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Querer, Poder e Fazer


Querer, poder e fazer são verbos poderosos que atingem a perfeição quando convergem. Essa convergência perfeita permite poder fazer o que se quer

Mas o mais normal é não se poder fazer o que se quer, e talvez seja pelo melhor. Às vezes faz-se por se querer fazer, outras vezes até se pode, mas não se faz. Há alturas em que só queremos fazer o que não podemos, ou só se pode fazer o que não se quer.

Há muita gente que, apesar de não querer, faz mesmo sem poder.

Depois há malta que só faz o que quer, ou que só quer fazer o que não deve.
Ás vezes fazemos sem querer e temos que pedir desculpa, outras fazemos por querer e não nos arrependemos.

Quando ignoramos os verbos e a grafia e nos virarmos para a homofonia, as coisas complicam-se. O poder de fazer e fazer o poder não têm nada a ver e o poder de crer é diametralmente oposto ao querer o poder. Já para não falar que querer fazer e fazer crer são coisas totalmente diferentes.

Mas no fim acabamos por ter que dizer a nós próprios, “podes crer que vais ter que fazer”. Enfim, faz-se o que se pode, às vezes mesmo sem querer.
 

T.05   EDIÇÃO 08
21 FEVEREIRO 2021
Tensão
Superficial
Uma compilação de sinais aleatórios
que permeiam os interstícios
da informação digital.

Viva gente bonita, está na altura de mais uma TS.
Como é costume, espero que toda a gente esteja bem, carregadinhas/os de saúde física e mental.

Esta semana estou com muito pouco tempo e por isso não vou conseguir falar do mais moderno veículo de exploração extra-planetária, nem de estranhas criaturas nos gelos da Antártida. Tão pouco vou conseguir falar de aplicações de IA que fazem o restauro de imagens e que nos permitem ter o Rick Astley em 4K e 60fps a cantar o Never Gonna Give You Up como se tivesse sido gravado ontem.

The Secret Word for Tonight is...

O primeiro Kickstarter que financiei foi em abril de 2016. Os fundos estavam a ser angariados por Alex Winter — o Bill, da dupla Bill & Ted — e visavam a recuperação dos arquivos históricos de um dos meus heróis. O projeto do Kickstarter tinha o título: Who the Fuck is Frank Zappa (Save the Vault, Tell the Story).

Não vou entrar em detalhes, não quero converter ninguém, mas descobri o Frank na minha adolescência e fui lentamente desbravando o seu trabalho, colecionando a discografia e descobrindo o homem. O que me atraiu no seu trabalho foi a estranheza, a originalidade, o culto e a mística que envolve cada formação da banda e as histórias que rodeiam os concertos. Como as histórias por detrás das histórias por detrás da música se ramificam e ressoam na vida de outras bandas e artistas. O resultado do trabalho do Alex pretende mostrar um pouco de quem foi o homem, o pai, o compositor, o artista, o político, o ativista

Façam de conta que é uma vida normal

Por esta altura já toda a gente deve ter visto Pretetend It's A City, um documentário de Martin Scorcese com, e sobre, a incomparável Fran Leibowitz. Mas se ainda há aí alguém que não viu, façam favor de retificar a omissão, para vosso bem.

CÁ POR CASA


NA TV


WandaVision, temporada 1 — a malta da Casa das Ideias demonstra mais uma vez como se agarra o público com personagens cativantes, sem obrigar toda a gente ler 30 anos de comics para perceber o que está a a acontecer.
Só faltam dois episódios para terminar a temporada e ainda estão previstas duas revelações de peso na reta final de uma série que capitalizou na nostalgia e no nosso amor por séries de tv clássicas, mas que, como foi prometido pela Marvel, estabelece o cenário e as novas personagens para mais filmes e mais séries... e mais filmes e mais séries... 

Shameless, temporada 11 — tal como a série original britânica a Showtime achou por bem rematar Shameless na sua 11ª temporada. Com todos os altos e baixos desta série, já agora queremos ver como vão arrumar as vidas destas personagens que temos visto crescer ao longo destes anos.

The Undoing, minisérie — David E. Kelly faz render a sua relação com a HBO, e insiste em mostrar-nos pessoas obscenamente privilegiadas metidas em sarilhos com a lei e debaixo de um escrutínio mediático digno das eleições presidenciais. Nenhum dos personagens consegue granjear afeições nem nunca estive verdadeiramente empenhado em descobrir que estava por trás do brutal homicídio. As cenas do tribunal arrastam-se e são profundamente desinspiradas. Se não tiverem tempo a perder, podem passar ao lado.
Resident Alien, temporada 1 — uma comédia dramática ou drama cómico, da SyFy com um dos nosso atores de culto favoritos — Alan Tudyk.
Um extraterrestre encalhado numa pequena aldeia do Colorado tem que enfrentar o dilema moral da sua missão secreta.
Sem complicações e muito coração, situações patetas e personagens quentinhas resultam numa excelente adaptação de um comic da Dark Horse, dos idos de 2013 da autoria de Peter Hogan e Steve Parkhouse
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...antes de ir embora

Esta semana deixo-vos com um anúncio auspicioso, para breve. Saidinha diretamente de Adams Family...

A TS volta daqui a quinze dias, com mais combustível de procrastinação.

Até lá... olha, deixem-se estar confortáveis no quentinho, porque parece que a coisa lá fora está fria e húmida... ou já esteve. Bolas, está a ficar sol. Não posso escrever estas despedidas antecipadamente...
 

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