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Eurolis Webinar 2021
A conferência anual da Eurolis - a associação europeia de bibliotecários, fundada em 2008 - teve lugar nos dias 3, 10 e 17 de novembro. Este ano, o tema da conferência foi "Soluções num cenário de pós-pandemia - a importância das iniciativas das bibliotecas e o impacto na geração mais jovem". Os oradores ajudaram-nos a refletir sobre a forma como as bibliotecas podem ter um papel vital de dinamização cultural em tempos difíceis como os que estamos a viver. A nossa convidada foi a Professora Doutora Ana Margarida Ramos e a Drª Inês Vila, cuja intervenção foi no dia 17 de novembro.
Veja aqui a gravação da sessão:
https://drive.google.com/file/d/1QG5bKg2XZE0t7gjtOoi95tL2VJ-VqFd-/view
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Sessões de leitura com escritores portugueses em várias escolas de Londres
Durante o mês de novembro e início de dezembro pudemos contar com a visita de escritores portugueses a várias escolas de Londres. Algumas dessas visitas foram presenciais, outras foram em linha, mas em ambos os casos os alunos mostraram-se muito entusiasmados por poderem conhecer os escritores, ouvi-los falar sobre os seus livros e poderem fazer-lhes perguntas sobre a sua vida como escritores e a sua obra. Nestas sessões, foram também realizados trabalhos pelos alunos, que poderão ver abaixo.
Afonso Cruz e Marta Bernardes - 17 de novembro
Os escritores Afonso Cruz e Marta Bernardes visitaram a Escola St. Paul´s, em Hammersmith, no dia 17 de Novembro, e estiveram com alunos da professora Vanda Araújo e do professor Pedro Marques, com idades compreendidas entre os 11 e os 14 anos. Antes da visita, os alunos leram alguns dos livros do Afonso Cruz, nomeadamente A contradição humana (alunos mais novos) e Os livros que devoraram o meu pai, (alunos mais velhos), tendo realizado algumas atividades acerca destas obras No dia da visita, após colocarem algumas questões aos autores do livro Barafunda, os alunos foram desafiados a arrumar letras, formas geométricas e ícones.
O Afonso Cruz e a Marta Bernardes também visitaram a Bolder Academy, onde estiveram com alunos da professora Fernanda Shepherd, no dia 18 de novembro. A partir de uma frase do Afonso Cruz, a professora pediu aos alunos que escrevessem e ilustrassem o que era a felicidade para eles. O Afonso e a Marta selecionaram 2 trabalhos e como prémio os alunos receberam livros autografados.
A Wyvil Primary School, em Vauxhall, recebeu no dia 3 de Dezembro a escritora Catarina Sobral, em linha. A sessão destinou-se aos alunos do 5º ano e foi subdividida da em duas: uma em português, para os alunos de PLH e outra em inglês, para os alunos de PLE. Os alunos e a professora Cristina Oliveira prepararam a visita com trabalhos baseados no livro Impossível .
Obrigada, Catarina Sobral, pela excelente dinamização das atividades. Os alunos adoraram o jogo “Partícula, largado, fugida” .
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Certificação Camões 2021
Decorreram no passado dia 20 de Novembro os Exames de Certificação do Camões I.P., uma época especial devido ao cancelamento dos exames no ano anterior, em consequência da pandemia. Os exames decorreram em três centros: duas escolas em Londres: Lilian Baylis, em Vauxhall e St. Paul´s Primary, em Hammersmith, e uma escola em Jersey, Highlands College, com um total de cerca de 167 alunos.
Lilian Baylis Technology School, Vauxhall, Londres
St. Paul´s Primary School, Hammersmith, Londres
Highlands College, Jersey |
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Sacred Heart, New Malden
Em novembro, iniciámos uma nova parceria com a escola primária Sacred Heart Catholic School, em New Malden (KT3 4ND). As aulas, lecionadas pelas professoras Fernanda Shepherd e Sónia Brites, decorrem às terças e sextas-feiras, em horário pós curricular, das 16h15 às 19h30. As 4 turmas são frequentadas por alunos do 1.º ao 13.º anos de escolaridade.
