Menção honrosa
Como referi na segunda edição desta temporada da TS, consumimos por atacado as 6 temporadas da série canadiana, Schitt’s Creek, e tenho a informar que, após uma primeira temporada (e parte da segunda) bem trapalhona, é impossível não nos apaixonarmos perdidamente pela família Rose e pelas restantes personagens que povoam esta caricata localidade.
O percurso dos protagonistas é lento, mas seguro e, quando se chega à derradeira temporada estamos genuinamente investidos no futuro destas personagens.
Pois que houve lágrimas grossas no último episódio, que já tinham sido difíceis de conter, esporadicamente, ao logo da 4ª e da 5ª temporada. Não gozem! Desafio-vos a ouvirem o Simply The Best com os olhos secos!
Schitts’s Creek foi criada pela dupla pai e filho Dan e Eugene Levy, e conta também com outro membro da família Levy no elenco, a mana mais nova, Sarah Levy, no papel de Twyla, e teve a audácia de conquistar todas as 7 categorias de comédia na última edição dos Emmy Awards, feito nunca antes igualado por nenhuma série de comédia. Nas palavras dos autores “é uma série cujo núcleo assenta nos efeitos transformativos do amor e da aceitação, e isso é algo que precisamos mais do que nunca.”
A série consegue ser tão ou mais eficaz e inclusiva na abordagem de temas LGBTQ+ que a emblemática Modern Family e o casal gay de serviço é infinitamente mais apaixonante e relacionável do que Mitchell e Cam (desculpem, mas o Mitchell era impossível).
Desculpem os spoilers do trailer da última temporada mas, a verdadeira motivação desta série está no percurso e não no destino. Se tiverem oportunidade não existem passar por Schitts’s Creek.
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