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Em viagem recente para o Pantanal, um grupo de campo da Ecoa constatou uma situação trágica: animais, principalmente onças pintadas, estão se aproximando, cada vez mais, das casas de ribeirinhos em busca de alimentos. Porcos, galinhas, bezerros e cachorros da população local foram atacados com frequência muito maior do que em anos anteriores. 

Há grande risco de ataques aos moradores da região, em especial a crianças e idosos. Uma ribeirinha relatou que uma onça chegou a entrar em sua casa para tentar capturar seu cachorro. Os relatos são principalmente no trecho a montante de Corumbá (MS), entre a região do Paraguai Mirim e a Barra do rio São Lourenço, nas proximidades do Parque Nacional do Pantanal.

Membros da Ecoa sempre “conviveram” com onças no Pantanal, inclusive em situações que, junto com moradores, evitaram ataques a porcos. Alguns moradores como Vicente, indígena Guató da Barra do rio São Lourenço, sempre levam consigo a zagaia, arma de defesa frente a ataque de onças. Mas agora a Ecoa teme que o quadro apresentado acima se agrave, podendo ocorrer ataques à humanos, principalmente crianças.

É natural que se pense que esse novo cenário tenha a ver com os incêndios de 2020. Portanto, reforçamos que o problema não é a onça em si, mas o risco para os moradores e a possibilidade dessa mudança estar relacionada com os incêndios. 

Pesquisadores do Pantanal, incluindo nosso diretor científico Rafael M Chiaravalloti, estimaram a morte de 17 milhões de vertebrados como causa direta dos incêndios. Este número é possivelmente menor que o número real, se considerarmos os impactos indiretos dos incêndios. O estudo, publicado na revista Scientific Reports, aponta possíveis consequências desses incêndios, como por exemplo, quebra de alguns ciclos ecológicos, o que poderia levar a mudança de comportamento das onças.

Ainda é cedo para definir se há uma relação entre o aumento repentino de onças pintadas nas áreas ocupadas pelas comunidades ribeirinhas e os incêndios, no entanto, é algo importante para ser investigado.

Confira o alerta feito pelos diretores da Ecoa
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