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Muito prazer, 

somos o movimento Parent in Science

e essa é nossa newsletter!
 

 

 Bem vindas e bem vindos à nossa newsletter!
 
Para você que já conhece e de alguma forma faz parte do nosso movimento, ou para você que se interessa sobre questões da m(p)aternidade na academia, este será nosso canal para compartilharmos conteúdos sobre nossas ações e dia a dia do movimento com muito espaço para construção e colaboração com nossa rede. 

Nesta primeira edição, montamos um espécie de retrospectiva de como foi 2020 para nosso grupo que, apesar da pandemia, trabalhou muito!

Crescemos e chegamos a várias regiões brasileiras através do programa de embaixadores, nosso trabalho foi reconhecido pela revista Science e pelo editorial da Nature, levantamos dados importantes acerca dos efeitos da pandemia na vida das(os) pesquisadoras(es), incluímos nossas filhas e filhos no Currículo com nossas camisetas que marcaram presença nas redes sociais, promovemos grupos de trabalhos em universidades e a inclusão da licença-maternidade em editais, sem falar na expansão do movimento até a Colômbia!

Foi, sem dúvida, um ano intenso. Nossa capacidade de chegar até aqui se deve ao fato de estarmos juntas e juntos, mesmo que virtualmente, nos momentos mais difíceis deste período. 

Nosso movimento representa mais do que um grupo de pesquisadoras e pesquisadores engajados na transformação da  academia em um ambiente mais inclusivo para mães e pais. O Parent in Science (PiS) é hoje um espaço internacional de acolhimento e empatia, sempre aberto ao diálogo com todes que queiram contribuir com a nossa causa.

Espero que gostem!
 com carinho, Camila Infanger.

Com a palavra, nossa fundadora :

Sou pesquisadora/professora na UFRGS e, o mais importante, mãe de três guris. Até recentemente, eu estava trabalhando com plantas e como elas respondem aos estresses ambientais. Mas o destino reservou algumas reviravoltas para mim.

No início da minha jornada como uma mãe cientista, sentindo-me incapaz e sem apoio, pensei em abandonar a ciência. Mas, contra todas as probabilidades, persisti e acabei fundando o Movimento Parent in Science, em 2016. Somos um grupo de cientistas empenhados em promover um ambiente mais justo na academia para pais e mães cientistas. O Movimento alcançou alguns objetivos importantes desde sua criação. E eu…. Eu comecei uma nova vida. 

Depois de me tornar mãe, a ciência teve que ficar em segundo plano na minha vida. Passar tempo de qualidade com os guris era (e ainda é) minha prioridade. O impacto desta decisão foi gigantesco. E comecei a me culpar por não ser capaz de equilibrar minha vida de mãe-cientista. Senti que precisava fazer uma escolha e, embora fosse confiante, a frustração era inevitável. Para fugir desta frustração, comecei a postar on-line sobre como foi difícil retornar à minha carreira depois de ter filhos e como me senti desassistida pela universidade e pelas nossas agências de fomento (e pela maioria dos meus colegas, por falar nisso). E então algo realmente positivo aconteceu. Muitas mulheres cientistas começaram a me responder, contando suas histórias, de que estavam enfrentando exatamente os mesmos obstáculos, medos e frustrações. E com o apoio de várias dessas mães (e pais!), criamos o Movimento Parent in Science. Nosso objetivo principal é dar suporte às mães que enfrentam esse momento de conflito entre suas famílias e a carreira científica. E não estamos fazendo isso apenas no nível pessoal (embora isso seja definitivamente importante). Sempre quisemos fazer mais. Aqui no Brasil, quase não tínhamos políticas de apoio às mães no campo da ciência. Não havia nem uma discussão mais ampla sobre o assunto em nossas instituições. Pelo menos até que nosso movimento surgisse. Nos últimos cinco anos, ministramos centenas de palestras e seminários em todo o país para aumentar a conscientização sobre um assunto tão urgente. Foi incrível ver quantas pessoas queriam falar sobre esse assunto, mas não tinham como. O Parent in Science veio para dar voz a essas pessoas. Viemos para iniciar uma mudança, para nós - mulheres cientistas - e para nossas famílias, para mostrar que não precisa ser uma escolha. Reconhecer que a penalização da maternidade na ciência é, acima de tudo, uma consequência da estrutura dos sistemas acadêmicos é o primeiro passo para resolvê-la. Uma mudança cultural em como vemos a maternidade em nossa sociedade é urgente. 


