NUCLEAR #6
O Mundo É Um Moinho

Cartola editou “O Mundo É Um Moinho” em 1976, Gisela João gravou a sua interpretação 40 anos depois. A série “Euphoria”, da HBO, é acompanhada de uma banda-sonora irrepreensível, não inclui “O Mundo É Um Moinho” mas podia. O poema parece ter inscrito cada camada dos sentidos que “Euphoria” desperta entre argumento, interpretações e banda-sonora. O projecto envolve-nos numa montanha-russa emocional porque é, em última instância, sobre o vício que temos em viver. Continuar. Nunca parar.

Este NUCLEAR vive em torno do confronto entre euforia e disforia, com canções sobre a ansiedade, a angústia, o perdão e o desejo. Ouve-se Arcade Fire, Labrinth, Donny Hathaway, Solange e Underworld - estes numa referência ao filme “Trainspotting” (1996) de Danny Boyle.

Novo episódio já disponível. As suas referências ficam nos destaques abaixo e recorda-se que o podcast também está na Comunidade Cultura e Arte. Fiquem connosco!

DESTAQUES EP #6

EM FOCO: EUPHORIA

"The absolute worst part of depression is that even though you know you’re depressed, you’re unable to stop yourself from getting worse."

Rue, Euphoria.

“Euphoria” é um retrato de diversidade compassivo e sem julgamentos que nos faz mergulhar nos sentimentos associados às drogas, ao sexo, ao bullying, às inseguranças e à depressão. Um projecto artístico, cheio de referências visuais que podem ser vistas neste artigo do Shifter. Entre os diversos temas referidos acima, importa reflectir sobre a forma como aborda a depressão na adolescência e a Vice alonga-se sobre isso nesta peça. 

A banda-sonora da série inspirou este episódio, por isso, destaca-se o artigo da IndieWire que entrevistou Labrinth e o curador musical de Euphoria. A playlist completa merece a nossa atenção.

VER

LETRA

I'm standing on a stage

Of fear and self-doubt

It's a hollow play

But they'll clap anyway

"My Body Is A Cage”, Arcade Fire.