Quais são as consequências do Brexit na investigação?
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A Comissão Europeia e o Reino Unido assinaram um acordo pós-Brexit que define algumas condições para a participação de instituições britânicas e investigadores baseados no Reino Unido no Horizonte Europa, mas ainda existem algumas áreas por definir.
O Reino Unido tem um forte track-record no financiamento competitivo da UE. Por exemplo, entre 2007 a 2013, o país participou em mais de 10.000 projetos com mais de 18.000 participantes. No total, o Reino Unido garantiu cerca de 7 biliões de euros em financiamento (15% do financiamento total concedido) durante esse período - a segunda maior parcela de participações e de financiamento da UE, atrás da Alemanha em ambos os casos. No geral, o Reino Unido garantiu cerca de 5,9 biliões de euros em financiamento do Horizonte 2020, de acordo com os números de junho de 2019 (13,5% do total, atrás novamente da Alemanha).
No entanto, a partir de 2015, com o advento do Brexit e com a crescente incerteza acerca do futuro da participação, estes números começaram a baixar.
O que ainda não se sabe:
- O papel do RU nos projetos financiados do Horizonte Europa. A discussão centra-se na questão da contribuição que cada Estado deve fazer para o budget e as regras específicas de participação. O RU ambiciona adquirir um estatuto semelhante a outros países bem-sucedidos a nível científico, tal como a Suíça ou a Noruega, e obter um estatuto de ‘third country’ que permite a entrada em consórcios de projetos colaborativos na maioria das calls (mas com limites de budget).
O que se sabe até agora:
- O programa Erasmus+ vai deixar de ter a participação do RU;
- O RU vai continuar a ter um papel em alguns programas europeus, e.g. Euratom, mas ficará fora de outros, e.g. financiamento de desenvolvimento regional, agricultura e segurança;
- Termina a liberdade de movimentos entre países da EU e o RU, assim como passa a ser necessário que cidadãos britânicos tenham de obter vistos para estadias superiores a 90 dias na EU.
António Soares, PhD
Executive Manager
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6 JAN - LUSA
Investigadores do CINTESIS e da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) estão a avaliar o potencial de aceitação e a adesão dos portugueses à vacina para a COVID-19, através de um inquérito online. Ver mais »
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13 JAN - CINTESIS
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15 DEZ – PORTO CANAL
Daniela Figueiredo, investigadora do CINTESIS/Universidade de Aveiro, explicou os impactos da pandemia nos doentes renais, um grupo de risco para a infeção por SARS-CoV-2, no programa “Mentes que Brilham”, do Porto Canal.
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13 JAN – LUSA
Investigadores do CINTESIS e Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) concluem que os coletes ortopédicos "não aparentam ter vantagens" no tratamento de fraturas da coluna.
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"A pandemia trouxe para a ribalta
a noção do imprevisível,
do imponderável, do incontornável "
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Idade: 56 anos | Grupo de Investigação: MicroMed – Microbiologia Médica
Linha Temática: LT2 – Investigação Clínica e de Translação
Áreas de Investigação: Microbiologia, Doenças infeciosas, Microrganismos emergentes, Infeção Associada a Cuidados de Saúde
Chama-se Acácio Gonçalves Rodrigues e é coordenador do grupo de investigação MicroMed, do CINTESIS, Professor Associado, com Agregação, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), onde lidera o Laboratório de Microbiologia, e médico especialista no Centro Hospitalar Universitário de São João, onde coordena a Unidade de Queimados do Serviço de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética desde 2006.
Nascido e criado no Porto, a sua família é oriunda maioritariamente do Douro e de Trás-os-Montes. Sente-se “um homem de campo e do campo”. Em 1982, com 18 anos, ingressou na FMUP, tendo concluído o curso de Medicina em 1988. Queria ser investigador na área da Microbiologia, mas o curso ensinou-o a gostar de ver doentes. Especializou-se em Anestesia e Cuidados Intensivos em 1995 e fez a subespecialização em Medicina de Emergência em 2002. Passou pelo Institute of Clinical Bacteriology of the University of Uppsala e chegou a estar inscrito como aluno de doutoramento nessa universidade sueca, mas foi Portugal que o ganhou. Doutorou-se em 1999 pela FMUP, sob orientação do Professor Per Anders Mardh, de Uppsala, e optou por se dedicar sobretudo à docência e à investigação, mas mantendo sempre atividade clínica.
