Quem lê o Que semana é essa já deve ter se acostumado com as citações e referências, e na última semana do ano não poderia ser diferente. Ao observar os retornos das principais classes de ativo, no Brasil e exterior, seria possível resumir 2022 com a frase do célebre filósofo francês Jean-Paul Sartre: "Je peux toujour choisir, mais je dois savoir que si je ne choisis pas, je choisis encore". Não escolher é sempre uma escolha.
No Brasil, o CDI foi um dos únicos ganhadores do ano. O IMA-B e IRF-M (Índices de títulos atrelados à inflação e pré-fixados, respectivamente) renderam entre 6% e 9%, bem abaixo do CDI que fechou o ano com rentabilidade acima de 12%.
O Ibovespa não foi diferente: depois de um ano volátil, entregou um resultado positivo, mas menos da metade da rentabilidade do CDI. Os multimercados foram a única exceção e no momento em que essas linhas são escritas, o Índice de Hedge Funds tem uma performance de 13% em 2022.
A performance dos ativos no exterior foi ainda pior. Nesse ano, os principais índices de ações no EUA caíram entre 15% e 30%, e as ações na China e Europa perderam 20% e 15%, respectivamente. A renda fixa, tradicional refúgio dos investidores, decepcionou. Os principais índices caíram mais de 10%, a pior performance em mais de 50 anos.
O vilão dos retornos? Universal: o aumento das taxas de juros para conter a inflação global.
A frase do pensador francês, traduzida para a linguagem do investidor, seria: não invista. Nossos clientes e leitores dessa coluna semanal já sabem que nossa filosofia é oposta. Acreditamos que ficar investindo, sempre, é o que garante os retornos das carteiras no longo prazo — e um ano não é longo prazo.
Hoje, acreditamos que tanto no Brasil como no exterior, a melhor escolha é a renda fixa.
O Que semana é essa vai tirar férias. Voltamos à programação normal na terceira semana de janeiro.
Feliz 2023!
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NÚMEROS & FECHAMENTO DA SEMANA
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 IBOVESPA: +0.30%
Dólar: +2.30%
 NASDAQ: -0.30%
FTSE 100: -0.28% |
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GOLD: +1.43%
S&P 500: -0.14%
Treasury Yield 10Y: +3.36%
USS AGGregate Bonds: -0.99%
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- The ‘Great Resignation’ isn’t going anywhere—at least among baby boomers - Fortune
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- After $18 Trillion Rout, Global Stocks Face More Hurdles in 2023 - Bloomberg
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2022 poderia ter sido pior - muito, muito pior: Para Biden e um país atingido pela crise, um final estranhamente otimista para um ano objetivamente ruim - The New Yorker
(Imagem: Nathan Howard/ Getty)
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Os 25 melhores episódios de TV de 2022: Houve tanta televisão boa este ano. De Zendaya em 'Euphoria' ao final da temporada cheia de ação de 'The White Lotus', esses episódios se destacaram - Rolling Stones
(Imagem: Netflix; Anne Marie Fox/ Amazon Studios; HBO MAX )
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Livro - Pessoa: uma biografia
Autor - Richard Zenith
Tradução - Pedro Maia Soares
Editora - Companhia das Letras
Se levássemos em conta todos os personagens fictícios que povoaram a mente de Fernando Pessoa, o número ultrapassaria a marca dos cem nomes. Ainda que três deles – Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos – tenham se destacado como seus heterônimos mais prolíficos e celebrados, esse dado revela a intensa vida interior de um poeta que foi regido por uma imaginação pulsante e irrefreável.
Ao longo de mais de três décadas, Richard Zenith se notabilizou como um dos mais respeitados especialistas na obra do autor de Mensagem. Em Pessoa: uma biografia, o norte-americano radicado em Lisboa empreende uma pesquisa monumental nos mais de 25 mil papéis deixados pelo poeta, combinando prosa saborosa e vasta erudição.
Finalista do prêmio Pulitzer 2022 e eleito um dos melhores livros do ano por publicações como The New York Times, The Spectator, The New Statesman, Kirkus Reviews e Publishers Weekly, Pessoa: uma biografia é um tour de force da história cultural e das biografias literárias. Uma verdadeira obra-prima. Companhia das Letras
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"To pay attention, this is our endless and proper work."
– Mary Oliver
(Poeta americana)
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Obrigada pela leitura!
Um ótimo final de semana e Stay Invested
#VitaInvestimentos
#ValorizeSeuPatrimônio
#StayInvested
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