Bom dia!
Tenho lido muito sobre medicina preventiva, uma abordagem que foca mais na prevenção das doenças do que no tratamento delas. E não há um único especialista que não aponte a qualidade do sono como fator diretamente ligado à saúde. Para ter uma boa qualidade de sono, é preciso ter rotina – hábitos relacionados à alimentação, aos horários e até ao ambiente, que garantem aquele soninho gostoso e reparador. Mas depois de tantos meses de pandemia, com tudo funcionando diferente do que deveria ser, quem é que anda conseguindo manter a rotina? Eu não tenho, certamente. Nem meus filhos.
A pandemia trouxe o ensino remoto e uma mudança completa na rotina das crianças, trazendo uma série de prejuízos à saúde, incluindo o sono. Cresce nos consultórios as queixas de pais sobre a dificuldade de dormir dos filhos. Insônia, pesadelos, terror noturno... tudo isso aparece no relato dos pais. Muitos pequenos que já estavam acostumados a dormir sozinhos, tiveram um retrocesso: não conseguem mais pegar no sono sem a presença dos pais.
Segundo uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 52% das crianças estão apresentando problemas de sono. Em entrevista à editora Verônica Fraidenraich, a neuropediatra Liubiana Arantes, coordenadora do estudo, explicou os fatores que estão levando a uma estatística alarmante: é o mesmo que dizer que de cada duas crianças brasileiras, uma não consegue descansar como precisa para continuar se desenvolvendo bem.
E também vem de uma pesquisa outro destaque desta edição. Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) identificaram a causa da “puberdade precoce”. Meninas de 8 e 9 anos com pelos pubianos, mamas e menstruação; meninos da mesma idade com pelos no rosto e voz grossa. Existe uma explicação para isso – como para tudo que acontece durante o desenvolvimento dos nossos filhos – e a descoberta auxilia em novos tratamentos. Com informação confiável, fica mais fácil passar por todas as fases, não?
Boa leitura!
Alimentação
Você é do tipo que obriga seu filho a “raspar o prato”? Escuta, de fato, quando ele te diz que está com fome? A psicóloga Elisabeth Wajnryt, especialista em transtornos alimentares, fala nesta entrevista sobre como os pais são modelos e devem abandonar truques e joguinhos para fazer a criança comer.
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Saúde
Você já deve ter ouvido a expressão “dormindo como um anjinho”. Sempre associamos o sono das crianças a um momento profundo de paz. Mas desde o início da pandemia essa realidade mudou por completo. Os consultórios estão lotados de famílias lutando contra distúrbios como insônia e terror noturno. Segundo pesquisa recente, 1 em cada 2 crianças está dormindo mal.
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Nas telas
Lançada neste mês na Netflix, a série “Sweet Tooth” é uma adaptação de uma coleção de quadrinhos de sucesso da DC Comics, do canadense Jeff Lemire. A história de um vírus fatal e o surgimento de seres híbridos, misto de humanos e animais, num ambiente pós-apocalíptico, permite paralelos com a nossa tragédia contemporânea. Lemire conta que, quando escreveu a história, há uma década, “não tinha ideia do que estava por vir”.
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Coronavírus
O jornalista Roberto Gazzi, um dos fundadores da Canguru News, escreve sobre as convergências nas reflexões recentes de dois economistas e como o Brasil se afunda nas desigualdades sociais e compromete cada vez mais as futuras gerações, sobretudo as crianças que tiveram os pais mortos pela covid-19.
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Saúde
Algumas meninas, a partir de 8, 9 anos, começam a ter pelos pubianos, mamas desenvolvidas e até mesmo a primeira menstruação. Os meninos, ainda pequenos, já engrossam a voz e pelos começam a crescer no rosto. A puberdade precoce é uma realidade para muitas famílias e foi desvendada por pesquisadores da USP.
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Comportamento
A colunista Magda Gomes Dias compartilha sua experiência de assistir aos músicos italianos em um festival e conta como a história desses jovens a fez refletir sobre a importância da liberdade no desenvolvimento humano.
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Diversão
O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) preparou uma extensa programação especial neste mês para adultos e crianças. São oficinas de histórias, jogos e brincadeiras, além de exposições virtuais.
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Educação
Ao longo da vida, todos nós vamos tomar decisões que envolvem dinheiro. Mas, afinal, quem ensina as crianças sobre esse assunto? O colunista Carlos Eduardo Costa, economista, discute o papel da família e da escola quando o tema é educação financeira.
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Obrigada por seu tempo. Até sábado!
*Com Amanda Nunes Moraes, Malu Delgado e Verônica Fraidenraich.