do Porto,  o Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, o Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto, o LIBRe - Laboratory for Integrative Biodiversity Research, o Museu de História Natural da Universidade de Helsínquia, entre outras.

Objetivos 
 
O projeto Lista Vermelha de Invertebrados Terrestres e de Água Doce de Portugal Continental (LVI Portugal) pretende avaliar o risco de extinção de 700 espécies de invertebrados do nosso país. Neste grupo estão incluídas espécies de insetos, aranhas, mexilhões de rio, caracóis, lesmas e crustáceos, bem como as 15 espécies de invertebrados listadas nos anexos da Diretiva Habitats e consequentemente protegidas por lei em Portugal. 
Espécies da Diretiva Habitats existentes em Portugal Continental.
Participe!

De Março a Agosto participe nas  sessões públicas de amostragem de insetos que a LVI Portugal vai promover de Norte a Sul do país. Atividade gratuita mediante inscrição.
Crustáceos de água doce

A equipa de investigadores dos centros de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), de Ciências do Mar (CCMAR) e de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), iniciou em Dezembro de 2018 o trabalho de amostragem e prospecção de ocorrência de  invertebrados das Ordens Copepoda e Branchiopoda do Subfilo Crustacea e espécie Hirudo medicinalis da classe Clitellata (Filo Annelida). As várias campanhas de amostragem incidiram, até ao momento, em charcos temporários e lagos de montanha da zona continental  a norte do Rio Tejo e norte Alentejano.
Entre os dados recolhidos, é de salientar a expansão da distribuição de algumas espécies de crustáceos como os grandes branquiópodes Branchipus schaefferi a norte da distribuição actualmente conhecida, o registo de várias populações de Chirocephalus diaphanus e Tanymastix stagnalis a norte do Rio Tejo e o registo de Lepidurus sp. pela primeira vez em Portugal, na margem sul do Rio Tejo. O copépode Hemidiaptomus roubaui foi, pela primeira vez, registado a norte do Rio Tejo. Estes dados e informação adicional a recolher em futuras campanhas de amostragem, irão permitir uma avaliação do estado de vulnerabilidade destes invertebrados em território nacional e ameças a esta biodiversidade e seus habitats.
Charco temporário com flores de Ranunculus sp. acima da superfície da água.

Charco temporário a norte do Parque Natural do Tejo Internacional.

Charco temporário Mediterrânico no Alto Alentejo com numerosas plantas de Eryngium corniculatum Lam. em crescimento.

Lago de montanha, Serra D'Arga
Lepidurus sp. (Notostraca) e Hemidiaptomus roubaui (Copepoda).
Chirocephalus diaphanus (Anostraca)
Sanguessuga, Hirudo sp.

Amostragem de moluscos terrestres no Algarve

No passado mês de Fevereiro a equipa dos moluscos do projecto da Lista Vermelha dos Invertebrados de Portugal iniciou o seu trabalho de campo. Um grupo de investigadores associados ao Instituto Português de Malacologia esteve pelo Algarve, a 16 e 17 de Fevereiro, numa missão de reconhecimento das áreas com maior diversidade de moluscos terrestres.

Nestes dois dias, foram encontradas cerca de quarenta espécies. Destacam-se alguns endemismos do algarve como Xeroplexa struckii, Gittenbergeria turriplana, ou a curiosa Tudorella sulcata, uma relíquia introduzida há muito tempo no Alvor.

Com estes e outros dados, esperamos colaborar na elaboração de um estatuto de protecção deste património natural que também faz parte da nossa identidade.

Tudorella sucata
Xeroplexa strucki
Novo percevejo para Portugal Continental

O principal resultado já apurado da primeira missão LVI Portugal relacionada com insetos foi a descoberta de uma nova espécie  de percevejo para o país. Trata-se de Palomena formosa (Hemiptera, Pentatomidae), uma espécie que anteriormente só era conhecida em Marrocos e no sul de Espanha. Foi encontrada no Barranco dos Pisões (Monchique) por Rui Félix no passado dia 16 de março, que teve oportunidade de observar e registar vários indivíduos e uma cópula. Os exemplares capturados para coleção possibilitaram a observação cuidadosa da genitália, que permitiu a sua correta identificação, posteriormente confirmada por José Manuel Grosso-Silva.
Palomena formosa (c)Rui Félix
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