Para mais informações contacte-nos por e-mail para:
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NAS NOSSAS AULAS ACONTECE:
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Trabalhos sobre o São Martinho
Trabalhos de alunos da professora Vanda Araújo, Escola St. Paul´s
Lara Boas, ano 2, Escola Hillside, aluna da professora Anabela Costa
Isabella Armond, ano 4, Escola Hillside, aluna da professora Anabela Costa
Yara Pombo, ano 3, Consulado de Portugal em Manchester, aluna da professora Margarida Sousa
Leonor Paraíba Soares, aluna da Escolinha de Língua Portuguesa, Portadown, Irlanda do norte
Trabalho feito por alunos do alunos da Escola Grainville, anos 7 e 8, Jersey, alunos da professora Dorinda Barros
Maria Wightman, 8 anos, Escola St. Thomas More em Wood Green, aluna da professora Fernanda Shepherd
Trabalhos feitos por alunos da Escola St.Mark´s, em Mitcham, alunos da professora Sónia Brites
Escola St. John Bosco
Aula sobre a origem e a história do Pastel de nata
No passado dia 10 de dezembro, as turmas de Português Língua Estrangeira do 7º e 8º ano do St. John Bosco College tiveram uma aula diferente, com um cheirinho a Natal. Para a turma do 7º ano, a aula foi ainda mais invulgar, pois puderam também contar com a presença da Doutora Cátia Verguete, Adjunta da Coordenação de Ensino Português no Reino Unido, que gentilmente presenteou a escola com uma coleção de livros de literatura portuguesa para a biblioteca. Uma vez que o pastel de nata é já um ícone cultural de Portugal, a aula foi dedicada à sua origem e história. O pastel de nata e Cristiano Ronaldo são dois dos símbolos mais frequentemente associados a Portugal. Como o jogador não estava disponível... Os alunos aprenderam que o pastel de nata começou por ser uma criação dos monges que viviam no Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, Lisboa. Na sequência das lutas liberais de 1820-30, o rei da época decidiu expulsar as ordens religiosas dos conventos e mosteiros onde se encontravam. Forçados a sair do Mosteiro e a arranjar meios para sobreviver, um dos monges dirigiu-se à refinaria de açúcar existente perto do mosteiro e propôs que lhe vendessem uns pastéis. O dono aceitou. Perante o sucesso junto do público, os pastéis de Belém continuaram a ser vendidos lá. Mais tarde, passaram também a ser fabricados aí mediante uma receita secreta que vai passando de um chefe pasteleiro para o seguinte. Os pastéis tornaram-se tão populares que toda a gente começou a tentar reproduzi-los e de pastéis de Belém passaram a pastéis de nata, uma iguaria que já ultrapassou fronteiras e que, no Reino Unido, se encontra cada vez com mais frequência. O plano da aula incluiu mostrar um vídeo aos alunos que depois eles tiveram de recontar. Também realizaram atividades de desenvolvimento de vocabulário e de aspetos gramaticais específicos que os ajudaram a compreender a receita e os ingredientes necessários para fazer um pastel de nata. Depois de terem provado um pastel e votado na qualidade da iguaria, saíram da aula com uma receita para reproduzirem os famosos pastéis de nata em casa com as famílias.
As fotografias documentam o interesse e a vontade de saber mais que a atividade despertou.
texto do professor Carlos Ferreira
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Wyvill Primary School
A escola Wyvil Primary School, em Vauxhall, renovou o protocolo existente com o instituto Camões no sentido de alargar a oferta do ensino do português como língua estrangeira a toda a escola. Assim, passa a haver a oferta de ensino integrado a todos os alunos, desde o 1º ao 6º ano, incluindo a unidade de autismo, que funciona num outro edifício, em Kennington Park.
