Gastão Cruls faleceu, há 60 anos, em 5 de junho de 1959 no Rio de Janeiro. Filho do conhecido cientista belga Luís Cruls, que chefiou uma equipe de cientistas que estudou a área do Planalto Central, onde seria construída a capital Brasília, Gastão nasceu em 1888, no antigo Observatório Astronômico do Morro do Castelo, onde seu pai era diretor. Fez faculdade de Medicina em Rio de Janeiro e formou-se em 1910, tendo se especializado em medicina sanitária.
Por volta de 1914/1915, começou a escrever os seus primeiros contos e o seu livro de estreia,
Coivara, foi lançado em 1920. No livro
Ao embalo da rede, de 1923, Gastão Cruls aproveitou cenas que vivera na Paraíba do Norte, como membro da Comissão de Saneamento Rural. A obra que lhe deu maior renome literário foi
A Amazônia Misteriosa, de 1925, escrita sem que o romancista conhece essa região e baseada em uma numerosa e selecionada bibliografia. O livro é importante para a ficção científica do Brasil, ganhou uma adaptação para histórias em quadrinhos e foi transformado em filme em 2005, com o título de
Um Lobisomem na Amazônia.
Deixou o cargo de médico sanitarista do Ministério da Educação e Saúde em 1939, quando foi nomeado Chefe da Divisão de Bibliotecas e Cinema Educativo da Prefeitura do Distrito Federal (então no Rio de Janeiro).
Os últimos trabalhos literários de Gastão Cruls foram
Antônio Torres e seus amigo,s de 1950, e o romance
De pai a filho de 1954, que obteve o Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, instituído pelo Pen Clube do Brasil.
Foi homenageado com ruas com seu nome "Rua Gastão Cruls" no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Aparecida de Goiânia (GO).
Mais informações:
http://www.belgianclub.com.br/pt-br/creator/cruls-gastão-1888-1959
Marc Storms, coordenador do Patrimônio belga no Brasil, lançou recentemente “Ad. H. van Emelen: A trajetória de um artista belga em São Paulo”. Nele, revela a biografia do artista (1868 – 1943) e divulga suas obras mais significativas, produzidas tanto em seu país de origem quanto no Brasil.
