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A partir deste número #40 das newsletters da Desvelar teremos edições temáticas periodicamente! Quem gostou dos disparos especiais sobre hip-hop ou Covid-19 ficará feliz com muito do que virá. E serão números com convidades especiais: estudantes de graduação, mestrado ou doutorado que estão ocupando a academia e criando pontes afrodiaspóricas de conhecimento.

Hoje, a graduanda Amanda Aparecida é a convidada com o tema afrofuturismo e tecnologias ancestrais. Veja abaixo o que ela selecionou pra gente e também mais sobre ela ao final:
DESTAQUE:
Podcast Afrikafé - Tecnologia Ancestral
Este episódio do podcast Afrikafé, apresentado pela multiartista Janamô e a filósofa Katiuscia Ribeiro, aborda o tema Tecnologia Ancestral com participação de Morena Mariah. Pontua noções que abordam métodos de desenvolvimento e comunicação desenvolvidas por pessoas africanas e que perduram através da história, que perpassaram o período da escravização, conceituado como o fim do mundo, e se encontram no tempo presente como heranças dessa ancestralidade, mesmo que subjugadas dentro do contexto ocidental e colonial de conhecimento e tecnologia.
TECNOLOGIAS ANCESTRAIS E  AFROFUTURISMO:
Palestra Nina da Hora
Nesta palestra oferecida a Unicamp durante a semana de divulgação científica, Nina da Hora apresenta outras perspectivas acerca da Ciência da Computação a partir de uma elaboração afrocentrada. Abordando análise algorítmica e sua relação com pessoas negras, pauta a possibilidade de construção de futuros através das redes. Discute divulgação da produção cientifica promovida por pessoas negras através da história, apresentadas no podcast Ogunhê - que saúda a Ogum, Orixá da Tecnologia e do ferro - que reforça a elaboração de tecnologias que se desenvolveram no continente africano e na diáspora.
Sueli Carneiro e o dispositivo de racialidade
Neste episódio do podcast Dazumana: Ciência sem jaleco, convida Rosana Castro para revisão literária da tese em Educação da doutora Sueli Carneiro. Denominada “A construção do outro como não ser como fundamento do ser” é uma tese potente que dialoga com a filosofia de Michael Foucault, acionando as noções de dispositivos, reconhecendo suas vulnerabilidades na análise social no contexto da sociedade brasileira e elaborando o conceito do Dispositivo da racialidade, que denota o racismo como uma tecnologia de poder.
Podcast - Afrofuturo
O podcast Afrofuturo, apresentado por Morena Mariah, traz discussões acerca da cultura africana e afrodiaspóricas através de temas diversos que dialogam que constroem noções históricas de construção de saberes. Os diálogos sobre os vários assuntos abordados através do afrofuturismo, divulga por meio de entrevistas e reflexões as construções ancestrais de tecnologia que se desdobram através da diáspora, na intenção de promover um retorno ao acesso a uma cosmovisão proposta a partir dos conhecimentos produzidos por pessoas negras através de diferentes tempos históricos.
Design e tecnologia na escravidão
A obra da autora Heloisa Hariadne, presente no acervo do Museu Afro Brasil, traz a reflexão sobre as noções da contribuição das culturas negras para a sociedade brasileira, que construída sobre o imaginário do cultural exótico sobre as sociedades africanas e assim submete as contribuições cientificas ao esquecimento. Desta forma, a artista causa um deslocamento desta narrativa, através de sua identidade visual destacas em suas (de)formas e cores vibrantes, em celebração ao desenvolvimento dos conhecimentos tecno-cientificos que permeiam até hoje.  Embora Heloisa não se intitule como afrofuturista, suas obras sempre constroem narrativas sobre o corpo negro através de si mesma e de imaginações de forma magica e sensível, refletindo sobre a própria existência.
Para além da estética robótica
No formato de fio, a artista multidisciplinar Nazura divulga em seus tweets o conceito do afrofuturismo para além da estética, De Sun Ra a conceituação do termo por Mark Dery, em 1994. A sequência traz nomes consagrados da vanguarda do movimento norte americano, e obras que deslocam o olhar sobre as pessoas negras para outra ótica que não a do racismo. Nas redes e em sua atuação artística, Nazura reflete sobre o afrofuturismo e a cultura hip-hop e outros diálogos sobre a arte decolonial, através da construção do projeto Descolonizarte e tecnologia através da Revista AzMina.
