Copy
Ler este e-mail no browser.

NUCLEAR #15 Diamond Life

Olá! 

Hoje escrevo e assino a newsletter na primeira pessoa. Em Dezembro do ano passado, enquanto desenhava este projecto, assisti a uma aula, na pós-graduação que frequentava, sobre jornalismo comunitário e colaborativo. Uma tendência crescente em meios locais, que procuram dar voz às comunidades onde se inserem. NUCLEAR não é, nem pretende ser, um projecto de jornalismo mas inspira-se assumidamente nele. É, sim, um espaço de partilha, reflexão e para ouvir música. Esta ideia de jornalismo comunitário deixou-me com vontade de convidar algumas pessoas a escrever para NUCLEAR. Dei a esta nova rubrica o nome de “Cartas” e podem ser lidas em www.culturanuclear.pt.  

“Cartas” são textos de diferentes autores, que são colegas, mentores e amigos, dedicados à transformação pessoal que a cultura é capaz de empreender na nossa vida. De que forma eleva a nossa experiência pessoal e colectiva. A primeira é sobre Beyoncé (era impossível evitar o impulso!) e pedi a Sérgio Bronze, médico e meu melhor amigo, que a escrevesse. Também escrevo a apresentação deste episódio na primeira pessoa por ser a melhor forma de descrevê-lo: todas as canções e reflexões são fruto da banda-sonora infinita da nossa amizade. 

Há músicas dos The Carters, Sinéad O’Connor, Janelle Monáe, Sade, Robyn, Jessie Ware e Bateu Matou. O episódio está disponível nas principais plataformas de streaming e reforço o convite para acompanharem as “Cartas” NUCLEAR. Abaixo fica um excerto da primeira e as referências habituais. 

Espero que gostem!

Tiago Fortuna

Clique aqui para ouvir
NUCLEAR é um podcast sobre energia cultural, com Tiago Fortuna, onde se pensa e fala sobre diversas artes, mas, sobretudo, ouve-se música. Existe tanto espaço para dançar como para chorar, tomando abrigo na liberdade que a cultura nos dá. 

CARTAS: "BLACK EFFECT" POR SÉRGIO BRONZE

Ler Carta completa em culturanuclear.pt

"Voltemos a 2004. Findados os tempos letivos, eis que me inicio na MTV. Os dias eram pasmacentos, e, sentado no sofá, surge Crazy in Love no ecrã. Não se esquece a primeira vez em que surge o olhar penetrante de Beyoncé neste vídeo. Não é só o talento vocal ou a capacidade de dança que atraem, havia já na altura um prenúncio de que estava a nascer uma das maiores estrelas da música pop. Todos sabemos que alguns amores nascem por motivos que nos são alheios, mas o meu amor pela Beyoncé tem um substrato identificável e concreto, que vos tentarei explicar. Beyoncé apresenta a característica de querer sublinhar a importância da diversidade como fator de enriquecimento social e cultural e disse em 2020: 

'To all those who feel different, if you’re a part of a group that’s called other, a group that does not get the chance to be center stage, build your own stage and make them see you. Your queerness is beautiful. Your blackness is beautiful. Your compassion, your understanding, your fight for people who may be different from you is beautiful. (...)
'One of the main purposes of my art for many years has been dedicated to showing the beauty of black people to the world, our history, our profundity, and the value of black lives.’


Beyoncé é agressiva e subtil nesta luta e tanto usa figurinos de black panthers em frente a milhões de pessoas que assistem ao Superbowl, como grava o vídeo de Apeshit num dos maiores templos da cultura ocidental que é o Louvre. É este desassossego e confronto de ideias que procuro na minha vida: na ciência a que me dedico e na arte que consumo. Mrs Carter tem sido companhia neste processo, e vê-la crescer tem sido motivo para crescer também."

Sérgio Bronze: Há 26 anos de volta dos livros e dos cds, dividindo o seu tempo entre a medicina, os amigos e as várias ramificações da cultura. Beyoncé é para uns guilty pleasure, para ele a fonte de devoção. Interno de Gastrenterologia no Hospital Santa Maria, onde se sente realizado a ouvir os doentes, fazendo desse o principal momento diagnóstico. A música é desde cedo vista como evasão, sendo frequentador assíduo da sua concretização ao vivo.

VER

Sinéad O'Connor no Saturday Night Live, em 1992, numa actuação mítica em que interpreta “War”, de Bob Marley, e rasga uma foto do Papa João Paulo II em protesto contra o abuso sexual de crianças. 

"I’m not a pop star. I’m just a troubled soul who needs to scream into mikes now and then.” 

Sinéad O'Connor, New York Times

LETRA

So you think I'm alone?
But being alone's the only way to be
When you step outside
You spend life fighting for your sanity
This is a cold war
You better know what you're fighting for

 

“Cold War”, Janelle Monáe

Spotify
Website
Email
Parceira de Comunicação:
Subscrever esta newsletter
www.culturanuclear.pt

Copyright © 2021
Tiago Fortuna
All rights reserved



You can update your preferences or unsubscribe from this list.






This email was sent to <<Email Address>>
why did I get this?    unsubscribe from this list    update subscription preferences
NUCLEAR · Rua Venancio Da Costa Lima 121 · Quinta Do Anjo 2950-701 · Portugal

Email Marketing Powered by Mailchimp