Minha vida (profissional e pessoal) tomou um rumo completamente diferente depois que me tornei mãe e me engajei na luta por um ambiente verdadeiramente igualitário na academia. Liderar o Movimento Parent in Science ressignificou minha carreira na ciência. Foi uma longa jornada desde o início do nosso Movimento até onde estamos agora. Continua não sendo fácil. Mas tampouco é a maternidade. E estamos nos saindo muito bem nisso!
 Fernanda Staniscuaski.

O que você vai encontrar nesta edição:

  1. Nosso levantamento de dados durante a pandemia
  2. Protagonismo da discussão racial em nossa pesquisa
  3. Carta na revista Science
  4. Parent in Science expandiu fronteiras em 2020
  5. Mais de uma centena de lives
  6. Editais que passaram a considerar a licença-maternidade
  7. O Parent in Science cresceu
  8. Grupos de Trabalho temáticos em universidades
  9. Editorial da Nature sobre ciência e Covid-19 
  10. Produtividade na pandemia: quem paga a conta?
  11. Filhas e filhos em nosso Currículo Lattes
Nosso levantamento de dados durante a pandemia
 Texto de Rossana Soletti e Beatriz Muller

O ano de 2020 foi provavelmente um dos mais difíceis que já enfrentamos na ciência no último século, e para as cientistas mães, a dificuldade foi ainda maior. Nas primeiras semanas da pandemia, enquanto muitos cientistas homens e chefes de laboratório sem filhos faziam planos para enfim trabalharem em artigos que estavam parados e precisando de revisão, as mães se questionavam como conseguiriam cuidar dos filhos, assessorá-los com as aulas online, realizar as tarefas domésticas e ainda trabalhar em home office em meio a um cenário de total insegurança. Sentindo as dificuldades na pele e sabendo o quanto isso poderia impactar o futuro das mulheres na ciência, nós do PiS lançamos uma pesquisa objetivando avaliar a produtividade acadêmica nesse período de isolamento social e trabalho à distância.

Os resultados dessa pesquisa, respondida por quase 15 mil cientistas do país, estão disponíveis em nosso informativo aqui.
 

Protagonismo da discussão racial em nossa pesquisa
Texto de Milena Freire

Observamos que, com escolas e creches fechadas e rede de apoio reduzida devido às restrições da pandemia, a sobrecarga de trabalho das mulheres ficou ainda maior - e com isso, a produtividade científica acabou comprometida: mulheres negras (com ou sem filhos) e mulheres brancas com filhos (principalmente com idade até 12 anos) foram os grupos cuja produtividade acadêmica (submissão de artigos científicos planejados) foi mais afetada pela pandemia. Os homens, especialmente os sem filhos, foram os que tiveram a produtividade menos afetada pela pandemia.

Essa foi a primeira vez que o levantamento do PiS incluiu o marcador de raça entre os parâmetros da análise. Os resultados, que apontam as mulheres negras (com e sem filhos) como as mais afetadas no que diz respeito à produtividade acadêmica durante a pandemia, demonstram e necessidade de avançar o debate e a formulação de políticas que garantam condições de equidade no campo científico para este grupo. "As questões que permeiam a inteseccionalidade entre gênero e raça são um tema prioritário para as pautas de reivindicações do nosso movimento", afirma a membro Eliade Lima. 
 
É importante reconhecer que a menor participação de docentes, pós-doutorandos/as e estudantes de pós-graduação negros/as entre os/as respondentes do survey (representando 18%, 22% e 32,5% das respostas respectivamente) reflete a realidade da desigualdade racial existente no acesso a vagas de pesquisadores/as discentes e docentes no Brasil.

"Os resultados mostrados pelo PiS e os números que mostram que a participação e a presença de mulheres negras em espaços de decisão ainda é muito pequeno e que precisamos ampliar nossas ações para além dos debates e apresentar soluções concretas para mudar esse cenário", salienta a membro Zélia Ludwig. 
 
