Bom dia!
Fui buscar meu filho na escola ontem (9) pouco depois de receber a notícia de que o retorno presencial dos professores às escolas públicas e privadas de São Paulo está proibido. Então, escrevo esse texto sem saber ao certo se haverá aula amanhã. Quem me acompanha por aqui deve lembrar que corri atrás de uma autorização especial para meu caçula frequentar as aulas presenciais todos os dias, em função dos transtornos de aprendizagem que ele tem. Talvez tenha sido uma visão meio egoísta, pensando apenas no bem-estar do meu pequeno. Não pensei nos professores dele – e deveria.
A palavra agora está com eles. E quem lhes deu voz foi a juíza Simone Gomes Casoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública. Decidindo a favor dos sindicatos dos docentes, ela entendeu que não há “motivação válida e científica para a retomada das aulas presenciais” num momento em que os números da covid-19 são tão assustadores. Com sua decisão, a juíza proibiu a convocação de professores, seja na rede pública ou privada, para retornarem às salas de aula. Em um dos destaques de hoje, a editora Verônica Fraidenraich explica esse imbróglio.
Não conheço a juíza Simone, mas ela me fez pensar: talvez meus motivos de mãe não sejam tão válidos quanto eu acreditava há algumas semanas. Não anda fácil tomar decisões neste momento, não é? O que serve para hoje talvez não sirva para amanhã. Mas é assim que teremos de seguir, nos acostumando e nos adaptando às sequelas da pandemia que vão muito além das estatísticas de casos, internações e mortes. Nossa colunista, a pediatra Talita Rizzini nos chama a atenção para um dos, digamos, efeitos colaterais. Segundo ela, 2020 pode ter sido o ano que mais prejudicou a visão das nossas crianças, elevando a incidência de miopia na população.
E os efeitos colaterais estão em áreas onde a gente sequer podia imaginar. Quer outro exemplo? Especialistas acreditam que a pandemia é um dos fatores que justificam o crescimento da procura por congelamento de óvulos no último ano. O sentimento de incerteza do momento atual pode ter sido um dos gatilhos para muitas mulheres buscarem a técnica: elas garantiram a chance de investir na maternidade só depois que tudo isso passar. Você tem curiosidade sobre o tema? Na reportagem de Norah Lapertosa, esclarecemos as 5 dúvidas mais comuns. Há quem diga que o congelamento de óvulos é a “nova revolução feminina”, comparável ao surgimento da pílula anticoncepcional. Será?
Boa leitura!
saúde
Uma pesquisa desenvolvida na Baylor University, no Texas (EUA), analisou o gasto energético diário de crianças ativas e sedentárias para verificar qual fator mais favorece a obesidade na infância: a inatividade física ou a má alimentação.
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saúde II
Metade da população mundial será míope até 2050, de acordo com uma previsão publicada em 2007 pela Academia Americana de Oftalmologia. Segundo a pediatra Talita Rizzini, com a pandemia a situação só se agravou em relação às perspectivas de crescimento dessa doença ocular.
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educação
As discussões sobre as aulas presenciais diante da piora da pandemia têm dividido opiniões de pais e levaram até professores a anunciar uma greve caso as atividades não fossem suspensas. Agora, a Justiça de São Paulo anunciou que está proibida a convocação de docentes para as aulas presenciais em escolas públicas e privadas do estado.
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educação II
Dados mostram que uma fake news tem 70% mais chance de ser compartilhada do que uma informação verdadeira. Mudar essa prática e conscientizar as crianças sobre o assunto é a proposta do podcast “Caçadores de Fake News”, que traz entrevistas com especialistas e sugestões para trabalho nas escolas, entre outros atrativos.
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maternidade
Levantamento revela que a procura pela técnica de congelamento de óvulos cresceu 40% entre julho e dezembro de 2020, comparado ao mesmo período do ano anterior. A técnica vem sendo chamada por especialistas como a “nova revolução feminina”.
entretenimento
O projeto musical "Travessuras com cantigas para Crianças", faz releituras de grandes clássicos folclóricos infantis de domínio público. A música “O Cravo e a Rosa” ganhou versos mais leves – “O Cravo brincou com a Rosa” – e no lugar de “Atirei o pau no gato” se ouve “Eu dei leite para o gato”.
Obrigada por seu tempo! Até sábado.
