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#50 JANEIRO/2024

Rio de Janeiro, Fevereiro, Março...
 Carnaval 2024: Já está na hora de botar seu bloco na rua!
(Foto: site prefeitura)

Depois do Réveillon, todo carioca que se preze só pensa em uma coisa: o carnaval. Os foliões mais ansiosos já botaram seus blocos na rua e o evento que realmente dá início ao novo ano começou no último dia 7. A Desliga dos Blocos organizou a abertura não oficial do carnaval e, pelas ruas da Zona do Sul e do Centro da cidade, foram diversos cortejos e blocos, entre eles o famoso Boi Tolo. 

Sarah Accacio, estudante de Biologia da UFRRJ,  foi para as ruas aproveitar o pré-carnaval durante as férias e contou um pouco como foi sua experiência: “Eu gostei muito da dinâmica de ter blocos que iam ficar parados e blocos que estavam andando, então você poderia escolher dependendo da sua vibe. Sobre os blocos parados, eu achei bem legal, tinha mais de um e eram bem próximos uns dos outros, com músicas diferentes, então deu uma boa dinâmica. Sobre os blocos que andaram, eu fui no “Vem cá minha flor”, que foi bem tranquilo, e no Boi Tolo, mas esse juntou com alguns blocos no meio do caminho e, quando chegou na Avenida Presidente Vargas, ele foi parado pela polícia, e aí muita gente, como eu, foi indo embora.” 

Mas, em janeiro, a folia não para por aí. A festa oficial autorizada pela prefeitura do Rio de Janeiro tem início no dia 13, e as expectativas são grandes: segundo a Riotur, cerca de 5 milhões de foliões são esperados nos blocos de rua cariocas. Ao todo 453 blocos se apresentaram pela cidade, do dia 13/01 ao dia 18/02 (domingo após o carnaval). Para conferir a agenda, basta acessar o link.

Personagem da Gema
Anitta
(Foto: Instagram Anitta)

A Personagem da Gema deste mês é a nossa Anitta! Nascida e criada na zona norte do Rio de Janeiro, a cantora começou sua carreira com apresentações em festas locais e logo chamou atenção do resto do país. Em 2022, Anitta foi a primeira artista solo latina a alcançar o Top 1 no Spotify com a faixa "Envolver" - conquista que fez com que entrasse  para o Guinness World Records. A prefeitura do Rio declarou na ocasião: “De Honório Gurgel para o topo do mundo! Que a nossa carioca raiz continue envolvendo o planeta com a sua arte. Anitta é orgulho do Rio”.

A cantora também ama o carnaval e todo ano junta milhares de pessoas para o famoso “Ensaio da Anitta”, que ocorre em diversas cidades do país. Anitta diz que “o carnaval brasileiro é uma das festas populares mais ricas e bonitas do mundo. E é o meu momento preferido do ano". No Rio, o evento será no dia 21 de janeiro no Jockey Club, na Gávea.

Com muito trabalho, a artista conquistou reconhecimento nacional e internacional, tornando-se uma das artistas mais populares e influentes de sua geração. A cantora segue inspirando e trazendo representatividade aos moradores do subúrbio do Rio, trazendo cenários de favelas cariocas em clipes, como “Vai Malandra” e, no seu mais recente sucesso, “Funk Rave”.

Rio entre Esquinas
Praça Othon Almeirda
(foto: Facebook da praça)

Pensando na nossa Personagem da Gema, o Rio entre Esquinas de janeiro é em homenagem a Honório Gurgel.  A Praça Othon Almeida é um ponto essencial do bairro, um lugar de encontros e eventos comunitários para promover a interação social e os vínculos dos moradores.  A moradora mais famosa do bairro é Anitta, que inclusive o mencionou em sua música “Girl from Rio” com o verso “Honório Gurgel Forever”.

O bairro, localizado próximo a Rocha Miranda, Marechal Hermes, Bento Ribeiro e Coelho Neto, abrigou, em 1895, a Estação de Munguengue, de onde saía o ramal para Deodoro. Mais tarde, a estação teve seu nome alterado para Honório Gurgel, homenageando o Tenente Honório Gurgel do Amaral, prefeito do Rio de Janeiro quando a cidade ainda era Distrito Federal, e também ganhou uma estátua na Praça Othon Almeida. A praça desempenha um papel fundamental na vida social e cultural do bairro, um local rico de memórias e histórias.

