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O direito básico: VIDA

Um mês muito intenso, que começou com notícias devastadoras.
Mas os Guajajara nos ensinam o significado da palavra a resiliência.

Nesse Boletim:

✊ [Luto]: Vidas Indígenas Importam
🗺 [Atividades]: Oficina sobre aplicativo Mapeo na aldeia Lago Branco
🌐 [Atividades]: Rede e Conectividade na aldeia Barreirinha
🐝 [Evento]: Meliponicultura na aldeia Tokurykti Jõkri
😊 [Rede]: Conheça os Membros da Meli: Ana Rosa
🤝 [Evento]: Atividades de rede da Meli em setembro
🗣 [Journey]: A jornada continua continue em outubro!

Foto: Guardião da Floresta, Janildo Guajajara, assassinado dia 3 de setembro
 

 Vidas Indígenas Importam

A Rede Meli vem a público demonstrar o mais profundo sentimento de pesar pelos indígenas Guajajara vítimas durante a madrugada do dia 3 de setembro de 2022. Janildo Guajajara e Jael Carlos Guajajara foram assassinados e um jovem indígena de 14 anos se encontra hospitalizado.

Estamos de luto e nos solidarizamos com seus familiares e amigos nesse momento de dor e indignação diante da grande perda de dois jovens indígenas da etnia Guajajara–Tenetehara. Infelizmente, essas perdas têm sido recorrentes: 50 indígenas do povo Guajajara foram assassinados entre 2003 e 2021. Dentre eles, 21 indígenas do território indígena Arariboia. Essa realidade aponta para a grave e inadmissível situação de exposição à violência vivenciada por esse povo.

Clamamos pela devida atenção por parte das autoridades, que devem conduzir, de forma célere, uma investigação séria do caso, identificando os culpados, punindo-os e assegurando que a justiça seja feita. Clamamos pela segurança do Território Indígena Arariboia, do povo Guajajara-Tenetehara e do povo Awá-Guajá.
Nota de Pesar

🗺  Oficina sobre aplicativo Mapeo na aldeia Lago Branco

Atividades da Meli na TI Arariboia estavam previamente planejadas para acontecer poucas semanas após o mencionado assassinato. Após importantes reflexões, optamos por avançar com os planos. Entre 16 e 19 de setembro, nossa segunda oficina Mapeo foi realizada, para apoiar a comunidade com o uso de ferramentas descentralizadas para mapear sua área.
Foto: oficina Mapeo
Mencionamos a primeira oficina no Boletim de maio, quando Luandro foi à aldeia indígena Barreirinha pela primeira vez para conhecer Jonas Guajajara e outros líderes comunitários, que querem usar Ferramentas Descentralizadas para proteger sua floresta. Desta vez, pretendemos alcançar ainda mais indígenas, indo à aldeia Lago Branco, referência na região, onde ainda mais líderes Guajajara poderiam se juntar a nós.

Jonas Guajajara disse: "16 de setembro de 2022 foi uma data marcante para nós Guajajara-Tenetehár da região Lago Branco (TI Arariboia). Obtivemos recurso para fortalecer nossa luta e proteger nossos territórios através do trabalho de mapeamento, fazendo registros dos lugares onde ainda há árvores, abelhas, caçadas, lagos, palmeiras, invasões, etc.
O curso deu oportunidade para que nossas comunidades aprendessem como usar e fazer o trabalho de monitoramento usando o aplicativo Mapeo.
Antes, tínhamos dificuldade para proteger e cuidar de uma árvore ou qualquer outra coisa em nosso território porque não tínhamos uma tecnologia para facilitar isso. Mas hoje contamos com essa ferramenta que futuramente vai chegar nas outras regiões da terra indígena Araribóia, com a ajuda de parentes que sabem como usar esse aplicativo.
O curso durou três dias e foi muito bom aproveitar o máximo o curso
".
Foto: Gravaões ocorrendo durante a oficina Mapeo na aldeia Lago Branco

Durante os primeiros dias da oficina, tivemos também um convidado especial: Dylan Reibling e sua equipe vieram para trabalhar em seu filme sobre Tecnologias Descentralizadas.
Sobre sua experiência, disse Dylan: "Atualmente estou trabalhando em um filme documentário sobre tecnologias descentralizadas e queria encontrar uma instância onde a tecnologia estivesse sendo colocada em seu melhor uso. A ferramenta digital Mapeo é um exemplo perfeito de como estruturas descentralizadas, feitas para uso offline e par-a-par (peer-to-peer) estão sendo utilizadas para o máximo benefício.
Visitar as aldeias de Araribóia para documentar o trabalho que estava sendo feito pela Rede Meli e Mapeo foi uma lição de humildade. Como cineastas do Canadá, queríamos ter certeza de que estávamos seguros durante um período muito tenso; algumas semanas antes de nossa visita, houve uma série de assassinatos direcionados de membros de ativistas ambientais de alto perfil. Mas depois de falar com várias pessoas da rede, pudemos entender melhor a situação e decidimos que era importante vir para observar a oficina.
A entrada no território ressaltou o quão crucial é o trabalho que está acontecendo alí - havia uma linha clara entre a exuberante e próspera floresta tropical do território indígena protegido e a paisagem desolada das terras agrícolas fora do território.  Saímos com a convicção de que o trabalho que estava sendo feito para apoiar a sustentabilidade destas áreas protegidas não era importante apenas para os indígenas, mas para o mundo em geral, que recebe os inúmeros benefícios deste rico ecossistema".

