Em 6 de maio de 1852, a colônia belga no Rio de Janeiro fundou a
Sociedade Belga de Beneficência, sendo uma das mais antigas, precedida apenas pelas Sociedades Francesa e Suíça. Os seus objetivos estão definidos no Artigo 1 dos estatutos: “...
é uma sociedade civil de direito Brasileiro, sem fins lucrativos destinados a auxiliar pessoas e instituições carentes sem distinção de cor, raça, condição social, credo político ou religioso, e projetos de desenvolvimento social e econômico a serem implantados no Brasil.”
Há discussão sobre quem foi o primeiro presidente e o fundador. O Relatório da Sociedade de 06 de maio de 1993 declarou que era o Sr. Marcel Victor Pecher. O jornal belga "L’Indépendance Belge" de 16 de junho de 1853 menciona que o
Sr. Edouard Pecher foi nomeado Presidente da Companhia e o Sr. Hanquet Vice-Presidente. Diversas fontes confirmam que Edourd Pecher era Cônsul-Geral e Victor Pecher (seu irmão?) vice-cônsul em 1861 e cônsul em 1864.
Em novembro de 1861, a Sociedade organizou, no teatro Gymnasio, um concerto com a presença do Imperador e da Imperatriz. No domingo 3 de abril de 1864, nos salões do Club Fluminense, foi organizado um concerto vocal e instrumental com a participação do músico belga A. Reichert.
Os nomes de Felix La Rivière, C. Creten,
João Baptista Lombaerts,
D. Vlemincx, Charles e Victor Pecher, L. Laureys, Théodore Malchair, Damas Bolle, Francisco Bertrand, Charles Maes, J. Ketele, A. Verwée, Felix Sauwen, L. Mertens, L. Dewilde, E. Mahieu, A. Van de Capelle, aparecem nas funções de presidente, vice-presidente, tesoureiro e conselheiro até 1900.
Com a visita ao Brasil da S.M. Alberto I, rei dos Belgas, em 1920, o rei autorizou a sociedade a se chamar
Real Sociedade Belga de Beneficência no Rio de Janeiro.
Nós achamos poucas informações sobre as suas atividades atuais, embora a sociedade foi reconhecida como Utilidade Pública pelo Decreto Federal (Brasil) em 03 de junho de 1992. Sabemos que a comunidade belga no Rio de Janeiro se reuniu no Hotel Sheraton, em São Conrado, em 2013. Eram 400 pessoas no encontro patrocinado pelo consulado geral da Bélgica e que contou com o cônsul-geral Bernard Quintin como anfitrião. A renda do almoço beneficente foi doada para a Real Sociedade de Beneficência Belga.
Será que os leitores deste artigo poderiam nos enviar informações adicionais?
Mais detalhes:
http://www.belgianclub.com.br/pt-br/la-soci%C3%A9t%C3%A9-belge-de-bienfaisance-%E2%80%93-sociedade-belga-de-benefic%C3%AAncia
Marc Storms, coordenador do Patrimônio belga no Brasil, lançou recentemente “Ad. H. van Emelen: A trajetória de um artista belga em São Paulo”. Nele, revela a biografia do artista (1868 – 1943) e divulga suas obras mais significativas, produzidas tanto em seu país de origem quanto no Brasil.
