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Conheça os deputados que destroem o meio ambiente e não respeitam os trabalhadores
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Ao menos 16 deputados federais somam mais de R$ 1 milhão em multas ambientais do Ibama. Desmatamento, caça e pesca ilegais, bem como construção em área de preservação sem autorização prévia, estão entre as principais infrações cometidas pelos parlamentares multados.
As informações podem ser consultadas no Ruralômetro, ferramenta desenvolvida pela Repórter Brasil que, desde 2018, avalia a atuação dos deputados federais diante de votações e projetos de lei que impactam, positiva ou negativamente, o meio ambiente, os povos indígenas e os trabalhadores rurais.
Dos 16 políticos punidos pelo Ibama, 13 tiveram atuação legislativa desfavorável à agenda socioambiental, segundo mostra a reportagem "Deputados somam mais de R$ 1 milhão em multas ambientais do Ibama" baseada no Ruralômetro.
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A ferramenta desenvolvida pela Repórter Brasil permite saber ainda quais empresas de deputados têm multas por trabalho sem carteira, calote no FGTS e jornada sem folga. Pelo menos 25 parlamentares foram autuados por infrações trabalhistas entre 2011 e 2021; com patrimônio declarado de R$ 32 milhões, Magda Mofatto (PL-GO) é a campeã de irregularidades.
Para quem pretende reeleger um deputado é essencial consultar o Ruralômetro. É possível saber, por exemplo, que 68% da Câmara vota contra meio ambiente, indígenas e trabalhadores rurais.
Os números indicam o avanço da “nova direita” no Legislativo e mostram também o poder em Brasília da Frente Parlamentar da Agropecuária, conhecida como bancada ruralista, que tem influência hoje sobre dois terços da Câmara num momento em que o Congresso assume as rédeas da agenda política nacional, em sintonia com o Executivo.
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Ainda no assunto eleições, a Repórter Brasil revelou em agosto que empresários pró-golpe têm ligação com desmatamento na Amazônia e no Sul do país. A Sierra Móveis, empresa cujo proprietário defendeu golpe de Estado em um grupo de WhatsApp, exalta em seu site sua preocupação com o meio ambiente. Fora da internet, porém, a fábrica de Luiz André Tissot compra madeira de fornecedores que desmatam ilegalmente a Amazônia.
O levantamento revelou ainda infrações ambientais cometidas por outro empresário pró-golpe do grupo, Marco Aurélio Raymundo, o Morongo. Ele e sua empresa Mormaii – loja de artigos esportivos que prega desenvolvimento sustentável e contato com a natureza – foram multados por desmatamento em uma área protegida em Santa Catarina.
Outra reportagem publicada em agosto consultou os programas de governo dos três presidenciáveis favoritos, segundo as pesquisas, e analisou as propostas para a regulamentação do trabalho em aplicativos de transporte e de entrega. Bolsonaro, Lula e Ciro Gomes defendem a regulamentação da atividade em seus programas de governo.
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O legado de Bruno e Dom: a união entre os vigilantes do Vale do Javari e os Guardiões da Floresta do povo Guajajara
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Antes de ser assassinado no Vale do Javari, no Amazonas, o indigenista Bruno Pereira tinha um encontro marcado: viajaria até a Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, para promover um intercâmbio entre os defensores dos dois territórios: os Guardiões da Floresta Guajajara e os amazonenses do Javari. A Repórter Brasil e o jornal inglês The Guardian acompanharam durante uma semana o encontro entre os povos.
Laércio Guajajara conta que os guardiões nasceram por conta da omissão do governo na proteção aos territórios demarcados. Quando o monitoramento de defesa foi iniciado, existiam 78 pontos de entradas de invasores no território, principalmente madeireiros. Atualmente, são apenas três entradas.
Apesar do sucesso das operações, eles pagam um preço alto: em menos de 20 anos, foram 48 assassinatos do povo Guajajara. Além dos treinamentos, acompanhamos uma ação de busca por invasores dentro da terra indígena, quando equipamentos usados por madeireiros foram queimados.
Leia a reportagem completa
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Indígenas, quilombolas e sem-terra são ameaçados em três regiões do Pará
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Se os indígenas no Maranhão são atacados por madeireiros, no oeste do Pará a maior ameaça é o garimpo ilegal de ouro. Um relatório da Repórter Brasil revela 157 ocasiões em que retroescavadeiras foram apreendidas pelo Ibama em áreas de mineração ilegal e mostra como os fabricantes de maquinário agrícola fecham os olhos para o uso criminoso de seus equipamentos
Intitulado “A Arma do Crime: Como equipamentos agrícolas e de construção civil estão contribuindo para o desmatamento ilegal da Amazônia”, o relatório traz dados que mostram o tamanho do problema.
Nossa reportagem também foi ao nordeste do Pará para mostrar como plantações da Brasil BioFuels estão sobrepostas a áreas reivindicadas por indígenas e quilombolas. Cercados por plantações de dendê, moradores dos quilombos Nova Betel, Alto Acará Amarqualta e da Terra Indígena Turé Mariquita vivem um cenário de terror desde que a produtora de óleo de palma, que afirma ser a maior da América Latina, se instalou na região, a 200 km de Belém.
Já na região do Xingu, as famílias que vivem no Lote 96, em Anapu, sofreram três ataques desde maio, com casas e escola queimadas e tiros contra os moradores. Freiras e servidores do Incra também são alvo de opositores da reforma agrária, mostra a reportagem: Com criação de assentamento parada, ataques contra sucessores de Dorothy Stang se agravam no PA.
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Outros impactos e denúncias da Repórter Brasil em agosto:
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