Em 29 de maio de 1919, o eclipse solar testemunhado por um grupo de ingleses do Observatório de Cambridge na cidade de Sobral, no Ceará, foi a peça final de um importante quebra-cabeça da física: a prova da teoria que unificava tempo e espaço, energia e matéria, aceleração e gravidade.
Para a teoria da relatividade — “a mais bela das teorias” segundo o físico italiano Carlo Rovelli —, o tempo não passa do mesmo jeito para todos. Quanto mais rápido estivermos, diz Einstein, ou mais próximo de um campo gravitacional forte (um buraco negro, por exemplo), mais devagar passará o tempo.
Se aplicarmos a teoria a essa semana, é possível afirmar que o Brasil estava próximo da velocidade da luz ou à beira do TON 618, um buraco negro com 66 bilhões de vezes a massa do sol. O tempo passou devagar para o investidor (e eleitor) brasileiro, à espera da próxima pesquisa de intenção de voto e do domingo de eleições. O mercado pouco ligou para a decisão do BC, que manteve a taxa de juros a 13,75% ao ano. Foi também uma semana volátil para os ativos. O dólar saltou de 5,14 para 5,40 e o IBOVESPA devolveu os ganhos da semana passada.
Apesar de as principais pesquisas indicarem um ligeiro favoritismo para o ex-presidente Lula, as casas de apostas não descartam uma virada do presidente em exercício. A semana que vem promete ser um período de ajustes de expectativas dos mercados com os ativos brasileiros.
No exterior, o tempo seguiu seu curso natural. A temporada de resultados teve como destaque (negativo) a Meta. A ação caiu 25% após reportar um lucro abaixo do esperado, e seu fundador, Mark Zuckerberg, já perdeu 100 bilhões de dólares de sua fortuna nos últimos 12 meses.
Além de alterarem a passagem do tempo, os buracos negros funcionam como uma espécie de aspirador. Seu centro gravitacional suga tudo que se aproxima, até a luz. Essa é uma boa analogia para os juros americanos. Quanto maiores os juros, maior a atração por recursos.
O mercado agora aguarda a próxima decisão do FED; com o PIB americano surpreendendo positivamente, Jerome Powell pode ser obrigado a elevar a taxa acima da expectativa atual de 4,5%. Um aumento acima do esperado pode sugar a liquidez dos mercados e acelerar uma recessão nos EUA.
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NÚMEROS & FECHAMENTO DA SEMANA
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IBOVESPA: -4.60%
Dólar: +2.32%
NASDAQ: +2.21%
FTSE 100: +1.11%
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GOLD: -0.64%
S&P 500: +3.88%
Treasury Yield 10Y: -4.94%
USS AGGregate Bonds: +1.53%
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Os 20 bilionários de tecnologia mais ricos perderam coletivamente quase meio trilhão de dólares este ano em meio à forte queda do mercado de ações, uma perda de riqueza que é maior do que os valores de mercado de todas, exceto sete empresas no S&P 500.
Os magnatas da tecnologia mais ricos do mundo – incluindo Mark Zuckerberg, Bill Gates e Larry Ellison – viram mais de US$ 480 bilhões em riqueza de papel desaparecerem este ano até quinta-feira, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index, um ranking diário das pessoas mais ricas do mundo.
Relatórios decepcionantes de lucros de uma série de gigantes da tecnologia esta semana alimentaram temores de recessão, empurraram os preços das ações para baixo e pesaram sobre as fortunas das pessoas mais ricas do mundo. WSJ
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- Inflation is turning Americans into Europeans. Just look at the way we now feel about driving (or not). Fortune
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- Sunak makes Parliament debut as PM, axes more Truss policies. AP
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O que o terceiro mandato de Xi Jinping significa para a ciência? No 20º congresso do Partido Comunista Chinês, Xi expôs sua visão de ciência e inovação para impulsionar o crescimento do país. Nature
(Imagem: Noel Celis/ AFP via Getty)
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Como Elon Musk poderia realmente matar o Twitter? Há mais de uma maneira de afundar uma rede social. The Atlantic
(Imagem: Getty - The Atlantic)
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Livro: As Vinhas da Ira
Autor: John Steinbeck
Editora: Record
Vencedor do Pulitzer e do National Book Award, As vinhas da ira, livro que marcou o auge da carreira do Nobel de Literatura, John Steinbeck, tornando-se um manifesto perene da luta dos excluídos, ganha edição revisada, com novo projeto gráfico.
