Olá,
O primeiro livro de 2021 para o momento de leitura matinal é "O ponto de equilíbrio", de Christine Carter. A obra é bastante recomendada quando os assuntos são rotina e hábito. Estou longe de finalizar mas tem sido uma experiência gratificante, ainda mais pela manhã.
Christine traz a ciência por trás da construção de hábitos, mas também a sua jornada em busca de uma vida mais equilibrada. Para a autora viver em equilíbrio é fazer mais com menos esforço. E rotina “pode ser um único pensamento ou sentimento, ou então uma série de comportamentos e emoções que realizamos e vivenciamos sempre na mesma ordem.”
Rotina e hábitos podem existir para o bem ou para o mal. Depende muito do que valorizamos e o que queremos cultivar no dia a dia.
Um dos aprendizados que já estou colocando em prática é uma lei psicológica que Christine traz como uma das formas de alimentar mais emoções positivas no cotidiano. Carter diz que "Para levar uma vida feliz, a pessoa precisa vivenciar, em seu cotidiano, um mínimo de três emoções positivas para cada negativa (3:1)."
A proposta do 3:1 é de a cada fato ou emoção negativa, vamos tentar lembrar e cultivar três fatos positivos que podem nos transmitir boas emoções. Sou do time que devemos sentir tudo que há para sentir, encarar nossos medos e inseguranças, trabalhar para melhorar. E sei que vivemos em uma época de positividade tóxica. Mas o que eu gostei na proposta da autora é que ela me traz uma sensação de que dá para ser realista mas também esperançar - ter uma esperança ativa, buscar um movimento de melhoria, lembrar que agora está ruim, mas ontem foi melhorzinho e amanhã pode ser legal.
O verbo esperançar me persegue desde o início do ano. Começou quando parei para ler as mensagens publicadas na internet sobre o final de 2020 e chegada de 2021, uma mistura de sentimentos com o ano novo. Esperançar está na obra de Paulo Freire e tem uma parte que ele diz assim, "É ser capaz de recusar aquilo que apodrece a nossa capacidade de integridade e a nossa fé ativa nas obras". Chego a me arrepiar!
Quando a gente tenta lembrar dos fatos bons que ocorreram na nossa vida e cultiva o sentimento derivado das boas lembranças por um pouco mais tempo, estamos recusando o que apodrece a nossa subjetividade e o nosso estar no mundo. Nos reconectamos com um "eu" nosso que estava numa boa fase, com boa disposição, dando boas gargalhadas, e pensamos: o que fazia naquele dia e posso fazer hoje? Não para ter uma experiência igual, porque já não somos mais os mesmos, mas para ter uma sensação similar e ânimo para começar a criar novas e boas lembranças.
Que a cada 1 fato negativo, lembremos de 3 motivos para esperançar!
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