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Boletim Digital | maio e junho 2022
"Globo | Suspensão".  Foto de António Limpo.
Nesta edição, partilhamos algumas das atividades resultantes de dois meses de trabalho, apesar ainda de alguma intermitência no seu desenvolvimento. Estas atividades levaram-nos por muitos lugares: passeámos pelo mundo da cultura e das artes. 
«Em viagens da minha escola
», contamos-vos por onde andámos, o que vimos, o que fizemos e o que sentimos.
E, porque as viagens são «autênticos» livros, como nos lembrou Amadeo de Souza Cardoso, fomos a Amarante, imbuídos pela ideia de que a formação deve fazer-nos experienciar os sentidos, especialmente «saborear» o prazer de, em conjunto, olhar, ver e experimentar. Conhecemos o Museu Amadeo de Souza Cardoso e misturámos as cores em telas pintadas ao ar livre.  Foi assim a nossa Festa em Amarante, que mais abaixo podem conhecer. 
Foram muitos desafios numa escola que se abre à cultura, em busca de novos horizontes e de novos saberes, de novas maneiras de ser e de estar na educação, onde cada criança tenha a oportunidade de dizer: ESTE MUSEU É MEU, como aconteceu em algumas turmas do Complemento de Educação Artística, que, durante algumas semanas, brincaram aos «museus portáteis».
Deixamos-vos agora, com uma homenagem sentida a alguém que nos diz que «a raiz da sua existência é a escola e onde vem todos os dias desde que, há 24 anos se aposentou». Oiçam o seu testemunho em «SEMPRE PRESENTE
».
 
Ganha sentido, assim, a metáfora: UMA ESCOLA, UMA VIAGEM, VÁRIOS DESTINOS, que Teresa Gil, Presidente do Conselho Geral, alude, já no final deste Boletim, como proposta de uma escola, na qual vários caminhos se multiplicam e se cruzam. 
Fotografias originais de Nuno Nunes.
No âmbito do curso de formação “As artes no currículo: Um cruzamento de saberes”, destinado a todos os grupos disciplinares dos 2.º e 3.º ciclos de ensino, viajámos até Amarante e deixámo-nos encantar com o Museu Amadeo de Souza Cardoso.
Movidos pela ideia de Viagem, enquanto lugar de troca de experiências e de aprendizagens, percorremos o caminho animados pelas conversas de quem não tem tempo de se encontrar em outros dias.  Durante as horas de viagem tivemos tempo para falar sobre os nossos quotidianos, deixando, para trás, paisagens, por entre as janelas do autocarro. 
Entrámos debaixo de uma de uma brisa quente e fomos recebidos calorosamente pela equipa do Museu. Foi como se nos sentíssemos em casa. 

E os sentidos da viagem foram ganhando forma.
O essencial dos caminhos da vida e da obra de Amadeo foi-nos contado pela voz de quem nos orientou a visita.
E, nós, sempre de olhos abertos para os «mundos possíveis» de Amadeo.
Fascinou-nos a «irrequietude» e a irreverência de Amadeo quando, através de uma leitura coletiva, da obra   sobre o pintor, de Rui- Mário Gonçalves (1934-2014), pudemos recordar o que Amadeo escreveu no Jornal O Dia, em 1916: (…) eu não sigo escola alguma. As escolas morreram. Nós, os novos, só procuramos agora a originalidade. Sou impressionista, cubista, futurista, abstracionista? De tudo um pouco (…) ». 
Talvez a expressão de «De tudo um pouco» seja um modo de nos dizer que o seu mundo se abriu a múltiplas possibilidades. Não se limitou a observar as «modernas» tendências que os pintores à época utilizavam para romper com os paradigmas do passado. Optou, sim, por se abrir a outros «mundos possíveis».  E parte em viagem, sempre em busca de coisas que quer ver, sentir e olhar… sempre em viagem, pois, para ele, a «Viagem é o grande livro do artista». 
Passeámos pelo museu. Parámos, sentámo-nos na nossa sala de Amadeo. Misturámos as conversas com as obras, em momentos plenos de informalidade. Experimentámos misturar cores e desenhar traços para darem forma às nossas ideias. 
 A fluidez do tempo enganou-nos. Quando demos por nós, estávamos na rua, com as roupas e as mãos cheias de cor, numa grande azáfama, misturados com as pessoas que vinham para a Festa de Amarante, E continuávamos a pintar.     
Fotografia de Nuno Nunes.
Laboratórios de Experimentação Artística
CINEMA DE ANIMAÇÃO
Educação Pré - escolar | realizado entre março e abril
1.º Ciclo | realizado entre abril, maio e junho
VIAGENS NA MINHA ESCOLA 