Como um movimento que luta pela equidade na ciência, o PiS  está atento à necessidade de apoio a projetos e ações que promovam a inversão desse cenário e tornará a questão racial um tema prioritário para suas pautas e reivindicações.
Carta na revista Science
Texto de Rossana Soletti e Beatriz Muller
Um ponto alto de nossa retrospectiva foi uma conquista valiosa que aconteceu no mês de maio. Em um esforço coletivo, de escrita a muitas mãos, publicamos uma carta na renomada Science magazine  alertando sobre o impacto da pandemia nas mães cientistas. A carta foi bem recebida pela comunidade científica mundial e brasileira, sendo citada inclusive em mídias fora do meio acadêmico e aumentando a visibilidade para essa importante pauta a nível nacional e internacional.
Nossa carta está disponível aqui.
 
Parent in Science expandiu fronteiras em 2020
Texto de Milena Freire

Além da presença nas revistas Nature e Science, de grande impacto na comunidade científica internacional, 2020 foi um ano importante para o Parent in Science estabelecer parcerias fora do país. Em outubro de 2020, foi lançado o Parent in Science Colômbia (PiSCol), primeira extensão oficial do movimento no exterior. O PiSCol é coordenado pela pesquisadora Lina Caballero e atualmente está realizando um levantamento semelhante ao produzido entre pesquisadores/as brasileiros/as acerca do impacto da m/paternidade em suas carreiras.

"A questão da m(p)aternidade na academia colombiana segue sendo invisível e penalizada.  Aqui na Colômbia ainda não há programas de bolsas de estudos;  sobretudo, o pouco financiamento direcionado à pós-graduação não contempla ao menos a licença-maternidade. Portanto, é hora de naturalizar o papel da m(p)aternidade em nosso sistema científico. Trazer o movimento PiS para o meu país significa uma oportunidade de realizar ações genuínas para discutir a questão da m(p)aternidade e promover a participação das mulheres afim de transformar a academia  colombiana em um ambiente mais diverso, igualitário e inclusivo." afirma a líder do movimento na Colômbia, Lina Caballero-Villalobos.

Outra parceria internacional realizada em 2020 foi com o Mothers in Science, uma organização sem fins lucrativos formada por cientistas de vários países dedicada à busca pela equidade de gênero e inclusão de mães/pais e cuidadores, com carreiras centradas nas áreas de ciências, tecnologias, engenharias e matemática. O PiS firmou a colaboração com o grupo este ano através do levantamento sobre Parentalidade na Academia, cuja coleta encerrou em 30 de novembro. 
 
As atividades realizadas pelo Parent in Science também circularam internacionalmente através de nossa participação em eventos on-line nos Estados Unidos: o Summit 2020 Sharing Knowledge Globally to Improve Healthcare, realizado em Junho pela International Colaborative Grand Rounds, o Webinar Student Life During Pandemic, promovida em outubro pela Student Section of the Ecological Society of America e o evento COVID Impact in Academia, ocorrido em dezembro com organização da Universidade do South Alabama.

Mais de uma centena de lives
 Texto de Alessandra Brandão

O isolamento social nos distanciou fisicamente, mas impulsionou nossa comunicação, por meio da participação de membros da PiS  em mais de uma centena de eventos on-line, durante todo o ano de 2020. Como vocês devem saber, com a crise sanitária foi necessário cancelar a terceira edição do nosso Simpósio. Mas, ao mesmo tempo, chegamos a um número expressivo de pessoas, por meio de 133 participações em debates e palestras. 


Segundo Fernanda Staniscuaski, "esses eventos foram importantes para o movimento, pois ampliaram a visibilidade e o interesse de mais pessoas pelo tema". Na maioria desses encontros, tivemos a oportunidade de apresentar os objetivos e alcance das ações do PiS, assim como a importância de discutirmos a temática da m(p)aternidade no ambiente acadêmico.

Na oportunidade, deixamos também nosso agradecimento aos membros da nossa equipe que lotaram suas agendas com encontros remotos para dar mais esse suporte a nossa causa. Afinal, como conseguimos demonstrar em nosso levantamento, o impacto da pandemia na produtividade foi bastante expressivo e mesmo assim, conseguimos marcar presença em quase todos os convites recebidos. Que 2021 nos traga novas conquistas e nosso seminário presencial!