Performance - Disruptiva
Performada por Zaika dos Santos - multiartista, cientista e divulgadora do afrofuturismo e africafuturismo – Disruptiva, aborda noções sobre o corpo digital borrando noções entre arte, ciência e tecnologia no tempo presente. Utilizando o recurso do audiovisual, aborda questões de hierarquia e disputa de discursos no mundo virtual através de linguagens como a do racismo algorítmico, assim como as possibilidades de rupturas e disruptivas nesse meio.
Afrofuturismo: a necessidade de novas Utopias
Dialogando sobre sonhos, utopias e desejos de futuros possiveis, Nataly Nery pontua o afrofuturismo como um conceito simples, “a ideia radical de que pessoas negras existem no futuro". Reflete sobre o atravessamento do movimento em si, que o pensa enquanto conceito e filosofia de vida, a partir da existência e bem viver de pessoas negras em todas as suas possibilidades de existir no mundo.
Reflexões artístico-filosóficas sobre a humanidade
Nesta aula pública na PUC-RIO, Aza Njeri apresenta sobre sua pesquisa de pós doutoramento intitulada “Reflexões artistico-filosoficas sobre a humanidade”, desenvolvida a partir da filosofia africana e afrodiaspórica que reconhece a sua própria humanidade a partir do reconhecimento na humanidade do outro. Propõe a humanidade solar, em teia, a partir de várias segmentações artísticas e filosóficas voltada as pessoas negras. Sua pesquisa se desenvolve através desse grande “EU” criado pelo ocidente e fomentado pela indústria cultural e das ciências no segmento de estabelecer barreiras para com o outro.
Características fundamentais das narrativas afrofuturistas
Elaborado a partir da reflexão acerca do que delimita uma narrativa afrofuturista, texto de Fábio Kabral apresenta 4 características propostas como limites,. Com base nas suas pesquisas sobre a tematica afrofuturista o autor propõe uma perspectiva de eixos de construção de narrativas, com enfoque no ramo literário, que é sua área de atuação. Kabral é autor das obras O caçador cibernético da rua 13 (2017), A cientista guerreira do facão furioso (2019) e cria, na ficção especulativa, o termo Macumbapunk.
Mulheres negras, tecnologias e resistência
Dulcilei C. Lima e Tais Oliveira, pesquisadores em ciências humanas e sociais, propõem uma análise do desenvolvimento do campo tecnológico a partir das intersecções de gênero e raça, investigando a tomada contra hegemônica de tecnologias por mulheres negras, que incorporam esses saberes a mecanismos de sobrevivência, contextualizando lutas sociais e políticas no campo digital.
PARA (RE)DESCOBRIR E CITAR REFERÊNCIAS:
Sueli Carneiro
Sueli Carneiro é uma ancestral a qual temos a honra de viver em sua contemporaneidade. Sua contribuição para a formação do pensamento intelectual negro brasileiro e a atuação no movimento negro, principalmente o movimento de mulheres negras, é imensurável. A autora da obra Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil - obrigatória para refletir as bases de construção e desenvolvimento social - é a fundadora de iniciativas como o Geledés- Instituto da mulher negra, primeira org de mulheres feministas negras a fundada na cidade de São Paulo, e que seu site ainda é plataforma de divulgação científica. Debate sobre como as estruturas sociais atuam a favor do racismo, que se configura como uma tecnologia de poder, interferindo no bem viver das comunidades negras.
Aza Njeri
Aza Njeri é atuante de diversas áreas da produção do conhecimento presente na academia, cenário do audiovisual, mídias digitais e literatura. Reflete e divulga possibilidades de existência para pessoas negras a partir da perspectiva da filosofia e cosmovisão africana. Conta com os títulos acadêmicos de Pós Doutorado em Filosofia Africana/UFRJ, Doutorado em Literatura Africana/UFRJ e é professora na UGB/NI e possui canal no YouTube onde discute temas que dialogam com a perspectiva afrofuturista e decolonial, assim como em suas diversas participações em outros segmentos da mesma linha temática.
AUTORA DESTE NÚMERO ESPECIAL:
Amanda Aparecida
Atua nas áreas da História e do audiovisual, por meio da pesquisa e produção através do afrofuturismo, buscando diálogos entre formas de autoinscrição, corpo e ambiente sociodigital, através dos discursos das redes e das mídias por meio de uma metodologia afrocentrada, buscando borrar barreiras entre o real e o ficcional.  
COLABORE:
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Livros da Desvelar
A Desvelar desenvolve publicações como Comunidades, Algoritmos e Ativismos Digitais: olhares afrodiaspóricos. Disponível para compra ou download, a obra reúne 14 capítulos sobre tecnologia e internet com autoras de Brasil, EUA, Gana, Nigéria, Etiópia e mais. A próxima coletânea já está no forno, apoie para que se tornem em muitas! :)
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