Durante dois meses viajámos por algumas instituições culturais de Lisboa. Estas viagens levaram-nos ao Teatro, ao Cinema, aos Museus, a Auditórios, conforme podem ver nas imagens que vos deixamos mais abaixo.  
Foram meses de um intenso bulício: viagens pelo mundo do Cinema, na Cinemateca Portuguesa, onde vimos filmes diferentes dos que estamos habituados a ver, foi uma viagem aos primórdios do cinema e, noutras viagens, fomos durante tantos dias, através de outros filmes.  Viajámos no tempo, mas também por dentro de nós, quando vimos o «Tigre Azul», de Petr Oukropec, que nos conta a história de dois meninos como nós que lutaram para proteger a natureza ou, por exemplo, a solidariedade de um menino para ajudar um amigo, em
«Onde fica a casa do meu amigo?» de Abbas Kiarostami ou, ainda, em «LE HAVRE» de Aki Kaurismaki, que nos transporta para temas atuais sobre os refugiados. 
«- A Cinemateca é um sítio maravilhoso e, em jeito de admiração, dizem-nos:
- Temos uma sala de cinema só para nós.  Também não nos esquecemos «daquela caixa circular com pássaros e que, ao girar, dá a impressão de que estavam a abanar as asas, a voar (..), e outros efeitos de ilusão de ótica que nos mostraram, parecia magia, nunca tinha ido a nada deste género». 
Mas não ficámos pela Cinemateca. As nossa viagens continuaram, agora pelo mundo da pintura, numa explosão de cor e de formas, pela mão de Gérard Fromanger, no CCB, Museu Coleção Berardo e na Fundação Calouste Gulbenkian, onde, além do museu, nos maravilhámos com o jardim.  Ainda fomos ao Teatro LU.CA, onde também vimos uma categoria de Teatro diferente do que estamos habituados a ver: o «Teatro de objetos», neste caso, com a história de Karl: um Homem Quadrado de Cie Betty BoiBrut.   
Fomos muitos a viajar: várias turmas do 1.º ciclo até ao 9.º ano, tivemos oportunidade de fruir o mundo da cultura e das artes que está disponível, mas ainda de difícil acesso.  
Viagens na Minha Escola
"Viagens na Minha Escola"
Adaptação de "Antes de Começar", de Almada Negreiros. Turma 8.ºE, Teatro Municipal "Recreios da Amadora". Fotografia de António Limpo.
Agora NÓS…. 
Queremos contar-vos que também contribuímos para levar a cultura a outras pessoas, principalmente, às nossas famílias.  
ENTÃO….
«ANTES DE COMEÇAR», de Almada Negreiros, foi a peça de Teatro que a turma do 8.º E levou à cena nos Auditórios do «Teatro Passagem de Nível», em Alfornelos, e no Auditório Municipal, nos «Recreios da Amadora». Mas, o melhor é passar a palavra a quem viveu intensamente esta experiência, que julgamos que ficará para sempre nas suas memórias.  
Deixamos-vos com o relato destes inesquecíveis momentos: 
«Foi entusiasmante e muito trabalhoso. Chegámos ao fim, felizes, por termos conseguido, num curto espaço de tempo, colocar em palco esta peça, principalmente porque nos pediram as nossas sugestões para a interpretação das falas, para a cenografia, para os figurinos. Também fomos nós que fizemos os sons. E, como aprendemos, para tomar decisões é necessário deter saberes, neste caso de teatro. Aprendemos que é muito difícil e moroso trabalhar as questões da colocação da voz, da dicção, da postura, de todas essas competências que o teatro requer. Deveríamos ter começado em setembro, e ensaiar uma vez por semana (…)»   
Mas, apesar de tudo, o nosso empenhamento foi enorme, o sentido de responsabilidade foi levado até aos nossos limites, mas achamos lindo o nosso cenário. Fomos nós que fizemos as cenas para o António filmar, ajudados pelas professoras Elisa e Elvira.
De um modo geral, gostámos mais da primeira apresentação pública, porque ficámos a conversar com o público e isso fez com que nos pudéssemos ver como, principalmente as nossas famílias dão valor ao esforço que fizemos, que, apesar de tudo, resultou num enorme prazer.

NÃO HOUVE LIMITES TAMBÉM PARA OS NOSSOS SORRISOS. 
Stills de projeção para a adaptação de "Antes de Começar", de Almada Negreiros. Turma 8.ºE. Fotografia de António Limpo.
Still de "Viagem ao Mundo da Fome", RTP Ensina.
 OUTRAS VIAGENS…

Neste boletim demos primazia às viagens… ao mundo das artes e da cultura. A mundos que consideramos maravilhosos, mas não poderemos nunca esquecer outras viagens de outros mundos, como por exemplo, a «VIAGEM AO MUNDO DA FOME», do jornalista e escritor Martín Caparrós, apresentada na RTP ENSINA. 
Nesta viagem de outros «mundo possíveis», que neste caso é o da fome, o escritor descobriu que «(…) não ter dinheiro para satisfazer esta necessidade básica é apenas um lado da questão. Porque quem é apanhado na pobreza, fica também esvaziado de sonhos». ISTO DEVERIA SER UMA IMPOSSIBILIDADE.
Podem ficar a conhecer aqui.
Museus Portáteis. 5.ºF, 6.ºC, 6.ºF , Prof. Fátima Veleda, Lucília Carneiro, Andreia Paixão.

