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Jornalzinho de Miudezas #9


Primavera chegou, passou setembro. Como foi o mês por aí? Hoje sentei aqui para começar a escrever e vi que já faz nove meses que esse jornalzinho chega até você. Nove meses! O tempo segue correndo, mas pelo menos tenho conseguido fazer com que minhas palavras acompanhem o ritmo. E o mais importante: estamos conseguindo, você e eu, viver essa troca tão essencial nas minhas horas. Obrigada por continuar aqui!
 

REFLEXOS E REFLEXÕES

Hoje faz uma semana que meu tio Gilmar encantou-se. Eu estava , passei os últimos quinze dias de sua vivência imersa, junto à minha família, nos cuidados todos que estavam ao nosso alcance, dedicados a ele. Voltei para casa no dia seguinte à despedida e ainda não sei direito como tudo se movimenta aqui dentro. 

Atendi, nos últimos dias, a algumas demandas que me preencheram. Fiz a arte do seu santinho e escrevi um texto sobre sua história, a ser lido na missa de hoje, sete dias. Sonho com ele todas as noites, celebro sua passagem nesse mundo a cada segundo, meu pensamento sempre volta para nossas lembranças, basta que haja um respiro. As saudades de uma semana parecem já contar alguns séculos. Dói. 

Dói, mas dói de um jeito que alivia e conforta. Foram tempos difíceis. Os últimos dias, em especial, extremamente sofridos. Foi o melhor. Ele precisava descansar e Deus atendeu aos seus pedidos das últimas horas. Está em paz. E nós também. 

Sem mais, não sei por onde caminhar as palavras. Talvez nem devesse escrever sobre isso por aqui, mas é esse o jeito mais fácil que encontro para desanuviar. Me desculpe o tom das últimas edições deste jornalzinho: não há por onde ir enquanto a vivência não segue mais dócil. 

 

LIVROS E MEMÓRIA AFETIVA 

Na série de livros e afeto, no Instagram, resgatei o livro “O menino no espelho”, de Fernando Sabino, esse mineiro que é um dos meus escritores favoritos e que sempre me entrega um abraço através dos seus textos. Para ler, basta você clicar aqui.
 

LITERATURA

Esse mês li apenas um livro, o “Primeiro eu tive que morrer”, livro de estreia da escritora Lorena Portela. Como conheci? Pela internet. O prefácio do livro foi escrito por Cris Lisbôa, escritora que tanto admiro e que este ano foi minha professora ali na Go, Writers!  Fui pelo título, confesso. E não, não me arrependi.



A história é delicada, sensível e ao mesmo tempo crua, rasgada, de coração recém-sangrando. Me remeteu à primeira vez que morri, em 2019. E com certeza vai conversar com você, mulher. É uma história sobre redescobrir-se, sobre aceitar a morte como parte de um processo de cura e renovação, uma história sobre chegar ao fundo do poço para desenterrar o amor-próprio, sobre coisas óbvias e cotidianas que enxergamos, vivenciamos e às vezes até elaboramos, mas não prestamos a devida atenção até que nos adoeça. “Primeiro eu tive que morrer” é um resgate, uma costura onde mulheres remediam umas às outras e a sororidade transborda como antídoto para a própria vida.  


       [Trecho do livro “Primeiro eu tive que morrer”]

Um livro bonito, ambientando no Ceará, em Jericoacoara. Um livro sobre amores. Um abraço, ao fim, seu com você mesma. Recomendo, muito.

Por aí, me indica alguma coisa levinha para outubro?

 

BLOG

Esse mês que passou o blog foi atualizado, depois de longo hiato. Entreguei uma crônica sobre mais um desses imbróglios que as relações entregam. Se você for ler, me conta depois se já te aconteceu daquele jeito? Espero que a leitura te agrade.
 

DELICADEZAS

Setembro não passou apenas entre tristezas e é por isso que sempre tento te lembrar sobre o poder da literatura. Esse mês, duas escritoras que muito admiro estão com livros recém-chegados por aí. Te conto.

A primeira delas é Larissa Fonseca, que conheci há alguns anos ali no blog “As Moscas na Janela”. A admiração foi imediata (e graças a Deus, recíproca). Já nos primeiros contos e poesias que li, não tive dúvidas: estava sendo preparada uma escritora incrível que precisava fazer morada em minha estante. Comentava isso direto em suas postagens. E agora, que está acontecendo a possibilidade de tê-la comigo, materializada entre folhas tão bem recheadas, sou sim mais feliz.

[Clicando na imagem você será direcionado à página
da Editora Coverge e pode ter uma prévia
da fluidez da escrita de Larissa Fonseca.]

 
Celebro o livro de Lari e sigo contando as horas para ele chegar no meu abraço. Sobre todo o processo acerca da produção dos “Contos de Descômodo”, ela conta aqui.

O segundo presente é a publicação do terceiro livro de Paula Gicovate, escritora que acompanho há mais de dez anos, desde um extinto blog, ainda sem nenhuma publicação literária, mas com uma escrita tão massa e natural que sempre inspirou a minha. Ninguém escreve o amor tão bonito quanto Paula: a prova disso é que seus dois primeiros livros não saem da minha cabeceira.



Para comprar o “Notas Sobre a Impermanência”, basta você clicar aqui. E para saber um pouco acerca do processo de escrita da autora, o caminho é este.

Tenha certeza de que estará bem abastecide caso possa e queira adquirir estas obras. É importante lermos mulheres. Apoiarmos mulheres. Levantarmos todas as bandeiras femininas possíveis. Avante!

Muito carinho meu,

Jaya Magalhães 
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Caso você tenha perdido alguma edição do nosso Jornalzinho de Miudezas, é só clicar aqui.






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Jaya Magalhães · Avenida Olívia Flores · Vitória da Conquista, Bahia 45028-100 · Brazil

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