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A maior festa junina do mundo

Não existia nada mais animado que a festa junina da vila.

Será que a fogueira era tão grande quanto a torre de labaredas que habita a minha memória? E os dias e noites de festa, tão sem fim?

A vila em questão era o conjunto de residências (12?) com uma pracinha em que morei quando criança. Lembro com saudade dos paralelepípedos, dos tatus-bolas do jardim, do entra e sai da casa de amigos, do Pimpão, meu cachorro que sempre escapava para visitar o açougueiro do bairro e voltava todo pimpão com um osso entre os dentes.

Ali vivi uma infância de interior no meio de São Paulo. Algo mais evidente na festa junina, quando os moradores se juntavam para organizar o que, para mim, era a maior festa do mundo (e, de algum modo, talvez ainda seja). Corta bandeirinha, empilha lenha, decora a cadeia, prepara os quitutes, come come come corre corre corre dança dança dança…

Outro dia, publiquei no Facebook um vídeo de pé de moleque e duas amigas comentaram: que saudade da festa junina da vila! Por um instante, pensei: vamos nos reunir, vamos refazer a festa, agora com nossos filhos! Impossível. Podemos nos reencontrar, claro. Vai ser bom, acho. Mas lembrança não se refaz.

A vila, mesmo se ainda estiver lá, já não está. Talvez tenha sobrevivido ao furor imobiliário que não aguenta ver uma nesga de horizonte na cidade, mas, para mim, agora é uma vila, e não a vila, a minha vila, a nossa vila. Provavelmente é a vila de outras crianças. Ou melhor: espero que seja a vila de outras crianças.

Minha criança, meu filho, vai ter suas próprias vilas. Algumas, vai conhecer ao meu lado. Outras, vai desbravar por conta própria, e talvez encontre nelas um pouco da vila que mora em mim.

Agora vamos às receitas, que eu sei que é por isso que você está aqui. :)
Fiz uma seleção delas, a maioria do arquivo do blog, com muito milho, amendoim, pinhão. Pode acender a fogueira que o arraial vai começar!
Receitas do caderno

Paçoquinha de amendoim da bisavó Maria

A paçoca é uma receita típica das festas juninas, mas o amendoim, originário da América do Sul, já era cultivado no continente bem antes da chegada dos portugueses e de suas celebrações para os santos católicos. Leia mais (e veja a receita do caderno da minha bisavó) na minha coluna na revista Crescer.

Curau de fubá
bem rapidinho

Esta receita é fácil na medida para um dia com pouco tempo para cozinhar e muita vontade de abocanhar um doce junino.
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Curau de milho verde mais demoradinho

Num dia difícil daqueles, fazer o quê? Respirar, raspar espigas de milho, bater os grãos com leite e açúcar, cozinhar, comer.
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Sanduíche
de carne louca

Foi a receita que eu levei em tantas festinhas da minha infância e foi a que preparei para a última festa junina da escola do meu filho. 
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Bolo de amendoim com cobertura de brigadeiro

Esse bolo de tabuleiro tirado do caderno de receitas da minha mãe combina duas maravilhas da culinária brasileira. Não resista.
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Dica do caderno
Descobri que sou mais caipira do que imaginava lendo o livro do sociólogo Carlos Alberto Dória e do chef Marcelo Corrêa Bastos. Que bom. Minha dica é aproveitar que é junho para aprender mais sobre as comidas que você vai encontrar nas festas juninas — e também sobre as que você não vai encontrar.
Compre aqui.
Frase do caderno

"Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre."
Rubem Alves

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