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30 de agosto de 2021

Steve Jobs é provavelmente o CEO mais popular de sempre e, dez anos após a sua morte, o único executivo a gozar de um reconhecimento semelhante (em termos de legião de fãs) é Elon Musk.

Nesta edição, analisamos o legado de Tim Cook, o sucessor de Jobs na Apple, que, apesar de não ser tão carismático nem popular, levou a empresa a novos e surpreendentes patamares de sucesso. 

Obrigado por nos acompanharem,

Miguel Magalhães

Long Stories Short 

 10 anos depois de Jobs 

O início da era Cook na Apple não aconteceu pelas melhores razões. A 24 de agosto de 2011, o atual CEO da Apple substituiu o seu lendário fundador Steve Jobs, que enfrentava complicações de saúde devido a um cancro no pâncreas. Jobs partiu demasiado cedo, mas deixou um legado que em muito ia influenciar aquela que seria a liderança de Tim Cook.

Cook, agora com 60 anos, chegou à Apple em 1998, depois de 12 anos na direção das operações da IBM e de apenas 6 meses num cargo semelhante na Compaq. Hoje em dia, dificilmente encontra um computador da marca, no entanto, em 1998, a Compaq estava numa posição bastante mais favorável que a empresa da maçã (que tinha visto uma quebra de 50% nas suas receitas num espaço de 3 anos). Na altura, a sua saída repentina foi vista como uma decisão de risco por parte do mundo empresarial, mas para Cook foi óbvia, depois de conversar uns minutos com Jobs e compreender o plano que tinha delineado para a “nova” Apple. Imaginamos que tenha sido
algo deste género.

O caminho para a Apple se tornar na empresa mais valiosa do mundo em 2011, após uma década onde apresentou produtos revolucionários como o iPod, o iPhone e o iPad, foi trilhado maioritariamente com Tim Cook como “nº 2” de Steve Jobs. São-lhe atribuídas as eficiências que a Apple conseguiu ganhar no seu processo de produção, permitindo não só que pudesse continuar a praticar preços premium com uma margem de lucro bastante mais significativa, mas também que pudesse fazer os produtos chegar ao mercado de uma forma bastante mais rápida.

Apesar de tudo isto, no momento de ocupar o lugar de Jobs, voltaram a ser levantadas imensas questões. Seria possível igualar Jobs? Seria este o início do fim para a Apple? 

Quem assim pensou não podia estar mais longe da verdade e os números da última década comprovam isso:

  • A valorização da Apple em bolsa cresceu +700% para 2.5 biliões (trillion em inglês) de dólares, continuando a ser a empresa mais valiosa do mundo.

  • Quando Cook assumiu a liderança, a Apple registava 108 mil milhões de dólares em receitas. Em 2020, apresentou vendas no valor de 274.5 mil milhões de dólares.

  • Em pleno 2021, a Apple é a empresa mais lucrativa no mundo inteiro.

Como é que isto aconteceu?
Em primeiro lugar, a
Apple, ano após ano, modelo após modelo, foi vendendo cada vez mais iPhones. Estima-se que em 2011 tenham sido vendidos cerca de 72 milhões de unidades. Em 2020, esse número estava perto dos 250 milhões, o equivalente a cada português comprar 25 iPhones num ano, para colocarmos em perspetiva.

Em segundo lugar, introduziu novos produtos, também conhecidos por wearables, como o Apple Watch e os AirPods que, atualmente, faturam mais do que a maior parte das empresas cotadas em bolsa.
Na apresentação de resultados mais recente da Apple para o segundo trimestre deste ano, só esta categoria era responsável por 8.8 mil milhões de dólares em vendas, um valor superior, por exemplo, às receitas da Netflix para o mesmo período (7.3 mil milhões de dólares).

Por último, na era do ecommerce e do streaming também apostou em serviços como o Apple Pay e o Apple Music que, no ano fiscal de 2020, representaram 17 mil milhões de dólares. E, claro, também há aquela "pequena" plataforma chamada App Store que hoje já conta com mais de 2 milhões de aplicações gratuitas e pagas, às quais a Apple cobra uma modesta taxa de 30% das receitas. 

O legado de Cook
Além da posição onde colocou a Apple, existem outros dados interessantes relativamente a Tim Cook. O mais notório é o facto de se ter tornado no primeiro líder de uma empresa da Fortune 500 a assumir-se como homossexual e a ser uma voz ativa dos direitos LGBTQ+ no mundo empresarial. Embora este ativismo também esteja presente em alguns temas políticos e ambientais, o CEO da Apple tem sido alvo de críticas pela influência direta que a sua empresa tem em problemas como a poluição, a exploração de mão de obra barata ou mesmo a privacidade dos seus consumidores.

O derradeiro fun fact está relacionado com a sua fortuna. Apesar de ser líder da maior empresa do mundo, Tim Cook tem uma riqueza (~1.5 mil milhões de dólares) bastante inferior à de nomes como Jeff Bezos (Amazon) ou Mark Zuckerberg (Facebook). Isto deve-se ao facto de não ser um fundador original da Apple e de parte do seu rendimento nos últimos 20 anos estar associado aos cargos que desempenhou e não à valorização de uma participação que tivesse na empresa.