Palco para diversas atividades culturais, como apresentações de música e dança, a Praça fortalece ainda mais o sentimento de identidade e pertencimento. O local é mais do que um espaço físico; é um símbolo de união e coletividade em Honório Gurgel. 

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ImaginaRio Entrevista

Guilherme da Costa

Nosso entrevistado do mês é Guilherme da Costa, graduando em Relações Públicas na Uerj e estagiário do Lacon. Guilherme, mais conhecido como Da Costa, é poeta e já compôs o Coletivo Artístico Nacional "Poetas Vivos" e foi vencedor do Circuito de Slam "SESC Palavra Líquida" em 2019, além de ter participado e produzido outros eventos do ramo da arte. Além disso, atua como beatmaker desde os 16 anos e, em 2021, participou da produção do livro "História Oral e Educação Antirracista-Narrativas, Estratégias e Potencialidades".

ImaginaRio: O que te motivou a começar a produzir poesia?
Da Costa:
Comecei a escrever poesia aos 16 anos, quando estava no segundo ano do ensino médio. Na época, fazia teatro e estava extremamente envolvido com o mundo artístico, atuando, além de ator, como produtor musical. Após assistir a um vídeo da página “Slam Resistência” no Facebook, do poeta Felipe Marinho declamando a plenos pulmões na Praça Roosevelt, em São Paulo, passei a enxergar a poesia como uma saída para expurgar questões que mexiam comigo. A escola para mim foi, durante muito tempo, um espaço de hostilidade, onde não me sentia bem-vindo, principalmente levando em consideração o fato de ser um jovem preto, em um ambiente de escola particular. A partir disso, comecei a escrever e recitar em slams e saraus, sendo a maioria deles em praças públicas.
ImaginaRio: Como a cidade inspira a sua produção?
Da Costa:
A cidade, sem dúvidas, inspira a minha produção artística. Tenho a plena convicção de que as ruas conversam conosco de maneiras diferentes, a depender de cada indivíduo. São incontáveis as vezes que fui até o Centro do Rio e consegui enxergar e sentir as histórias que a arquitetura, as encruzilhadas e os transeuntes têm para contar, não só por meio de textos ou falas, mas também pelo olhar. Para mim, a cidade é um conjunto muito bem amarrado por edifícios, vielas, ruas e cidadãos que fazem e fizeram parte da construção do nosso presente. Eles contam a história não só da nossa cidade, mas também a história de quem somos.

Leitura do Mês

Via Ápia
(foto: site wikifavelas)

A primeira leitura do ano é o “Via Ápia”, do jovem autor carioca Geovani Martins. Em um mergulho na realidade da favela da Rocinha, o livro narra a trajetória de cinco jovens  durante o conturbado período da instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) entre julho de 2011 e outubro de 2013. O autor tece a trama em torno do cotidiano desses protagonistas, que almejam transformar suas vidas enquanto enfrentam as forças opressoras do sistema policial e a constante ameaça da violência. A obra cativa pela sua linguagem oralizada, enriquecida pelo dialeto comum aos jovens cariocas, especialmente daqueles que habitam as regiões periféricas, proporcionando uma autenticidade única à narrativa. O orgulho dos personagens em pertencer ao lugar de origem confere uma dimensão adicional de complexidade a essa história.

Este livro oferece uma janela para as experiências e desafios enfrentados pelos jovens favelados, explorando as complexidades da conexão entre a juventude adulta e a dura realidade da opressão sistêmica. A narrativa é envolvente em um cenário vibrante e autêntico, onde as lutas individuais se entrelaçam com o pulsar da comunidade. Ao destacar o orgulho dos personagens por suas raízes, a obra se torna um retrato poderoso e comovente da resiliência humana. Se você é daqueles que buscam uma leitura impactante e uma compreensão mais profunda das complexidades sociais vivenciadas pelos habitantes das favelas cariocas, este livro é para você.

🧑🏿‍🤝‍🧑🏻O imaginaRIO é uma realização do Laboratório de Comunicação, Cidade e Consumo (Lacon/UERJ). O boletim tem a proposta de monitorar e divulgar as principais notícias, eventos culturais e publicações sobre as temáticas do consumo, dos megaeventos e da cidade, com foco no Rio de Janeiro.

Equipe: Ricardo Freitas (coordenador), Vania Fortuna (sub-coordenadora), Maria Helena Carmo, Marcelo Resende, Rafael Nacif, Carlos Matos, Carlos Miguel Anjo, Guilherme da Costa, Manuela Howat, Pedro Lucas Rubim.
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