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Tensão
Superficial
Uma compilação de sinais aleatórios que permeiam
os interstícios da informação digital.
T.04   Edição 23
16 agosto 2020

Uma Viagem


Esta temporada começou em maio de 2019 com uma edição experimental após um hiato pouco normal de 5 meses. Já toda a gente julgava que a TS estava defunta e eis que ela surge, de preto, a prometer o regresso.

Pois foram precisos mais 5 meses e, a 13 de outubro, foi lançada a 1ª edição desta 4ª temporada da Tensão Superficial. Com uma generosa lista de séries que se foram acumulando ao longo dos meses e a promessa de uma nova calendarização para os lançamentos desta vossa modesta newsletter, mais alinhada com as estações do ano e com o calendário escolar.

Quinze dias depois, na 2ª edição, falava-se do Festival de BD da Amadora — no tempo em que as pessoas ainda se amontoavam para celebrar gostos comuns, antecipava-se o derradeiro filme da saga Skywalker e promovia-se a procrastinação. Um hábito que se tem vindo a perder ao longo desta temporada em detrimento do entretenimento televisivo. Tenho que retificar.

Na 3ª edição, de 10 de novembro, fazíamos retrospectivas, celebrávamos o lançamento do Desert Sessions nº 11 e lançávamos uma série de referências recorrentes ao Ryan Reynolds que fez as delícias de alguns/algumas fãs.

Na edição de 24 de novembro, cedi a The Mandalorian e fiz uma broa com chouriço que acabei por ainda não repetir, e na edição 5 de 8 de dezembro, havia a promessa de estreia de um monte de filmes de acção que, graças à pestilência, ainda não chegaram a ver a luz do dia.

Na última edição de 2019, congratulei-me pela catrefada de livros que li durante o ano e, claro, houve mais trailers de filmes que, passados 8 meses, ainda estão por estrear. Fechava-se por aqui o ”ciclo” dedicado ao Ryan Reynolds.

O entusiasmo pelo novo ano que se avizinhava foi o tema central da edição de 5 de janeiro. Quanta inocência. 2020 respondeu a esse entusiasmo com um rotativo na traqueia de toda essa malta que pensava que ia ser um início de década auspicioso. Na edição seguinte, de 19 de janeiro, falou-se no ano do rato e antecipámos os Óscares com algumas recomendações menos convencionais.

Na edição de 2 de fevereiro foi dedicada a "manipulação emocional" com destaque para “artifícios nostálgicos com fins comerciais” e despedimo-nos de Terry Jones, o mais simpático dos Terrys e que tantas saudades deixou.

Na edição 10 foram feitas montes de referências oftalmológicas, mostraram-se animações bonitas e destacou-se Maria Monda, um dos melhores álbuns revelação deste ano, em português. Esta edição ainda incluía uma rubrica sobre salas de cinema e o filme da quinzena, lembram-se como era? Sair de casa para ver um filme com outras pessoas. Numa sala? Foi em fevereiro. Deste ano.

A edição de de 1 de março celebrava a primeira vez que a TS era escrita no novo escritório cá de casa, premonitoriamente finalizado duas semanas antes do confinamento.

Na edição seguinte, de 15 de março, já se falava de trabalho remoto e por essa altura o Elon Musk ainda não acreditava que o bicho era de verdade. E agora pá? Que achas das probabilidades agora, ó totó?

Na edição 13, de 29 de março, que me parece ter sido ontem, não tinha mãos a medir, falava do excelente duplo álbum surpresa de Nine Inch Nails  e acabava com um livestream de alforrecas. 

A edição seguinte festejavámos o 4º aniversário da TS e agradeci a quem de direito — vocês. Nessa altura já tínhamos 81 edições. Pois com a de hoje ficámos a ter 90. Tenho de começar a engendrar qualquer coisa para comemorar a edição 100

A edição 15 foi sobre nada e anunciou aquela que foi, aqui em casa, a melhor nova série do ano — The Great, da Hulu.

A edição de 10 de maio foi sobre parvoíce e teve das minhas introduções preferidas desta temporada. Na edição seguinte não se passou nada de especial, tirando a excelente reunião virtual dos Seatbelts. Mas na edição do passado dia 7 de junho confessei que sentia falta dos comics semanais.

Montes de coisas boas teve a edição 19, a começar pelo excelente filme Palm Springs, que continuo a aconselhar incondicionalmente. Foi a edição em que confessei nunca ter visto o The Wire, que entretanto já foi totalmente consumido. Todas as suas 5 extraordinárias temporadas. E ainda estava por estrear a derradeira temporada de Dark. Bons tempos esses, de há 2 meses.

Nas últimas três edições falámos de literatura que se acumula para ser lida, o ano do Naruto, que comemorei adquirindo esta caixinha, a primeira de três, e, na última edição, falou-se nos tracinhos das matrículas.

Foi uma viagem e tanto esta temporada. Obrigado por acompanharem.

Viva pessoal.
Esta sim é definitivamente a última edição… da temporada.

Sei que não fui muito claro da última vez, e que houve malta que achou que já tinha acabado.

Agora sim acabou

Obrigado por aturarem a TS por mais 23 edições.
Podem descansar agora.

TRAILERS DA QUINZENA

Só mais duas coisinhas


Nesta última edição, deixo a proposta de um filme indie sui generis — Kajillionaire, de Miranda July, com a fantástica Evan Rachel Wood, e uma série da HuluWoke, com Lamorne Morris, o saudoso Winston de New Girl.

A procrastinação final

Três questões profundas, para vos deixar a pensar:

› será este o modelo para os novos concertos de rock com o distanciamento social apropriado?

› onde é que ainda é possível comprar diskettes de 3.5 para esta malta fazer as atualizações de firmware de um Boeing 747?

› será mesmo prioritário treinar uma IA para transformar selfies em retratos?
 

Na TV Cá de Casa

› The Umbrella Academy, temporada 2 - Mais uma temporada cheia de acção disconexa e de um enredo cheio de buracos. O que vale são as personagens coloridas e a excelente produção.

› How To Sell Drugs Online, Fast, temporada 1+2 - Aproveitámos a estreia da segunda temporada para tapar o buraco deixado pela falta de séries de adolescentes, em alemão.
› Period, End Of Sentence - Uma curta documental que arrecadou um merecidíssimo Óscar na sua categoria, realizada por Rayka Zehtabchi. Tanta coragem para realizar esta subtil revolução sexual na Índia. Tantas emoções. Na Netflix.

Pronto, conclui-se assim a derradeira edição da 4ª temporada da TS.

Deixo-vos, por fim, com a habitual frase de alento: tal como um escaravelho que atravessa o trato intestinal de um sapo que o acabou de ingerir, também nós vamos conseguir transpor esta montanha de cocó que parece querer soterrar-nos.

Boas férias pessoal.
Voltamos a falar do outro lado do Verão.
Fiquem bem, mantenham-se em segurança e até breve.
 

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