MUSEU – MEU

O cruzamento de saberes constitui-se como um dos objetivos no desenvolvimento do Complemento de Educação Artística (CEA), que, como já demos nota, em outras edições, está em desenvolvimento em dez turmas do 2.º ciclo.
Colocar as crianças perante saberes de várias áreas disciplinares tem sido um desafio para crianças e docentes.
É sobre a formalização prática de um dos trabalhos realizados por três turmas (uma do 5.º e duas do 6.º), sob a responsabilidade das docentes Andreia Paixão, Fátima Veleda e Lucília Carneiro, que deixamos um breve apontamento.
A proposta iniciou-se com ideia de “coleção”, cuja materialização resultou na construção de um «Museu Portátil» e, a partir desse conceito, traçámos muitas linhas em várias direções, que, ao longo do processo, se separaram, sobrepuseram ou entrecruzaram, buscando outros saberes presentes na História, na Geografia, nas Artes Visuais, na Matemática, no Português, entre outros. Começamos a busca a partir da ideia de «Museu Portátil» e sublinhámos Marcel Duchamp (1887-1968), que, em 1936, inicia a realização de um «Museu Portátil» que reproduzia o seu percurso artístico, passando por outros apontamentos históricos, como, por exemplo, os «Gabinets de Curiosités» e os «Museus Imaginários» de André Malraux. Percorremos as nossas memórias e, em grupo, fomos à procura de temáticas sobre as quais queríamos aprender, esboçando, de seguida, o desenho do projeto do nosso «Museu Portátil». Envolvemos os nossos familiares para arranjarmos uma «mala» e várias coleções de objetos.
Fomos conhecer os museus, uns, no plano físico, outros, através de visitas virtuais.  Observámos diferentes ideias e modos de expor.
Experimentámos diversas formas de organizar os objetos que tínhamos selecionado na nossa «mala», que se haveria de transformar em museu portátil.
«Curámos», ou cuidámos os museus com muito entusiasmo: colocámos os objetos nas malas, explorando o espaço e combinando-os da melhor maneira para que, através destas combinações de objetos no espaço, pudéssemos chegar às nossas composições, realçando a importância que todos eles têm na composição.  
Gradualmente, fomos chegando à conclusão de que quanto mais observávamos e falávamos, em grupo, mais clareza e fluidez ganhavam as nossas ideias, processo este que se revelou extremamente importante para a concretização deste trabalho, que para nós foi inédito. Podemos agora dizer que todos nós contribuímos para a «construção» de um MUSEU.
Também foi muito importante sentirmos que nós, os professores e os pais tínhamos formado um grupo. Foi um verdadeiro trabalho de colaboração entre todos.

Sempre Presente | Fernando Neiva.

SEMPRE PRESENTE

A exposição que partilhamos convosco, inaugurada já há algum tempo, é uma homenagem a Fernando Neiva.
Deixamos-vos com os detalhes desta iniciativa do Agrupamento, com um vídeo e a Folha de Sala da exposição, em homenagem a um professor que esteve «SEMPRE PRESENTE»,
Vale a pena conhecê-lo. Não deixem de ler e de o ouvir.