🌐 Rede e Conectividade na
Aldeia Barreirinha

Foto: Jonas Guajajara preparando o rotiador da aldeia
O Luandro permaneceu na região por mais algumas semanas e no último fim de semana de setembro ele facilitou uma oficina com objetivo muito especial na aldeia Barreirinha: compartilhar ainda mais sobre Redes Descentralizadas e trazer mais Conectividade à comunidade, incluindo conexão estável à internet!

A aldeia Barreirinha está localizada perto de uma cidade não indígena, Arame, onde a conexão estável com a internet é acessível. Portanto, foi possível trazer esta conexão diretamente da cidade para a aldeia Barreirinha.
Para o melhor uso desta conexão, foi organizada uma sala de computadores compartilhada para uso da comunidade e um laptop para o líder do projeto, Jonas Guajarara. Ele disse que "a aldeia tinha dificuldade para se comunicar e estar ciente de tudo o que acontece ao seu redor. Agora será mais fácil para a comunidade trabalhar usando a internet e computadores tanto para pesquisar como para divulgar nosso trabalho na comunidade Barreirinha".
Foto: Roteador com conexão estável à internet para a comunidade

🐝 Meliponicultura na aldeia Tokurykti Jõkri

Outro projeto continua: Sávio Coelho, professor no campus rural de Marabá do Instituto Federal do Pará (IFPA), visitou a aldeia Tokurykti Jõkri para apoiar ainda mais a comunidade local a liderar seu meliponário.
Tokurykti Jõkri era anteriormente conhecida como aldeia Printi-Pàr. A comunidade faz parte de nossa rede desde nosso início e iniciou, por meio de uma parceria com a ACT-Brasil, a associação local (Associação Mpaja Mar Kaxuwari Parkateje) e a Rede Meli, um meliponário em 2021.

Sávio treinou a comunidade com divisões das colméias e ajudou a trazer ainda mais espécies de abelhas para seu meliponário. É ótimo recebê-lo em nossa equipe!
Foto: Uruçu Amarela an aldeia Tokurykti Jõkri, por Antônio Guajajara

😊 Conheça os membros da Meli:
Ana Rosa

Ana nasceu no Ceará e foi criada entre o Piauí e o Pará. Ao se mudas para Marabá (Pará), ela se deparou com a destruição da floresta amazônica no "Arco do Desmatamento", muitas vezes ligada a crimes contra direitos humanos.

Alguns anos depois de se mudar para a Alemanha, Ana fundou a Meli Bees Network gUG, uma rede alemã sem fins lucrativos com um objetivo inovador: iniciar uma Rede de Impacto para apoiar comunidades vulneráveis a liderar atividades de impacto socioambiental positivo.
Foto: Ana em Ochsenhausen, na Meli Bees Network gUG

🤝 Atividades de rede da Meli em setembro

Meli Bees Network gUG, membro pioneiro do grupo Meli, está localizado na Alemanha para possibilitar o envolvimento com o público internacional e liderar atividades de cooperação internacional. Com esta perspectiva, a Ana participou de eventos muito especiais em setembro:
Redesign Resiliência, Regeneração: 10° ano da conferência r3.0 aconteceu em Amsterdam. A Rede Meli foi apresentada a líderes da regeneração como Marta Ceroni, Ben Roberts, Ralph Thurm, etc.
Foto: Ana apresentando a Rede Meli na conferência r3.0
A BAN Governance Academy convidou mais de 30 participantes, de 21 países, a se juntarem em Gazzada Schianno, Itália e discutir mudança, resiliência e possibilidades de impacto em tempos desafiadores.
Foto: BAN Governance Academy
Ana também esteve presente da Amazon Journey da Ohio State University, que aconteceu online. Juntamente com antropologistas, líderes de comunidades e outros especialistas, da região.
A gravação do evento está aqui.

🗣 A Jornada continua em outubro!

evento em Ochsenhausen irá acontecer amanhã, dia 2 de outubro!
Apoiado pelo Engagement Global, irá contar com uma exibição de fotos, um curto filme do Flay Guajajara, o filme Pureza e um show da banda Cobra Venenosa, do Pará.
Dia 20 de outubro, como parte do Umuntu, Meli está organizando o evento em Lisboa para exibir o curto filme de Flay Guajajara sobre a terra indígena Arariboia.

O diretor também será convidado para compartilhar mais sobre o filme.
Foto: cena do filme de Flay Guajajara, Os donos da Floresta em Perigo
Meli develops activities for land and people to flourish

We strengthen environmentally and economically sustainable practices based on meliponiculture, regenerative agriculture and community engagement to inspire and to build capabilities needed for local environment and community to thrive.

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