Editais que passaram a considerar a licença maternidade
Texto de Rossana Soletti e Beatriz Muller
 
Embora o ano de 2020 tenha sido extremamente desafiador em diversos aspectos, como as questões de gênero e ciência, ainda conseguimos ter alguns avanços locais nessa área.

No decorrer deste ano diversas universidades e agências de fomento consideraram a maternidade em seus editais: a Royal Society Te Aparangi e a European Commission Decision são exemplos de instituições fora do Brasil que consideraram a maternidade nos seus editais de programas e financiamentos.

 
Entre as instituições brasileiras que também incluíram a maternidade em seus editais voltados para projetos como iniciação científica, programas de incentivo à ciência e programas de Pós-Graduação, estão :

O Parent in Science cresceu
Texto de Alessandra Brandão e Camila Infanger

O PiS neste último ano cresceu de várias formas, inclusive no número de membros, atualmente composto por 19 pesquisadores, assim como em seu alcance geográfico, este graças  ao Programa de Embaixadores.

O programa de embaixadores foi desenhado sob o objetivo de chegar a realidades locais que possibilitem uma maior compreensão das demandas que chegam a nós levantadas pela comunidade acadêmica brasileira.

Nossa chamada atraiu mais de uma centena de inscrições e o resultado foi a seleção de 73 embaixadoras/es, distribuídos em todas as regiões brasileiras, em 18 estados brasileiros mais o Distrito Federal.

Em 2020 nossas embaixadoras e embaixadores estabeleceram marcos importantes na promoção da agenda de inclusão da maternidade, ao gerarem visibilidades  na mídia de alto impacto, ao formarem grupos de trabalho temáticos, ao participarem de eventos que ao mesmo tempo que apresentaram o PiS abriram portas para transformações necessárias em seus respectivos programas de pós-graduação.
As instituições têm recebido com respeito o movimento e têm comemorado a participação de seus representantes por meio de notas oficiais, organização de eventos internos e reconhecimento da relevância do movimento.

Começamos 2021 com 91 colaboradores e muita garra para seguirmos nossa luta, cada dia mais fortes!
 

Grupos de Trabalho temáticos em universidades
Texto de Rossana Soletti e Beatriz Muller

Em outra frente de ação, pudemos testemunhar a ampliação de Grupos de Trabalho sobre a temática feminina na ciência dentro de instituições de ensino superior. Como exemplo, temos o Grupo de Trabalho Mulheres na Ciência surgiu na Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), coordenado pela membro Pâmela Billig Mello Carpes, teve início no mês de Novembro,  com o intuito de manter a produtividade de cientistas com filhos durante a maternidade e fomentar a discussão sobre gênero e raça na ciência brasileira.

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sob a foi constituído o Grupo de Trabalho de Parentalidade e Equidade de Gênero , com a participação de embaixadoras e embaixadores PiS, com a finalidade de propor ações destinadas à promoção da igualdade de gênero no âmbito da UFRJ.

Estes Grupos de Trabalho mantêm acesa a discussão sobre o tema e lutam para proteger a representatividade feminina dentro das instituições de ensino superior. Essas e outras ações de apoio serão elencadas em um guia com dois volumes a ser lançado pelo PiS no primeiro semestre de 2021.
Editorial da Nature sobre ciência e Covid-19 
Texto de Gabriela Reznik
De investigações científicas às estratégias de contenção da doença e ao impacto social e econômico, o editorial da revista Nature intitulado “COVID and 2020: An extraordinary year for Science”, publicado em dezembro de 2020, fez uma retrospectiva das pesquisas e das ações que envolveram o combate à pandemia de Covid-19 durante o ano de 2020.

Questões que envolveram o fechamento dos campus universitários e institutos de pesquisa, e as dificuldades para a realização de pesquisas no contexto pandêmico foram abordadas na reportagem, que cita a pesquisa realizada pelo PiS acerca do impacto da produtividade acadêmica na vida de pesquisadoras/es durante a pandemia, destacando o maior impacto para as mulheres e grupos minoritários. Veja a citação do texto original em inglês na íntegra:

"Particularly hard-hit are women, parents, early-career researchers and scientists from historically under-represented groups — for whom the pandemic is magnifying factors that already made it harder for them to participate in science. A survey of 3,345 academics in Brazil in April and May found that Black women, as well as mothers of all ethnicities, reported the greatest reduction in productivity during the pandemic, as measured by their ability to submit research papers and meet deadlines. 'The results can be translated to other countries, no doubt,' says study leader Fernanda Staniscuaski, a plant biologist at the Federal University of Rio Grande do Sul in Porto Alegre".