Inauguração "Sempre Presente | Fernando Neiva ". Foto de Nuno Nunes.
Fernando Neiva nasceu em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, numa época em que havia racionamento. Conta-nos que, com 9 anos, em 1951, não se podia jogar à bola na rua. Era proibido. E para ouvir rádio também tinha de ser baixinho.
Outros tempos…
Também não se “livrou” da guerra do Ultramar e foi em Moçambique que fez o serviço militar.
Coisas tristes, diz-nos ele, mas sobre as quais não está interessado em falar.
Apesar destas circunstâncias, lembra-se de ter uma infância e juventude muito felizes.
- Fui sempre feliz em cada época - conta-nos com o rosto inundado de vida.
É com um sorriso largo e olhos brilhantes que nos contagia com a sua paixão em inventar e construir coisas com tudo o que lhe aparece, mesmo que seja a partir de um prego velho. Foi sempre assim, desde criança. De uma coisa cria outra e inventa sempre.
-Todos os dias invento - diz.
Recorda o cheiro a madeira de uma serração que existia perto de sua casa e dessa memória surgem as imagens dos brinquedos que construía.
Da infância conserva também o gosto em «guardar tudo». Era, como nos diz, “Um Guardador de Coisas”, colocando-as em caixas e gavetas que se foram preenchendo de lugares, de pessoas e de tantas recordações.
Recostado numa cadeira no espaço que, a partir de hoje, se passa a designar “Fernando Neiva”, afinal sempre foi dele, revive os momentos em que o seu pai queria que ele tirasse o curso de Engenharia. Mas não era isso que ele queria…
Também não pensava em ser professor…
Um dia, ia na rua, encontrou um amigo, por mero acaso, que lhe disse que havia falta de professores e havia vagas para professor de Trabalhos Manuais.
E, um ano depois, aos 18 anos, fruto deste acaso, iniciou a sua carreira de professor, que nunca o haveria de deixar sair da escola.
Passou por várias escolas. Foi na Eugénio dos Santos que se profissionalizou, mas foi aqui, na EB2/3 Almeida Garrett, em 1986, que se haveria de tornar SEMPRE PRESENTE.
De 1986 até hoje, nunca deixou de vir, ainda que em 2001 se tivesse aposentado, mas voltou para cá outra vez.
Há trinta e seis anos que nunca deixou de cá estar…
Emocionado, diz que «A raiz da sua existência é a escola», é a sua SEGUNDA CASA, onde vem todos os dias e se sente feliz por estar Aqui.
É, na sua segunda casa, que estão reunidas em algumas das suas coleções: brinquedos, caixas de fósforos, cassetes VHS, canetas, postais, que o fazem recordar os espaços vividos, os tempos felizes e as pessoas que habita(ra)m a sua viagem feita de tantos instantes.
E de acasos…
Cada uma delas tece um pedaço de vida com os fios das memórias que atravessam com palavras e imagens o olhar dos tempos. “De uma vida plena de entusiasmo”, como nos conta.
Já no final da nossa conversa, recosta-se ainda mais na cadeira, como se faz numa casa que é nossa, deixa passar uns instantes, como se se preparasse para falar com todos os que habitam e habitaram a escola. E, com um olhar a transbordar de verde, sorri e deixa fluir o pensamento:
- Fiquei e estou bem… Gosto das pessoas. Sou muito feliz, Aqui… SEMPRE PRESENTE.

“UMA ESCOLA, UMA VIAGEM, VÁRIOS DESTINOS”

Por
Teresa Gil*

O título que se propõe não é original, é o lema do Projeto Educativo do Agrupamento. É importante, ao longo do percurso da sua vigência, recordá-lo, pois o mesmo vincula toda a comunidade educativa a determinados princípios e valores humanistas, quer sejam estes educativos, sociais, éticos, culturais e artísticos.
Porquê falar no Projeto Educativo? Porque, sendo este um instrumento de autonomia das escolas, possibilita que cada agrupamento e que cada comunidade defina, para si próprio, a sua orientação educativa e formativa. As mudanças de paradigma, as necessidades de contexto e as necessidades da comunidade escolar, que vinculam o agrupamento a alterar o seu planeamento estratégico e organizacional e a clarificar as suas intencionalidades educativas, encontram-se consagradas no Projeto Educativo. A sua apropriação e o mecanismo desencadeador de um processo de interiorização de valores e de construção de uma cultura e de uma identidade próprias pressupõem uma visão partilhada e uma missão comum a cumprir.
O lema “Uma escola, uma viagem, vários destinos” compromete a escola e os seus agentes, por um lado, a preservar os valores e a dignidade humana e, por outro, a desenvolver um processo educativo de qualidade, equitativo, inclusivo e promotor de igualdades de oportunidades. Compreende, ainda, o desenvolvimento pleno e o progresso social de Todos, consubstanciado numa participação atuante, dinâmica, crítica e criativa.
 
*Presidente do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas Almeida Garrett
22/05/2022


ARTES PLÁSTICAS

Abstracto, branco, tóxico e volátil , Julião Sarmento | 11 maio a 31 dezembro 2022 | Museu Coleção Berardo - Arte Moderna e Contemporânea

 

TEATRO & CINEMA

Catarina e a Beleza de matar fascistas, de Tiago Rodrigues | 6-10 julho 2022 | Qua.-Sáb. às 19h | Dom. às 16h | Sala Garrett

DANÇA

Festival ao Largo - Concerto Barroco, Passo Continuo, Snow , CNB | 15,16,17 de julho | Lisboa, Largo do Teatro Nacional de São Carlos

MÚSICA

Swing Cigano, Homenagem a Django Reinhardt,  no Cabo Ruivo | Fábrica Oitava Colina | 8,9 e 10 de julho | vários horários
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FICHA TÉCNICA

Conceção - António Limpo e Elisa Marques
Design Gráfico - António Limpo
Textos - Elisa Marques
Revisão de Conteúdos - Clara Santos
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