Quando integrou o CINTESIS, pertencia a outra unidade de investigação. Hoje afirma-se como “um cintesiano dos quatro costados”. Em tempos de pandemia de COVID-19, o grupo MicroMed, que lidera, enfrenta novos desafios, tendo em conta as limitações impostas ao trabalho laboratorial. A sua equipa tem-se dedicado à investigação em Microbiologia Médica, nomeadamente dando resposta a microrganismos emergentes, bem como ao desenvolvimento de novos meios ou ferramentas de diagnóstico, com base em novas tecnologias disruptivas, numa ponte com a FASTinov, spin-off da Universidade do Porto e do CINTESIS de que é cofundador. Alguns dos principais trabalhos têm sido feitos em áreas como a resistência aos antimicrobianos, o controlo da infeção em contexto hospitalar, a sustentabilidade e a segurança alimentar. Além de alguns microrganismos emergentes, que não poderiam estar mais na ordem do dia, a equipa assesta baterias contra outros perigosos inimigos da saúde pública e da vida humana.
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Ambição a um ano
Quero robustecer cada vez mais a equipa e robustecer cada vez mais o CINTESIS. Gostava de ver constituído o RISE. Era bom para a investigação biomédica.
Ambição a 10 anos
A longo prazo, prefiro não fazer planos: a pandemia trouxe para a ribalta a noção do imprevisível, do imponderável, do incontornável.
Que vida para além da investigação?
Gosto de passear no campo, de ler e de escrever. Sempre gostei muito de ler e, de alguns anos a esta parte, gosto de escrever. Portanto, vou acumulando escritos. O que lhes vou fazer? Ainda não sei.
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Inovação, Eventos, Oportunidades, Notícias
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EVENTO: O projeto AIRDOC, promovido pela MEDIDA e copromovido pelo CINTESIS, FMUP e ISEP, com financiamento Norte2020 (Portugal2020) e parte do PHE, organiza o evento “ Mobile Health for Smart, Patient-centred Support”, que inclui “webinars” e duas sessões integradas na Winter School 2021. Mais informações no site do CINTESIS.
EVENTO: Realizar-se-á no dia 27 de janeiro, entre as 15h00 e as 17h00, a Sessão Horizonte Europa “A U.Porto rumo à Saúde no Horizonte Europa”. A participação está sujeita a inscrição prévia.
EVENTO: A ANI vai promover uma Innovation Talk dedicada à inovação transfronteiriça, em parceira com o More CoLAB – Laboratório Colaborativo Montanhas de Investigação, no dia 29 de janeiro, pelas 12h00, em direto, na sua página do Facebook.
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OPORTUNIDADES DE FINANCIAMENTO: Está aberta a quarta edição do concurso de estímulo ao emprego científico individual, destinada a doutorados. Saiba mais.
OPORTUNIDADES DE FINANCIAMENTO: O prazo do concurso para submissão de candidaturas a projetos de IC&DT em todos os domínios científicos decorrerá entre 28 de janeiro e 10 de março, ao abrigo do aviso de abertura publicado pela FCT. Mais informações aqui.
OPORTUNIDADES DE FINANCIAMENTO: Decorrem até 28 de fevereiro as candidaturas às Bolsas Fullbright para Investigação. Todos os documentos, links e datas importantes podem ser vistos no site da FCT.
OPORTUNIDADES DE FINANCIAMENTO: Já abriu o concurso para projetos transnacionais de investigação em perturbações do neurodesenvolvimento, no âmbito da ERA-NET NEURON/FCT. A data limite para submissão de pré-proposta é 9 de março.
OUTRAS NOTÍCIAS: Portugal assume a presidência do Conselho da União Europeia no primeiro semestre de 2021. Conheça aqui as prioridades da PPUE21, nomeadamente em termos de I&I.
OUTRAS NOTÍCIAS: A Horizon (The EU Research & Innovation Magazine) começa o ano com uma perspetiva dos grandes desafios para a ciência em 2021. Saiba quais são aqui.
OUTRAS NOTÍCIAS: A pandemia pode ter dado origem a uma “inundação de ciência inútil”, enquanto as “boas investigações” ficam na fila, à espera para serem publicadas. O alerta é dado na Science | Business.
OUTRAS NOTÍCIAS: Os Estados-Membros concordam numa solução de interoperabilidade para aplicações de rastreamento e alerta de infeções por coronavírus. Veja mais.
OUTRAS NOTÍCIAS: O European Institute of Innovation and Technology (EIT) quer aumentar o foco na educação e em regiões “menos inovadoras”, a partir de 2021, revela o seu diretor, Martin Kern.
OUTRAS NOTÍCIAS: A pandemia de COVID19 alterou os hábitos de consumo alimentar dos europeus, segundo um estudo realizado em 10 países. Alguns dos resultados podem ser encontrados neste site.
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Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde
Edição: António Soares | Redação: Olga Magalhães; Cláudia Azevedo
Infografia e Imagem: Bárbara Mota; Pedro Sacadura
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Rua Dr. Plácido da Costa, s/n
4200-450, Porto,
Portugal
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© 2021 Center for Health Technology and Services Research . All Rights Reserved. A equipa editorial do CINTESIS reserva-se o direito de selecionar os conteúdos informativos | Sugestões para cintesis@cintesis.eu
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