Produtividade na pandemia: quem paga a conta?
Texto de Gabriela Reznik

Pesquisadoras, especialmente as mulheres negras e as mães, foram as que tiveram sua produtividade mais afetada durante a pandemia de Covid-19. Os dados foram apontados na pesquisa realizada pelo PiS  entre abril e maio de 2020, por meio de questionário on-line respondido por  mais de 14 mil pesquisadores - entre docentes, discentes e pós-graduandos - divulgados no preprint “Gender, race and parenthood impact academic productivity during the COVID-19 pandemic: from survey to action” na plataforma bioRxiv, em julho de 2020.

O preprint é uma forma ágil de publicação antecipada de um artigo que ainda não saiu em periódico científico revisado por pares. A pesquisa mostrou que houve influência de gênero, parentalidade e raça na produtividade científica - medida por 'submissão de artigos' e 'cumprimento de prazos’ -, na qual homens, especialmente os sem filhos, foram os menos afetados durante a pandemia.

Mulheres negras (com ou sem filhos) e mulheres brancas com filhos (com idade até 12 anos), principalmente para submissões de artigos, foram os grupos cuja produtividade acadêmica foi a mais afetada. Por entender que este fato pode levar a um aumento nas lacunas de gênero e raça na ciência, as autoras destacaram a necessidade de ações afirmativas em prol da diversidade e inclusão na ciência. Como recomendações, estão a flexibilização nas políticas institucionais de institutos de pesquisa e agências de fomento, a postergação de prazos de bolsas e relatórios, e a criação de fomentos destinados a beneficiar cientistas negras/os e mães.

Resultados ampliados do levantamento - com a inclusão de informações sobre trabalho remoto, impacto na vida de pós-graduandas/os e de pós doutorandas/os – podem ser vistos ainda no informativo "Produtividade acadêmica durante a pandemia: efeitos de gênero, raça e parentalidade".

Filhas e filhos em nosso Currículos Lattes
Texto de Camila Infanger


Em parceria com o grupo Filhos no Currículo, em outubro lançamos a campanha #maternidadenolattes e #paternidadenolattes. Em dois meses, mais de 100 camisetas foram vendidas e, o principal, esta ação causou enorme repercussão nas mídias socias onde as camisetas apareceram em lindas fotos ao lado de manifestos pessoais de apoio à causa. 

"Sim, meus filhos estão no meu currículo. A cientista que eu sou hoje só existe por causa deles e quero que o mundo inteiro saiba disso. Mas nossa luta com o Parent in Science vai muito mais além de o CNPq criar um campo no Currículo Lattes para esta informação. Nossa luta ultrapassa os limites da (tão fechada) academia e se une à luta de tantos outros movimentos que buscam formas de garantir que a conciliação entre maternidade e carreira seja possível. Seja leve. Seja humana. Nossa luta ecoa os desejos de todas as mães por uma vida profissional que respeite a sua vida pessoal. E por um sistema que entenda que não existe uma divisão clara entre elas. Parir não vai nos parar. Mas seguirmos em frente não deve exigir que sejamos super-heroínas. Lutamos pelo direito de estarmos onde quisermos e onde já provamos, repetidamente, merecer estar. Mas mais importante ainda, lutamos para que ocupar estes espaços não signifique termos que nos conformar com um sistema injusto, excludente, elitista. Lutamos por mudanças. Reais. Concretas. Na prática. Lutamos por uma ciência diversa de (verdadeira) excelência. Lutamos por equidade. E seguiremos lutando. Por muito mais do que uma linha no Lattes", manifesto publicado na página do Facebook da Fernanda Stanisçuaski.

Ainda não comprou a sua? As camisetas são vendidas por aqui.
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A Newsletter Parent in Science é o boletim eletrônico mensal do movimento Parent in Science, com novidades sobre políticas, ações, pesquisas recentes, oportunidades e eventos que envolvam as questões da maternidade na ciência.
Redatoras: Alessandra Brandão, Beatriz Muller, Camila Infanger, Gabriela Reznik, Milena Freire e Rossana Soletti.
Editora: Camila Infanger.
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