Publicado em 1939, As vinhas da ira marcou o auge da carreira de John Steinbeck, vencedor do Nobel de Literatura, e se mantém como um documento social e um marco da literatura. Assim como o livro, o filme, que rendeu um Oscar ao diretor John Ford e foi protagonizado por Henry Fonda, tornou-se um clássico.
Dez anos depois do início da Grande Depressão de 1929, Steinbeck criou um manifesto perene com foco na luta dos excluídos. As vinhas da ira representa o confronto entre indivíduo e sociedade, através da epopeia da família Joad, expulsa pela seca dos campos de algodão de Oklahoma, para tentar sobreviver como boias-frias nas plantações de frutas do Vale de Salinas, na Califórnia.
Prêmio Nobel de Literatura em 1962, Steinbeck retratou a situação do homem moderno diante das dificuldades, a pobreza e a privação em um universo feroz, protagonizado por vítimas da competição e párias sociais. Ao testemunhar as debilidades humanas diante de um sistema econômico implacável, nos deparamos com situações repletas de dramaticidade. O realismo do texto, com fortes tons naturalistas, expõe o escritor como experimentador de inovadoras técnicas narrativas, ricas em simbolismo e elaboração mítica.
Tão americano quanto universal, Steinbeck exibe na vida e na arte irredutíveis paradoxos, provocados pela tensão entre instinto e mente, natureza e história, a civilização e seus descontentes. As vinhas da ira é a prova de que homens em lugares e situações comuns podem ser trocados pela intenção épica e conduzidos à imortalidade. Amazon
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PARA VISITAR: ARTE É BOM - A curadoria da mostra é de Daniela Thomas e Têra Queiroz, com realização da Dueto Produções. São dezenas de obras e instalações que instigam a percepção dos visitantes como “Giroscópio” de Artur Lescher, logo no início do percurso da mostra. Entre instalações, objetos manipuláveis, atividades imersivas e vídeos, Arte é bom reúne obras consagradas de expoentes como Hélio Oiticica e Lygia Clark. Ao longo do percurso tudo pode e deve ser experimentado. “Todas as obras foram pensadas pelos artistas para serem tocadas, sentidas, ouvidas, vestidas, puxadas, recriadas, remontadas, sob a influência dos imensos Lygia e Hélio. É para brincar, com a idade que se tiver, sem etarismo. É para os adultos reencontrarem algo que se perdeu da infância e para as crianças fazerem o que desejam com as coisas que encontram”, comenta Daniela. A seleção de obras inclui as referências Hélio Oiticica e Lygia Clark, e os artistas Arnaldo Antunes, Artur Lescher, Beatriz Milhazes, Brígida Baltar, Carlito Carvalhosa, Coletivo Ali-Leste, Denilson Baniwa, Emmanuel Nassar, Ernesto Neto, Franklin Cassaro, Guto Lacaz, Lenora de Barros, Marcia Xavier, Marcos Chaves, Mari Stockler, Odaraya Mello, Raul Mourão, Regina Silveira, Rochelle Costi, e Rommulo Vieira Conceição.
Data: até 11/dezembro, 2022
Local: MIS Jardim Europa - Av. Europa, 158
Clique e Saiba +
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"Any sufficiently advanced technology is indistinguishable from magic."
– Arthur C. Clarke
(Escritor de ficção científica inglês)
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Obrigada pela leitura!
Um ótimo final de semana e Stay Invested
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