No entanto, como “prémio” de 10 anos ao leme da empresa da maçã, Cook recebeu 5 milhões de ações da Apple avaliadas em
750 milhões de dólares. Não é o suficiente para ficar perto dos seus “rivais”, mas talvez seja o suficiente para se manter no cargo mais uns aninhos.

Pergunta Bónus: Quem é, para vocês, o melhor CEO?
1) Steve Jobs
2) Elon Musk
3) Tim Cook


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The Next Big Idea apresenta...

 NFTs. O futebol produz obras de arte  

A RealFevr é uma empresa de sports tech que começou por trazer para Portugal o modelo das fantasy leagues, que nos EUA representam uma indústria de 18 mil milhões de dólares. Apesar do seu crescimento e de ter convertido mais de 1 milhão de utilizadores no mundo inteiro para a sua plataforma, o modelo de negócio da RealFevr não estava a resultar - leia-se, não estava a gerar o nível de receitas previsto - e era necessário pensar em novas abordagens ao mercado.

Foi neste período que Fred Antunes, CEO da startup, encontrou inspiração numa plataforma de NFTs desportivos chamada
NBA Top Shot. Apoiada pela liga de basquetebol americano, nesta plataforma os utilizadores podem adquirir jogadas dos seus jogadores favoritos e tornarem-se assim donos da versão digital desses momentos que está alojada numa rede de blockchain. E se isto fosse feito para o futebol, o desporto mais popular no mundo inteiro? Começa assim a nova etapa da Realfevr.

  • O que são NFTs, como podem ser adquiridos e a estratégia da RealFevr para conquistar este mercado foram alguns dos principais temas da conversa com o The Next Big Idea que pode ouvir na íntegra aqui.
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Elevator Pitch: VOA

 Pausa para água 

VOA é uma empresa especializada no desenvolvimento de produtos que permitem que consumamos uma água de melhor qualidade. E o que é uma água melhor?

  • Maior pureza, livre de vírus e bactérias
  • Maior alcalinidade, com ph superior a 9
  • Mais antioxidante
  • Mais hidratante
  • Mais rica em magnésio

Hera é a principal solução empresarial da VOA permitindo que as empresas tenham acesso a esta água diretamente nos seus espaços e que a possam disponibilizar aos seus colaboradores.

Visite o site da VOA e descubra o trabalho que esta empresa está a desenvolver.

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Vi algures na Internet  💻

Conteúdos que valem a pena espreitar:

Negócios. Sabe falar "empreendedorês"? Este artigo dá-lhe a definição de cinco expressões utilizadas na indústria da tecnologia. A partir de agora, se ouvir a expressão rubber duck (em português, “pato de borracha”) ou eat your own dog food (em português, comer a sua própria comida de cão), já não fica de fora da conversa.

A Era da Demissão. Nunca houve tanta gente a demitir-se do seu emprego desde o ano de 2000. Quase dois anos de pandemia foram, para muitas empresas, o período mais produtivo de sempre. A impossibilidade de sair de casa e o trabalho remoto aumentaram a disponibilidade laboral dos funcionários. Contudo, os efeitos do burnout (stress excessivo associado ao trabalho) estão a refletir-se agora, colocando em causa o reerguer da economia.
Um trabalho do Quartz que vale a pena ler.

Compre em 15 segundos. O TikTok e o Shopify (um serviço para lojas online) estão a trabalhar juntos no sentido de tornar a rede social chinesa num espaço no qual se pode
comprar produtos. A notícia não deve surpreender os utilizadores mais assíduos do TikTok, uma vez que a app tem vindo a ter cada vez mais publicidade a bens essencialmente direcionados à geração Z.

Afeganistão. O Airbnb já não é só uma empresa que arrenda alojamento a quem quer passar uns dias fora. A plataforma vai disponibilizar habitação a cerca de
20 mil refugiados afegãos a nível global. No Twitter, o CEO, Brian Chesky, descreveu a questão dos refugiados como “uma das maiores crises humanitárias do nosso tempo”.

Brexit. McDonald’s sem sumos e batidos, prateleiras do supermercado vazias, bombas sem combustível. Este foi o
cenário vivido no Reino Unido nas últimas semanas. O país atravessa uma crise histórica devido à falta de motoristas. Em causa, estão, essencialmente, regras de imigração pós-Brexit mais apertadas.

Café. Há quem não consiga sequer dizer “bom dia” aos colegas de trabalho sem beber um e este vídeo mostra o impacto da
“droga psicoativa mais usada no planeta” (90% dos adultos consomem todos os dias) em vários períodos da história, como o Iluminismo, a Revolução Industrial ou na segunda metade do século XX.

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Ronda de Investimento 

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E obrigado por contribuírem para uma informação de qualidade sobre o que faz mexer o mundo da inovação.

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Dois dedos de conversa

  • Esta newsletter é produzida pela MadreMedia e reúne histórias do admirável mundo da inovação e das empresas, por isso andamos sempre à procura de novas ideias e de novos projetos aos quais valha a pena dar o devido destaque. Às segundas-feiras na sua caixa de email.
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Ficha Técnica

Newsletter escrita por:

Miguel Magalhães e Catarina Marques

Edição:
Rute Sousa Vasco, Miguel Magalhães

Revisão:
Catarina Marques

Ilustrações:
Rodrigo Mendes, Diogo Gomes
 
            

                        
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