É aqui, nesta unidade, que eu sinto o verdadeiro desafio de ensinar português como língua estrangeira. Porque é que eu considero um desafio? Em primeiro lugar porque tenho grupos diferentes, dos quais dois com alunos não verbais. Depois porque, tendo em conta as características individuais de cada um, precisei de conhecer e entender as dificuldades e limitações presentes em cada grupo. Por último, e verdadeiramente desafiante, estão as estratégias e atividades que tenho vindo a utilizar. Uma vez que estes alunos têm uma capacidade visual, sensorial e auditiva (desde que o som e ritmo seja moderado) muito apurada, implemetei um modelo de ensino estruturado, consistindo na aplicação de atividades que promovam a aprendizagem da nossa língua.
Comecei em setembro, com o tema apresentação e identidade. Ensinei a dizerem “bom dia, boa tarde e boa noite” ao som da música do Panda, que associa cada momento a um gesto. Neste momento, tenho alunos que passam por mim, fora do contexto de sala de aula, e já me dizem bom dia, quer seja verbalmente, quer seja através do gesto que aprenderam com a música. Como esta atividade superou todas as expetativas, ensinei as cores com a mesma metodologia. Nas minhas aulas, utilizo muito a plataforma Wordwall como recurso que associa a linguagem escrita com a visual. Por exemplo, “Toca no azul” e os alunos terão de tocar na cor correspondente. Por serem atividades mais fáceis de manusear, ajudam os alunos com dificuldades motoras. Tudo tem de ser pensado ao pormenor: trabalhámos as emoções e sentimentos, construindo um relógio muito especial, em que mesmo os alunos não verbais podem exprimir como se sentem no final de cada atividade. Tenho muito orgulho nas conquistas que vamos fazendo, pois sem desafios não há evolução. Trabalho em conjunto com a equipa especializada da escola para conseguirmos que estes alunos também possam aprender uma língua estrangeira. Aquilo que inicialmente era um desafio tornou-se uma motivação e, para os alunos, é um motivo de alegria aprender a língua portuguesa.
Exemplos de estratégias/ atividades:
texto da professora Cristina Oliveira
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Crianças:
O Alfabeto Nojento
David Machado, ilustração David Pintor
Uma forma divertida de aprender o alfabeto, com a ajuda do traquinas Henrique e das partidas nojentas que ele prega aos amigos e a toda a família.
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Adolescentes:
A Pardalita
de Joana Estrela
Quando Raquel nos começa a contar a sua história, Pardalita já entrou na sua vida. Não de rompante, mas lenta e subtilmente, primeiro nos corredores da escola, depois nos ensaios do teatro.
Raquel só a conhece de vista, mas conta os dias para a voltar a encontrar e começa a reparar em pequeníssimas coisas — como a etiqueta da camisola de Pardalita que lhe toca a pele do pescoço.
Raquel começa a perguntar-se: “Qual é a distância a que se pode estar de alguém sem dar a entender que não se quer distância nenhuma?”
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Adultos:
O Caçador de Elefantes Invisíveis
de Mia Couto
Mia Couto volta a um género literário que pratica com reconhecida mestria desde a sua primeira obra em prosa, a coletânea Vozes Anoitecidas. O estilo é sóbrio e preciso, os temas são vários e diversos, o lugar donde o autor vê o mundo e o retrata neste livro é tão amplo que nele cabe tudo. Entre a história do pobre velho, ou melhor, de um velho pobre que recebe em casa um enfermeiro em serviço de rastreio da covid 19, e, já no fim do livro, a conversa das estátuas que descem dos seus pedestais, descem e não são derrubadas, para conversarem sobre os males e os equívocos deste mundo, entre uma e outra destas histórias o leitor encontra personagens e cenas que não lhe sairão tão cedo da memória. O Caçador de Elefantes Invisíveis é uma vez mais Mia Couto no seu melhor.
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